14.2 C
São Paulo
domingo, agosto 3, 2025

Em derrota para o governo, Câmara aprova derrubada de decretos que elevam IOF

EconomiaEm derrota para o governo, Câmara aprova derrubada de decretos que elevam IOF




A proposta suspende os efeitos das regras emitidas pelo Planalto em maio e junho; O governo diz que existe um risco de paralisia da máquina pública. O texto vai para o Senado. A Câmara dos Deputados aprovou na quarta -feira (25) uma proposta que derruba dois decretos do governo do Presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) que aumentam o imposto sobre operações financeiras (IOF). O projeto, que continuará votando no Senado, suspende os efeitos das regras emitidas pela Planalto em maio e junho. Se aprovado pelos senadores, a derrubada dos decretos enterrará uma série de dispositivos que aumentam as taxas de IOF nas operações de crédito, a compra de moeda estrangeira, entre outras situações. O governo enfrenta uma derrota significativa com um projeto para bloquear a alta IOF incluída na agenda da Câmara na noite de terça -feira (24), a proposta foi aprovada em meio a um crescente descontentamento das asas do Congresso com decisões da equipe econômica de Fernando Haddad e o atraso na execução das emendas parlamentares. Deputados e líderes governantes acusaram o presidente da Câmara, Hugo Motta (republicanos-PB), de não ter comunicado a mudança na agenda de votação e a escolha de um representante da oposição ao relator, vice-coronel Chrisostomo (PL-RO). O anúncio, classificado nos bastidores como uma “surpresa”, levou a uma série de reações públicas dos ministros do governo de Lula em defesa dos decretos. Publicamente, Motta repetiu que a análise dos decretos da IOF pela Câmara representa uma insatisfação do Congresso com aumentos repetidos de impostos. O discurso do deputado está ganhando corpo nas últimas semanas, com pressões de asas da casa e setores afetados pelas mudanças anunciadas pelo Ministério das Finanças, que, que, quando encontra Haddad para lidar com a IOF, classificou a reunião como “histórica”, começou a criticar publicamente o pacote de medidas sugeridas pela fazenda como alternativa para a alta. Os discursos foram repetidos em extensão em reuniões com empreendedores, entrevistas e publicações sobre redes sociais. Em uma oportunidade, o prefeito até disse que havia se comunicado a Planalto que as medidas teriam uma “reação muito ruim”. Para os parlamentares, além das pressões internas e de mercado, a mudança de leme e deputados também foi influenciada por contratempos relacionados às emendas parlamentares, como o atraso na liberação de apelações e novos investidores do Supremo Tribunal Federal (STF). Plenário da Câmara dos Deputados Vinicius Loures/Agência Câmara Medidas Alternativas nas horas do anúncio de Motta sobre a inclusão da proposta na agenda de quarta -feira, os líderes do governo iniciaram uma campanha para manter os decretos. O Planalto argumenta que as medidas são necessárias para manter a operação da máquina pública, evitando bloqueios e contingências. Os líderes parlamentares dizem que o governo já deu sinais de que está aberto à negociação. Em uma reunião com os presidentes da Câmara e do Senado, o Planalto apresentou um pacote alternativo de medidas à descarga de IOF. O conjunto de medidas foi enviado ao Congresso por meio de uma medida provisória e aguarda a análise. Entre outros pontos, o texto prevê um aumento da tributação das apostas e da cobrança do imposto de renda nos investimentos atuais. A equipe de Haddad argumentou que a manutenção do decreto de alta da IOF é necessária até a aprovação deste pacote. Para os líderes do partido, a derrubada do decreto aprovada na quarta -feira confirma o prognóstico de que o governo terá dificuldade em aprovar o deputado. Em uma rede social, o ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse na quarta -feira que o decreto de IOF “corrige uma injustiça: luta contra a evasão fiscal mais rica para equilibrar as contas públicas e garantir os direitos sociais dos trabalhadores”. Responsável pela articulação política do governo, o ministro Gleisi Hoffmann repetiu que a “derrubada dessa medida exigiria novos bloqueios e contingências orçamentárias”. “Prejudicar os programas sociais e investimentos importantes para o país, mesmo afetando a execução das emendas parlamentares. É hora de pensar primeiro no país, que precisa continuar crescendo e buscando justiça social e tributária”, disse ele.



g1

Check out our other content

Confira outras tags:

Artigos mais populares

Earn passive money with an ai blog.