O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o compartilhamento e centralização de todas as consultas relacionadas a fraudes bilionárias no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A decisão foi tomada depois que a Polícia Federal (PF) citou o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PP-RS) e o vice-vice-Fausto Pinato (PP-SP) em resultados que envolvem descontos indevidos em aposentados e cheques de salários de pensionistas.
A medida do Toffoli cumpre as solicitações e o objetivo de unificar os processos sob a jurisdição do Supremo, uma vez que os envolvidos têm um fórum privilegiado. A ação também reflete a gravidade institucional das acusações, que já causaram exonerações e reações no alto nível do governo federal.
Leia mais:
Tudo atualizado: o CAIXA libera condições especiais para pagar dívidas
Conexões políticas com entidades investigadas

De acordo com uma carta enviada pela polícia federal à Suprema Corte este mês, os dois parlamentares tinham laços diretos ou indiretos com Felipe Gomes Macedo, presidente do Amar Brasil Benefits Club (ABCB), uma das entidades apontadas como operadores do esquema de desconto não autorizado no Payrolle of Inss Beneficiies.
Amar Brasil: receitas milionárias com aposentados
Amar Brasil assinou, em 2022, um acordo com o INSS que permitiu a aplicação direta de descontos em pensões, gerando receitas de R $ 324 milhões. No mesmo ano, Maco doou R $ 60.000 para a campanha de Onyx Lorenzoni ao governo do Rio Grande do Sul. Na época, Onyx era ministro da pensão no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Essas coincidências estão sendo analisadas pelas autoridades como possíveis indicações de favoritismo político e institucional.
Onyx nega conexão pessoal com investigado
Onyx Lorenzoni afirmou que não tinha relacionamento com Felipe Macedo. “Eu tenho um relacionamento zero com essa pessoa”, disse ele à imprensa. O ex -ministro também alegou não ter conhecimento de cerca de 30% de seus doadores de sua campanha e enfatizou que todas as doações foram legalmente registradas e supervisionadas pelo Tribunal Eleitoral. “Estou disponível para a Polícia Federal, Serviço de Promotoria Pública, CPI. Quem tem a verdade, não teme nada”, acrescentou.
Fausto Pinato e Alphaville’s Room
O deputado federal Fausto Pinato foi citado para manter as relações comerciais com o presidente da Amar Brasil. Segundo a PF, Macedo teria alugado anteriormente uma sala comercial em Alphaville, Barueri (SP), no mesmo endereço em que hoje o cargo político de Pinato opera.
O parlamentar, no entanto, minimizou a conexão. “É uma suposição de uma sala que já foi [de um investigado]. É muito louco [a suspeita]”Ele disse. Pinato acrescentou que a equipe de Amar Brasil deixou a propriedade em agosto de 2023 e que um de seus conselheiros o alugou de volta apenas em 2024.” Acho que a sala é um cara que supostamente está envolvido com a onda de INSs? Ele perguntou.
Operação sem desconto: reação das autoridades
As queixas dos Metropoles do Portal, que publicaram pelo menos 38 relatórios entre dezembro de 2023 e março de 2024, causaram uma forte repercussão pública. Em abril de 2024, a polícia federal iniciou a operação sem desconto com base nessas pesquisas. A ofensiva resultou na renúncia do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Seguridade Social, Carlos Lupi.
O esquema de taxas mensais impróprias
As investigações apontam que entidades como Amar Brasil fizeram descontos mensais sem autorização de aposentados, violando regras contratuais e direitos dos beneficiários. Em muitos casos, os cidadãos nem sabiam que estavam sendo afiliados a clubes ou associações, mas viram seus benefícios líquidos reduzidos por acusações irregulares.
A prática foi facilitada por contratos genéricos com o INSS, o que permitiu acesso automatizado à folha de pagamento da agência. Essas entidades foram baseadas em acordos questionáveis, que agora são alvos de auditorias e ações judiciais.
Impacto financeiro da fraude
De acordo com o PF, apenas entre 2022 e 2023, os valores desviados dos aposentados por meio de taxas mensais impróprias excederam R $ 2 bilhões. A maioria acabou nas contas de clubes de benefícios e entidades sem fins lucrativos que, na prática, não ofereciam serviços relevantes ou nem tinham estrutura funcional.
Estima -se que milhões de aposentados tenham sido feridos, incluindo pessoas com doenças graves e idosos em situações vulneráveis.
Falha na supervisão do INSS

Um dos principais focos das investigações é a omissão de servidores e gerentes do INSS em face de práticas fraudulentas. Vários contratos assinados com essas entidades foram renovados automaticamente, sem revisão, mesmo com milhares de queixas já registradas no sistema de Ombudsman e nos tribunais especiais federais.
Também há suspeitas de que os funcionários da INSS facilitaram o registro de cobranças por meio de sistemas internos, acelerando processos sem verificar a regularidade das autorizações.
Curso de Investigações de Alterações de Decisão de STF
A centralização das investigações na Suprema Corte federal, sob o relator de Dias Toffoli, permitirá uma análise de dados integrada, com evidência cruzada e rastreamento de relações políticas, administrativas e financeiras. Com isso, a Suprema Corte pode não apenas avaliar a legalidade dos contratos, mas também o possível envolvimento das autoridades públicas e parlamentares em apoio ao esquema.
Fórum privilegiado e risco de prescrição
Como Onyx e Pinato têm fórum para prerrogativa de função, as consultas estão exclusivamente no STF. A centralização procura impedir a fragmentação do processo e reduzir o risco de prescrever quaisquer crimes cometidos. Ele também permite que todas as reclamações sejam apresentadas juntas, acelerando o processo judicial.
Pressão social e novos desenvolvimentos
Desde que o escândalo surgiu, as demandas da empresa aumentaram pelos envolvidos. Organizações aposentadas, sindicatos e defensores públicos têm denunciado o modelo de acordos do INSS nos últimos anos, que abriu lacunas para a exploração comercial e política da base de beneficiários.
Espera -se que o avanço das investigações, adicionado à cobertura contínua da imprensa, gere novas operações, acusações e possivelmente mudanças legislativas para proteger o segurado da pensão.
O papel da imprensa investigativa
O caso reforça a importância da imprensa livre e investigativa no Brasil. Foi graças ao trabalho contínuo de calcular os metrópoles do portal que o “Farra de descontos indevidos” ganhou visibilidade e resultou em ação estatal. Os 38 relatórios usados como base pelo PF abordados de beneficiários feridos aos modos de dinheiro e as relações entre empreendedores e políticos.
Esse modelo de jornalismo investigativo tem sido fundamental para o controle social sobre instituições como o INSS, o Ministério da Seguridade Social e o próprio Congresso Nacional.
O que vem a seguir

Com a decisão de Toffoli, os desenvolvimentos devem acelerar. Novos bancos e intervalos de sigilo fiscal, arredores, pedidos de CPIs e ações do Serviço Federal de Promotoria Pública estão planejadas para os próximos meses.
A centralização do STF também deve gerar novas linhas de pesquisa sobre contratos assinados com outras entidades que não o Amar Brasil, expandindo o escopo da investigação e potencialmente revelando um esquema ainda maior do que o estimado inicialmente.
Conclusão
O avanço das investigações sobre a fraude do INSS, agora centrado na Suprema Corte por decisão do ministro Dias Toffoli, marca um momento decisivo no combate aos esquemas que danificaram milhões de aposentados em todo o país. Ao envolver figuras e entidades políticas proeminentes suspeitas de manipular contratos com o Estado, o caso expõe graves falhas estruturais no gerenciamento da Seguridade Social. Espera -se que, com a unificação das consultas e o aprofundamento dos resultados, os responsáveis sejam identificados e punidos, restaurando a confiança do público na proteção dos direitos dos beneficiários do INSS.