O governo federal, juntamente com o Supremo Tribunal Federal (STF), avança nas negociações para definir o cronograma de pagamento para aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos indevidos em seus benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSs).
A proposta oficial foi levada na terça -feira (24) a uma audiência de conciliação liderada pelo ministro Dias Toffoli.
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O público do STF busca solução rápida e unificada

A reunião foi realizada a pedido do procurador -geral do sindicato (AGU), que defende uma solução homogênea para evitar várias decisões judiciais em casos semelhantes. A iniciativa visa garantir velocidade e certeza legal para cerca de 3,2 milhões de aposentados e pensionistas que já desafiaram os descontos.
Participantes do público
Além dos representantes da AGU, os membros do INSS, o Serviço Federal de Promotoria Pública (MPF) e o Gabinete do Defensor Público Federal (DPU) participaram da reunião. Todos os órgãos mostraram preocupação com a necessidade de retornar os valores rapidamente, justos e transparentes.
Objetivo conciliação
O principal objetivo é evitar a “pulverização de diversas soluções legais para situações idênticas”, como disse o ministro Dias Toffoli em sua decisão de abrir a rodada de negociações. O foco também está em proteger os direitos de segurados vulneráveis.
Proposta de calendário de pagamento
O governo apresentou um cronograma que prevê o início do pagamento de valores ainda em julho de 2025, se o STF for aprovado. A idéia é compensar lotes quinzenais até o final do ano, cobrindo tudo afetado de maneira escalonada.
Pagamento de parcelamento único
Segundo a AGU, o modelo de devolução será feito em uma única parte para cada beneficiário, facilitando o processo de logística e reduzindo os custos operacionais. A execução deve seguir um formato simplificado, com base nos concursos já registrados.
Estimar pessoas de benefício
O presidente do INSS, Gilberto Waller, Júnior informou que mais de 1 milhão de pessoas deveriam ser contempladas no primeiro lote. No total, o número pode exceder 3 milhões, considerando as disputas ainda em andamento.
Critérios de correção de valores
Outro tema central do público foi a definição do índice de correção monetária a ser aplicado aos valores com desconto. Após os cálculos internos, o governo optou por usar o amplo índice de preços ao consumidor (IPCA), considerado mais benéfico para os segurados.
Por que o IPCA foi escolhido?
Embora os benefícios da Previdência Social sejam tradicionalmente corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o governo identificou que o IPCA teve uma variação maior nos últimos cinco anos. Isso garante um reembolso mais vantajoso aos segurados.
Impacto da correção pelo IPCA
A aplicação do IPCA deve minimizar possíveis contestações futuras no índice de atualização dos valores e também busca proteger o INSS de quaisquer ações para danos morais.
Fonte de recursos para reembolso
Uma das principais preocupações do governo é permitir a disponibilidade financeira para efetuar pagamentos no menor tempo possível. Para isso, o plano envolve a criação de crédito extraordinário, fora do teto dos gastos do sindicato.
Crédito extraordinário: o que é e como será usado
Crédito extraordinário permitirá que o governo use recursos de emergência para antecipar o pagamento aos aposentados e aposentados. Posteriormente, o sindicato buscará uma compensação bloqueando ativos e valores das entidades responsáveis por cobranças inadequadas.
Valor total estimado
Até o momento, a estimativa oficial do governo aponta um custo de R $ 2,1 bilhões para cumprir as conteções já registradas. No entanto, esse valor pode atingir R $ 3,5 bilhões, se o número de beneficiários solicitando críticas de desconto aumentar.
Contexto de fraude e investigações em andamento
O episódio de descontos impróprios ganhou notoriedade após queixas de que várias associações cobravam taxas mensais diretamente diretamente dos benefícios pagos pelo INSS.
CPI misto no Congresso
Paralelamente, o Congresso Nacional criou uma Comissão Parlamentar Mista Parlamentar (CPI) para investigar a fraude cometida contra aposentados e aposentados. O objetivo é investigar responsabilidades, incluindo possíveis falhas de inspeção interna do INSS.
Processos contra associações
O governo também possui ações judiciais para que as entidades envolvidas na fraude retornem aos cofres públicos os valores que receberam indevidamente. Algumas dessas associações já começaram a fazer transferências voluntárias para o INSS, depois de admitir a falta de documentação adequada para justificar as cobranças.
PRÓXIMOS PASSOS

Se houver acordo durante a audiência na terça -feira, o governo acredita que poderá iniciar os primeiros pagamentos no próximo mês. As expectativas são que o cronograma definitivo seja publicado nas próximas semanas.
Comunicação oficial com o segurado
Aposentados e pensionistas com direito à compensação devem receber informações oficiais dos canais INSS, como o aplicativo My INSS e o telefone 135.
Recomendações aos beneficiários
O governo guia segurado para manter os detalhes bancários atualizados no registro do INSS para evitar problemas ao receber os valores. Além disso, aqueles que ainda não contestaram descontos podem fazer a solicitação de revisão.
Expectativas do governo
A expectativa é que, com o contrato assinado, o processo de retorno será rápido, transparente e sem burocracias desnecessárias. O governo também enfatizou seu compromisso de punir os responsáveis pelas irregularidades e adotar medidas para evitar fraudes semelhantes no futuro.
Considerações finais
O avanço das negociações de STF representa um passo importante para reparar os danos a milhões de aposentados e aposentados brasileiros.
A escolha de IPCA Como índice de correção, a criação de crédito extraordinário e a definição de calendário de pagamento reforçam o esforço conjunto entre governo e judiciário para resolver o problema.
Enquanto as investigações continuam no Congresso e no Tribunal, os beneficiários aguardam ansiosamente a realização do cronograma de reembolso, que promete devolver não apenas os valores perdidos, mas também a confiança na gestão do Seguro Social Público.