O Lei de Magnitsky causou preocupação entre as instituições financeiras brasileiras, levando a Febbraban para reforçar seu desempenho nos Estados Unidos. A entidade, que representa os maiores bancos do país, contratou o escritório americano Arnold & Porterespecializado em direito internacional, para monitorar possíveis impactos no setor bancário e agir preventivamente em caso de sanções.
A iniciativa ocorre em meio a um cenário de instabilidade política, marcada por julgamentos envolvendo autoridades brasileiras e aumento do número de pessoas sancionadas pelo governo de Donald Trump.
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Ministros e membros da família na visão de sanções

Recentemente, a esposa do Ministro Federal da Suprema Corte (STF) Alexandre de MoraesViviane Barci de Moraes e a empresa Instituto Lex de Estudos Jurídicosdos quais ela e dois filhos do ministro são parceiros, foram incluídos na lista de sancionados pelo Lei de Magnitsky.
O escritório da Arnold & Porter, onde o ex-Basader dos EUA no Brasil Thomas Shannon opera, também representa o procurador-geral do sindicato (AGU), buscando reverter medidas aplicadas por Trump contra as autoridades brasileiras. Segundo especialistas, o trabalho do escritório inclui um “corpo a corpo” com congressistas e membros do governo dos EUA, indo além do aconselhamento jurídico tradicional.
Estratégias diferentes: Aliados de Febbraban e Bolsonaro
Enquanto Febbraban se aproxima das autoridades dos EUA para evitar riscos, os números ligados ao ex -presidente Jair Bolsonaro adotam uma estratégia distinta. O deputado federal Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figuedo, residente nos EUA, age para expandir a aplicação de Lei de Magnitsky Em novos casos, incluindo suposto não conformidade com bloqueios financeiros do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo fontes, eles procuram pressionar a Casa Branca para incluir outros brasileiros entre as disputas políticas e judiciais internacionais e intensificadas.
O papel de Arnold & Porter e ex -embaxador Shannon
O contrato de Febbraban com a Arnold & Porter é preventivo. O escritório, com sede em Washington, auxilia o setor bancário a:
- Monitore as ações do governo americano
- Avaliar os riscos de novas sanções
- Manter diálogo com congressistas e reguladores
- Proteger os bancos brasileiros de impactos financeiros diretos
Segundo Shannon, não é possível comentar clientes específicos, mas o escritório é conhecido por agir sobre questões estratégicas de grande impacto econômico e político.
A lei de Magnitsky e suas implicações
Criado durante o governo Obama, o Lei de Magnitsky O objetivo é punir indivíduos e instituições envolvidos em sérias violações ou corrupção dos direitos humanos. Entre as penalidades previstas estão:
- Bloqueando bens nos Estados Unidos
- Cancelamento de cartões e contas bancárias em bancos americanos
- Restrição de transações financeiras com cidadãos e empresas dos EUA
No caso de Alexandre de Moraes, os cartões de crédito emitidos nos EUA foram cancelados, mas suas contas bancárias no país permaneceram intactas.
Preocupações do setor bancário brasileiro
O setor bancário teme que a lista de expansão sancionada, incluindo outros ministros do STF, autoridades do governo e da família, afetando bancos públicos e privados. Febraban, no entanto, nega que seu contrato com a Arnold & Porter esteja relacionado a operações organizadas de combate ao crime, observando que a medida visa exclusivamente o monitoramento das questões do setor financeiro nos EUA.
Entre os riscos apontados estão:
- Sanções adicionais sobre bancos brasileiros
- Inclusão de novas autoridades na lista de Lei de Magnitsky
- Interferência em operações financeiras internacionais
Crime organizado e sistema financeiro
Reservadamente, os executivos bancários afirmam que Febbraban também quer entender a percepção americana sobre a presença de crime organizado no sistema financeiro brasileiro. A preocupação se intensificou após operações como o Carbono escondidoda polícia federal, que investigou fintechs e gerentes de recursos vinculados a facções como PCC e cv.
Historicamente, a regulamentação rigorosa de Febraban pressiona fintechs, equiparando -os aos bancos em obrigações legais, especialmente na prevenção de lavagem de dinheiro.
Pressão internacional no Brasil
O governo dos EUA solicitou que o Brasil classificasse o PCC e o cv Como organizações terroristas, uma meta que foi formalmente negada pelo Ministério da Justiça. Segundo as autoridades brasileiras, a legislação nacional exige motivação política-ideológica para enquadrar como terroristas.
Além disso, a classificação pode gerar sanções econômicas internacionais e dificultar o acesso ao financiamento multilateral. O país argumenta que, embora existam operações para combater o crime organizado, não há motivos legais para rotular essas facções como terroristas sob o direito brasileiro.
Perspectivas futuras e monitoramento contínuo


Com a inclusão de novas autoridades e membros da família na lista de sancionados, o setor bancário prevê que Febbraban continuará investindo no monitoramento internacional. A entidade procura manter o contato direto com os reguladores americanos para reduzir os impactos de possíveis sanções e garantir a estabilidade ao sistema financeiro brasileiro.
Entre as ações planejadas estão:
- Monitorando as decisões do governo dos EUA
- Avaliação de riscos políticos e econômicos
- Estratégias preventivas para bancos associados
O movimento demonstra que Lei de Magnitsky Não é apenas uma ferramenta legal, mas também um instrumento de influência política e econômica do alcance internacional.
Recapitular
O Lei de Magnitsky Ele levou Febraban a reforçar sua presença nos Estados Unidos contratando a Arnold & Porter para seguir os riscos de sanção. As autoridades como Alexandre de Moraes e membros da família foram incluídas na lista de sancionadas, e o setor bancário procura evitar impactos financeiros e manter a estabilidade, enquanto facções criminais e questões políticas internacionais continuam a radar as autoridades dos EUA.
Com informações de: InfoMoney
