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terça-feira, julho 22, 2025

Microplásticos chegam a nanômetros e escapam até de estações de tratamento de água

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Os pesquisadores alertam sobre o risco de doenças como câncer e parkinson causado pela exposição contínua a partículas plásticas. Entenda como os fragmentos de poluição plástica em micro e nanoplásticos e o que isso significa para o planeta. Microplásticos: Tiny em nome, gigantesco no Problema de estoque da Adobe que você já deve ter ouvido falar de microplásticos. A palavra refere -se a “pequenos plásticos”, que não está longe da verdade. Mas quão pequenos eles são? Como eles se formam? Onde eles estão? Que riscos eles oferecem? Os microplásticos e seu tamanho microplástico são partículas plásticas com diâmetro entre 1 e 1000 µm (1 mm) e podem atingir tamanhos abaixo de 0,1 µm (0,0001 mm) e são então chamados de nanoplásticos. Nesta escala, a área de superfície aumenta muito, intensificando sua reatividade e impacto ambiental. Para comparar, a areia grossa é de tamanho semelhante aos microplásticos. Os nanoplásticos são menores que a espessura de um cabelo (50 a 100 µm). Visualmente, uma formiga pode representar um microplástico na frente de uma garrafa de estimação (tereftalato de polietileno), enquanto um vírus ilustraria um nanoplástico, como ilustrado na figura abaixo. Figura 1. Escala comparativa: garrafa de estimação, microplásticos e nanoplásticos Amanda F. Gouveia Essas partículas se dispersam facilmente por organismos de ar, água e vivos. Eles podem se acumular e causar efeitos que ainda são pouco compreendidos, mas potencialmente perigosos. Detectá -los requer microscópios e técnicas sofisticadas. Como os microplásticos são formados, existem vários tipos de plásticos: PET (garrafas), poliéster (tecidos), PVC (policloreto de vinil – construção), entre outros. Os microplásticos são fragmentos desses plásticos maiores, que se degradam com sol, calor e atrito. Assim como uma laranja é dividida em brotos, os plásticos se dividem em pedaços menores, perdendo a forma, mas mantendo as características químicas do material original. Com o tempo, esses fragmentos atingem tamanhos tão pequenos que são classificados como micro ou nanoplásicos. Quimicamente, eles não são mais polímeros inteiros e se tornam oligômeros, ainda reativos e poluentes, mas mais difíceis de controlar. Não é apenas a degradação de grandes plásticos que gera microplásticos. Essas partículas entram em sistemas de esgoto de diferentes fontes. Por exemplo, produtos de higiene pessoal, como esfoliantes e cremes dentais, contêm microesferas plásticas. Roupas sintéticas lavando milhares de microfibras – uma única lavagem pode lançar mais de 1900 deles. Essas fibras são grandes poluentes aquáticos. Outra fonte significativa é o desgaste dos pneus, cujas partículas são transportadas pela água da chuva para rios e mares. Todos fazemos parte dessa cadeia de poluição e pequenas ações, como evitar descartáveis, separar o lixo e preferir roupas de fibra natural, podem ajudar a diminuir a quantidade de microplásticos liberados no ambiente. O caminho dos microplásticos A maioria das notícias de microplásticos está associada a oceanos – tartarugas presas a praias de plástico ou contaminadas. Mas pensar que o problema é limitado ao mar é um erro. Para entender a propagação dessas partículas, vale lembrar o ciclo da água: evaporação, condensação, precipitação, infiltração e fluxo. A água circula entre a atmosfera, o solo, os rios e os mares – e os microplásticos duram. Portanto, eles são encontrados em organismos aquáticos, terrestres, atmosféricos e até vivos, como ilustrado abaixo. Figura 2. O caminho dos microplásticos: do descarte inadequado ao organismo humano Amanda F. Gouveia, sua dispersão depende do tamanho, forma e densidade. Partículas grandes e densas tendem a depositar; Pequeno e leve, flutuando. Microplásticos e microplásticos de saúde humana são silenciosos. Ao contrário do Covid-19, que gerou uma pandemia mundial, os microplásticos são camuflados em nosso ambiente. Eles estão no ar (inalação), tecidos (contato com a pele) e alimentos (ingestão). A exposição contínua pode estar relacionada a doenças respiratórias, digestivas, distúrbios do sono, obesidade, diabetes, câncer, disfunções reprodutivas e imunológicas. A figura abaixo resume as diferentes maneiras pelas quais os microplásticos podem entrar no corpo humano, bem como os modos de interação e possíveis consequências para a saúde associada. Figura 3. À medida que os microplásticos entram no corpo humano, eles interagem com o corpo e podem afetar a saúde Amanda F. Gouveia estudos encontraram partículas plásticas no tecido pulmonar humano em 13 de 20 amostras analisadas em autópsias. Os polímeros mais comuns foram polietileno (PE) e polipropileno (PP) e os autores apontam para a necessidade urgente de pesquisar os efeitos desses materiais na saúde. Outro estudo detectou microplásticos em fezes humanas: PP e PET foram encontrados em 100% das amostras, enquanto o poliestireno (PS) e o PE apareceram em mais de 95%. Recentemente, Ghosal et al. Eles observaram que os microplásticos interagem com a proteína α-sinucleína, importante no sistema nervoso. Essa interação induz alterações estruturais da proteína, cuja agregação está relacionada ao desenvolvimento da doença de Parkinson e outras doenças neurodegenerativas. Os microplásticos já foram encontrados em lugares humanos, levantando preocupações sobre possíveis efeitos sobre o feto e as mulheres grávidas. Seu potencial tóxico inclui alterações hormonais, inflamação e danos celulares. A ciência em busca de soluções e a tecnologia que usamos na vida cotidiana resulta de anos de pesquisa, a ciência também está avançando para enfrentar o desafio dos microplásticos. A remoção dessas partículas pode ocorrer em vários pontos – oceanos, água da chuva, água e estações de tratamento de esgoto. Identificar as principais fontes de descarte é crucial para aplicar a tecnologia mais eficaz. Um dos principais problemas é nas estações de tratamento de águas residuais, que, embora removam até 98% dos microplásticos, eles falham com partículas muito pequenas, especialmente abaixo de 20 µm – e especialmente com nanoplásticos. Essas partículas terminam em água potável e efluentes tratados, oferecendo risco potencial à saúde. Para buscar soluções, os pesquisadores exploraram métodos como oxidação avançada (por exemplo, radiação ultravioleta (UV), UV/peróxido de hidrogênio, ozônio), biodegradação, filtração, adsorção, separação magnética, degradação térmica, microbots e nanorrerobots. A fotocatálise, que usa a luz solar para degradar poluentes, se destaca como uma alternativa promissora, alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. No entanto, é essencial monitorar os compostos formados, conforme tóxico por -produtos pode surgir. Algumas dessas tecnologias de remoção são ilustradas abaixo. O que podemos fazer? Como cientistas, estamos direcionando nossa pesquisa para desenvolver materiais capazes de atuar em novos esplendores da fotocatálise. A idéia é adaptar os métodos já usados ​​no tratamento de água para ajudar também na degradação dos microplásticos. É um longo caminho que requer tempo e muito esforço. Enquanto isso, podemos e devemos também atuar como cidadãos e cidadãos. Um bom exemplo de mobilização foi a campanha global “Limpeza Costeira Internacional”, que em 2015 reuniu 791.000 voluntários em 92 países e coletou mais de 8.000 toneladas de lixo. Os itens mais comuns? Butts de cigarro, garrafas, bonés, canudos e sacos plásticos. Atitudes simples, como descartar o lixo corretamente, já fazem a diferença. Cada tampa que não vai parar no chão é um menos resíduo nos rios e mares. Quando juntamos pequenas ações cotidianas com conhecimento científico, tomamos medidas importantes para cuidar do planeta. Isso também inclui cobrar políticas públicas mais eficazes no combate à poluição, má administração de resíduos e proteção dos ecossistemas. Amanda Fernandes Gouveia recebe financiamento de bolsas européias (bolsas de pós-doutorado do MSCA, Projeto Trex-Camps no 10115490). Antonio Carlos Sc Teixeira recebe financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Grant #309154/2023-5. Recebeu financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Subsídios #2018/21271-6 e #2019/24158-9. Ele é professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Brasil). A Geovania Cordeiro de Assis recebe financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) (concessão #2024/20680-0). Lara Kelly Ribeiro recebe financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) Grant #200978/2024-1. Lucia H. Mascaro recebe financiamento da FAPESP Proc. 2021/12394-0 e 2022/12895-1 Monica Calatayud não consulta, trabalha, tem ações ou recebe financiamento de qualquer empresa ou organização que possa se beneficiar da publicação deste artigo e não revelou nenhum vínculo relevante além de sua posição acadêmica.



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