Relatório da organização que promove a liberdade global na Internet identificou falhas graves de segurança em algumas VPNs gratuitas
Centenas de milhões de pessoas usam VPNs em todo o mundo. Essas redes privadas virtuais permitem que você navegue pela Internet anonimamente, escondendo seu endereço IP e dados de navegação de terceiros, como hackers e o próprio provedor de Internet.
Essas ferramentas também são importantes para contornar sites e acessar conteúdo restrito, especialmente em países mais fechados. No entanto, um novo estudo ressalta que os provedores nem sempre adotam todas as medidas de segurança necessárias.

Alguns serviços são incomuns
- Um relatório do Fundo de Tecnologia AbertaOrganização independente sem fins lucrativos que promove a liberdade global na Internet, revela deficiências em alguns provedores de VPN.
- A lista de problemas inclui relacionamentos de propriedade mal transparentes.
- Segundo o estudo, “muitos serviços de VPN escondem seus verdadeiros proprietários por meio de estruturas de negócios complexas”.
- As empresas inovadoras conectam PTE, Breeze Pte e Lemon Clove PTE dizem, por exemplo, que estão registrados em Cingapura.
- Mas, de fato, eles seriam controlados pelos cidadãos chineses, o que significa que eles estariam sujeitos às leis da China de controle de informações.
- As consequências disso podem ser a prisão dos usuários.
- Lembrando que o uso da VPN é proibido em países como China, Rússia, Bielorrússia, Irã e Coréia do Norte.
- A informação é do portal Dw.

Outros problemas de segurança da VPN
O documento também alerta que vários serviços de VPN seriam desenvolvidos pela mesma empresa, escondendo as conexões entre si. No total, os provedores consideraram altamente problemáticos, com 16 aplicativos e um total de mais de 700 milhões de downloads na Google Play Store. Eles são o VPN Turbo, VPN Proxy Master, XY VPN e a VPN 3x – navegação suave.
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O relatório aponta que centenas de milhões de usuários desses serviços acreditam que estão protegidos. No entanto, a realidade é bem diferente. Isso ocorre porque os provedores usam o protocolo Shadowsock chamado (que não foi projetado para garantir a privacidade) para estabelecer o túnel VPN.

Outro problema é o uso de senhas programadas que são armazenadas nos aplicativos. Isso é considerado uma falha séria de segurança, pois os invasores podem ter acesso a essas senhas e, assim, descriptografar e ler todas as comunicações. Além disso, muitos provedores usam centros de data alugados, o que significa que eles não têm controle total sobre o hardware.
A conclusão do estudo é que “infelizmente, na melhor das hipóteses, as VPNs podem transmitir uma falsa sensação de segurança e, na pior das hipóteses, comprometer totalmente a privacidade e a segurança. Por isso, o trabalho responsável recomenda o uso de redes pagas, que geralmente são mais confiáveis e seguras.

Colaboração para a aparência digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalha na área desde 2014. Ele trabalhou nas redações da Bandnews FM em Porto Alegre e São Paulo.

Bruno Capozzi é um jornalista se formou no Cásper Líbero College e mestre em ciências sociais da PUC-SP, com foco em pesquisas de redes sociais e tecnologia.