A medida visa proteger áreas que estão em águas além das zonas econômicas exclusivas dos países
Responsável por criar metade do suprimento de oxigênio do nosso planeta, os oceanos são vitais para manter a vida e os importantes aliados para combater as mudanças climáticas. Além de abrigar ecossistemas ricos.
Apesar dessa importância, eles são ameaçados pela poluição e pesca excessiva, bem como pela crescente possibilidade de mineração no fundo do mar. Por causa disso, os ambientalistas celebraram a aprovação nesta semana de um tratado internacional destinado a proteger essas águas.

Proteção geral do oceano
A proposta foi apresentada nas Nações Unidas (ONU) na tentativa de proteger a vida marinha. Para se tornar o direito internacional, era necessário que pelo menos 60 países ratificassem o acordo-o número que foi alcançado na sexta-feira (19), com a adesão de Marrocos e Serra Leoa.
A lei visa proteger áreas que estão em águas além das zonas econômicas exclusivas dos países. “Cobrindo mais de dois terços do oceano, o acordo estabelece regras vinculativas para conservar e usar de forma sustentável e usar a biodiversidade marinha”, Ele disse Secretário-Geral da ONU Antonio Guterres para a agência AFP. Até agora, apenas 1% das águas de alto nível tinham essas salvaguardas legais.

O acordo entrará em vigor em 120 dias, mais especificamente em janeiro do próximo ano. No entanto, Lisa Speer, que supervisiona o Programa Internacional do Oceano Internacional do Conselho de Defesa de Recursos Naturais, baseado nos EUA, acredita que as primeiras áreas protegidas devem ser efetivamente criadas no final de 2028 ou no início de 2029.
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O Brasil ainda não assinou o tratado
- A aprovação do direito internacional pode acelerar discussões sobre o assunto no Brasil.
- O país prometeu ratificar o acordo, mas ainda não assinou o tratado.
- O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada e atualmente aguarda a análise do Senado.
- Se o bilhete brasileiro parece ser apenas uma questão de tempo, a ausência de outras nações se preocupa.
- A Rússia, por exemplo, considera que alguns pontos de compromisso são inaceitáveis.
- Os Estados Unidos, por outro lado, prometeram proteger os oceanos durante o mandato do presidente Joe Biden, mas é improvável que Donald Trump mantenha promessas.

Colaboração para a aparência digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalha na área desde 2014. Ele trabalhou nas redações da Bandnews FM em Porto Alegre e São Paulo.