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terça-feira, agosto 5, 2025

Orgulho LGBT+: é preciso conscientizar as novas gerações de que a luta está longe do fim, diz organizador do evento

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“Uma parada no Nordeste Backlands, que reúne 500 pessoas, é tão importante quanto a Avenida Paulista, porque dá voz àqueles que não têm”, diz Nelson Matias Pereira. Nelson Matias Pereira, presidente e parceiro fundador da divulgação da Associação de Parade do Pride São Paulo LGBT no domingo, 22 de junho, 29º. A edição do São Paulo LGBT+ Pride Parade terá como tema a velhice, e o primeiro trio a viajar para a Avenida Paulista será formado exclusivamente por pessoas com 60 anos ou mais. Conversei com Nelson Matias Pereira, presidente e parceiro fundador da Associação de Parade do Pride São Paulo LGBT, que diz: “Não temos o apoio do Legislativo e nossas realizações só ocorreram por causa do judiciário”. Como surgiu o tema “Envelhecimento LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”? Nelson Matias Pereira: A cidade de Goiânia parou em 2024 falando sobre envelhecimento e encontrou a maior relevância, tanto que levava o tema ao nosso fórum “Que parada queremos” e a proposta foi o vencedor. Olhando para trás, obtivemos muitas vitórias desde o primeiro evento em 1997, e pensamos que era hora de resgatar essa linha do tempo. É também uma maneira de conscientizar as novas gerações de que a luta está longe do final. Sua militância começou em 1997 e você completará 59 anos no dia da 5ª Corrida do Pride LGBT+, a véspera do desfile. O que mudou? Nelson Matias Pereira: Se é difícil ser idosa neste país, imagine ser LGBT+. Apesar da luta, ainda vivemos preconceitos e exclusão. Não temos o apoio da legislatura e nossas realizações só ocorreram por causa do judiciário. Foi a Suprema Corte (STF) que reconheceu o casamento homossexual. Avançamos, mas não há mágica, sabemos que esse é um processo longo. O que pode ser feito, em termos de políticas públicas, para beneficiar esse grupo mais antigo? Nelson Matias Pereira: Eu posso dar um exemplo que mostra o quão prejudicial ao estado e à religião se mistura. Como o Estado é incompetente para fornecer os serviços que deve, de boas -vindas, as casas que recebem os idosos são amplamente gerenciadas por instituições religiosas que impõem valores às pessoas. Os idosos gays são obrigados a retornar ao armário, porque eles não têm o direito de viver de acordo com sua orientação sexual. Como as paradas ajudam a mudar esse cenário? Nelson Matias Pereira: O Brasil é o país com o maior número de paradas: é 325. E São Paulo é o maior do mundo. Muitas vezes digo que uma parada no Nordeste das Brasas, que reúne 500 pessoas, é tão importante quanto a avenida Paulista, porque dá voz àqueles que não têm. A prefeitura de São Paulo investe cerca de R $ 5 milhões na infraestrutura de eventos, que faz parte do calendário da cidade, mas apenas o retorno financeiro com a cobrança de impostos é superior a US $ 90 milhões. Queremos que parte desse dinheiro seja aplicada a políticas públicas, como uma casa de recepção para o idosos LGBT+. More than one letter: Understand what the LGBTQIA acronym means Full Programming: 24th LGBT Diversity Cultural Fair+ Date: June 19 Location: Latin America Memorial (Free Entry by registration) 5th LGBT Pride Race+ Date: June 21st Location: Shopping SP Market Link: www.corridaor.br 29 June Avenue Paulista (concentration from 10am) Exhibition “The Deep is the skin” exhibition: until August 31 at the Museum of Diversidade sexual, de terça a domingo, das 10h às 18h (ingressos gratuitos)



Fonte Seu Crédito Digital

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