Pix se consolidou como o método de pagamento favorito dos brasileiros, dominando transações instantâneas desde o seu início.
No entanto, apesar da velocidade e da praticidade, o sistema ainda enfrenta desafios importantes, especialmente em relação ao retorno dos valores enviados por engano ou em casos de fraude.
Para melhorar esta questão, o Banco Central (BC) Está desenvolvendo melhorias que prometem tornar o processo mais eficiente e seguro para os usuários.
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Entenda as limitações atuais do PIX em retornos

Qual é o Med e como funciona hoje
O pix já possui um mecanismo oficial chamado Mecanismo de Retorno Especial (MED), criado para ajudar as vítimas de golpe e fraude a recuperar valores transferidos incorretamente. No entanto, este sistema tem limitações significativas:
- O MED é acionado apenas em casos de criminalidade, como fraude, uso da aplicação em falhas roubadas do dispositivo ou do sistema que causam pagamento duplicado.
- As transferências feitas por engano, como erro ou valor, não são contempladas.
- A solicitação deve ser feita pela instituição financeira da vítima, que se reporta ao BC para investigar e tentar recuperar os valores.
- O rastreamento funciona apenas na primeira conta que recebe o dinheiro, mas se o valor for fragmentado e redistribuído, é impossível localizar o dinheiro.
Desde a sua implementação, o Med recuperou R $ 459 milhões, o que representa apenas 7% da quantidade estimada de fraude por pix.
Limitações de rastreamento de valor
O principal problema para retorno eficiente está no rastreamento dos valores após a transferência. Os criminosos usam técnicas para diluir dinheiro em várias contas – conhecidas como “laranjas” – dificultando a localização e o bloqueio.
Além disso, a ausência de uma ferramenta simples e acessível na contestação de aplicativos torna o processo mais lento e mais complexo para o usuário comum.
O que o banco central planeja para o futuro de Pix
Aplicação com contestação simplificada até outubro de 2025
A primeira melhoria prevista é a inclusão, em aplicativos bancários e fintechs, de uma funcionalidade clara e intuitiva para contestar a pix inadequada. Esta opção permitirá que o usuário registre diretamente a reclamação, acelerando o processo e a comunicação com a instituição financeira.
Med 2.0: Evolução do mecanismo de retorno no primeiro trimestre de 2026
Desde o primeiro trimestre de 2026, o BC lançará o Med 2.0, que promete revolucionar o sistema de retorno:
- Melhor rastreamento de contas usadas para mover valores fraudulentos.
- Bloqueio automático de fonte na fonte antes que o dinheiro seja disperso em várias contas.
- Aumento significativo na eficiência da recuperação e identificação de criminosos.
Essas melhorias devem tornar o PIX ainda mais seguro, reduzindo o impacto dos golpes e aumentando a confiança dos usuários no sistema.
Como proceder em casos de erro de transferência
Quando você conhece o destinatário
Se o PIX foi enviado a uma pessoa conhecida por enganar, o ideal é entrar em contato diretamente com ela para solicitar a devolução. Manter o diálogo aberto ajuda a resolver a situação de maneira rápida e amigável, evitando distúrbios mais altos.
Quando o destinatário é desconhecido
Nos casos em que o beneficiário não é conhecido, o caminho indicado é:
- Tente entrar em contato através dos canais ou aplicativos de serviço da instituição financeira para explicar o erro e solicitar a devolução.
- Se não houver resposta ou a devolução for negada, o usuário deve registrar uma reclamação formal no banco ou fintech.
- Se a situação não for resolvida, a recomendação é buscar apoio do Procon ou mesmo recorrer ao judiciário.
Importância de não fazer uma nova transferência para retornar
Se você receber um pix por engano, não é aconselhável devolver o valor por meio de uma nova transferência na mesma quantidade, pois essa pode ser usada para golpes em que o criminoso finge ser um erro para aproveitar.
Recomenda -se usar a função de retorno parcial ou total disponível no aplicativo da instituição.
O retorno de Pix por engano é obrigatório?

Aspectos legais e crimes relacionados
Não existe uma regra expressa nas regras da pix que obriga o retorno em caso de erro. No entanto, a retenção consciente de valores alienígenas pode configurar o crime:
- Apropriação incorreta: Previsto no artigo 169 do Código Penal, é caracterizado pela retenção inadequada do dinheiro transferido por acidente.
- Estelionato: Se o beneficiário reside ou enganar para não retornar, pode ser enquadrado nesse crime, sujeito a uma multa e até a prisão.
Portanto, do ponto de vista legal, não devolver um pix enviado por engano pode ter sérias conseqüências para aqueles que mantêm o valor.
Conclusão: Pix está se tornando mais seguro
Com as próximas atualizações do banco central, o sistema PIX dará um passo importante para a mitigação de problemas que ainda afetam os usuários, especialmente os erros de fraude e transfere.
A introdução do Med 2.0 e os recursos simples nas aplicações trarão mais transparência, segurança e agilidade no processo de retorno, beneficiando os que pagam e que recebem.
Assim, o futuro do PIX promete reduzir significativamente o risco de perdas financeiras causadas por erros ou golpes, fortalecendo sua posição como o principal pagamento instantâneo no Brasil.