O relatório aponta para um equilíbrio entre força econômica e desafios tributários e alerta sobre o impacto de 2026 eleições nas reformas e na confiança do mercado. Logotipo da Fitch Ratings em seu escritório em Londres. A Reuters the Fitch Ratings Risk Rating Agency anunciou na quarta -feira (25) que manteve a nota de crédito do Brasil em ‘BB’, com perspectiva estável, indicando que não há expectativa de mudança no curto prazo. A nota reflete um equilíbrio entre a força da economia brasileira e os desafios tributários persistentes. De acordo com a avaliação da agência, as classificações do Brasil são apoiadas por: grande e diversificada economia; Sólidas finanças externas e reservas internacionais robustas; Mercados domésticos profundos, com baixa dependência da dívida em moeda estrangeira. O texto também aponta que “as classificações são limitadas pelo endividamento alta e crescente do governo em relação ao produto interno bruto (PIB), rigidez orçamentária, indicadores de baixa governança e crescimento potencial relativamente baixo”. “As incertezas fiscais continuam sendo uma fonte de risco macroeconômico mais ampla, tendo se manifestado na volatilidade do mercado recente, e as perspectivas de reformas estruturais para enfrentar desequilíbrios subjacentes provavelmente ficarão mais claras após as eleições de 2026”, acrescenta o texto da Fitch Ratings. Apesar da redução do déficit primário em 2024 (0,4% do PIB), a queda foi influenciada por receitas específicas e não representa uma melhoria estrutural. A resistência ao Congresso a novos impostos, a frustração com a receita e o aumento dos gastos gerou incertezas no mercado. A Fitch projeta que o déficit total do governo aumenta para 8% do PIB em 2025, pressionado por altas taxas de juros e o fim dos estímulos tributários. A dívida pública brasileira atingiu 76,5% do PIB em 2024 e deve continuar aumentando, segundo a Fitch. O cenário eleitoral de 2026 pode dificultar a contagem de gastos e favorece políticas populistas, como subsídios e aumento dos benefícios sociais. Mesmo assim, a agência enfatizou que não espera mudanças drásticas na conduta da política econômica, embora o ambiente político possa influenciar a confiança do mercado e o avanço das reformas. A classificação também indica um “grau especulativo” – que, de acordo com agências de risco, ressalta que o Brasil é menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas continua a enfrentar incertezas em comparação às condições financeiras e econômicas adversas. Em outras palavras, o Brasil não possui o “bom selo de bom pagador”, uma classificação que sinaliza menor risco de inadimplência para aqueles que investem em títulos nacionais do Tesouro. (Saiba mais sobre as notas de crédito abaixo) Veja a imagem abaixo. Consulte Notas de crédito do Brasil em todas as agências de risco de Kayan Albertin/ART G1 Como as notas de crédito funcionam, as agências têm uma longa escala de classificação, com mais de 20 notas. Quanto maior a posição, mais eficiente, confiável e robusta é a economia – e menor seu risco. Há também uma divisão em duas “prateleiras” principais: grau de investimento; Grau especulativo. O diploma de investimento é um selo de qualidade que garante aos investidores um menor risco de inadimplência. A partir da nota de crédito que um país em particular recebeu, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros) compensa o risco de perder o capital investido com instabilidade econômica local. O grau especulativo surge quando o país perde o selo de um bom pagador, porque as agências não fornecem mais seu selo de segurança para um investimento. Nesta situação, é comum o país também perder possibilidades de investimento. Alguns fundos internacionais de pensão dos países europeus ou dos Estados Unidos, por exemplo, seguem a regra de que você só pode investir em valores mobiliários de países classificados com diploma de investimento por agências internacionais. “Ter esse selo, portanto, facilita a atração do capital. E, como o país recebe mais recursos, expande sua liquidez e sua capacidade de fazer investimentos”, explica Alex Nery, professor da FIA Business School. Na história, o único período em que o país obteve um selo de bom pagador foi entre 2008 e 2015. A entrada ou saída do grau de investimento é definida por agências de risco de fatores como o nível de reservas internacionais, cenário fiscal e estabilidade política. Segundo analistas de mercado, historicamente, um país que perde o selo de bom pagador geralmente leva de 5 a 10 anos para se recuperar. O Brasil já tem nove anos no grau especulativo. A trajetória de nota brasileira A chegada de classificações de investimentos e a S&P deu a Brasil pela primeira vez em 2008, no segundo mandato do presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT). Moody concedeu o selo em 2009. Com as mudanças, o país foi reconhecido naquele momento como um destino mais seguro para investimentos estrangeiros. Na época, a S&P atribuiu a elevação da nota brasileira à mudança na política econômica no país – especialmente com a redução da dívida externa – e a melhoria das perspectivas de crescimento. “Um mercado de consumidores maior, com crescimento do mercado de capitais e intenções de investimento em formalização”, disse a S&P na época. Para a Fitch, a concessão do bom selo do pagador foi o resultado da “melhora dramática dos resultados do Brasil nos setores externo e público, que reduziu bastante a vulnerabilidade do país a problemas externos e choques de troca”. “[Além disso, o Brasil] He fortified macroeconomic stability and increased the prospects for medium -term growth, “the agency said in an official note. See the history of the grades below: Brazilian Kayan Albertin credit notes/Art G1 A new elevation in 2011, the country climbed another step in the good payer for the three agencies. Fitch stated that the improvement in the note reflected the assessment that the sustainable potential growth rate of the Brazilian economy had increased, supporting the medium -Perspectivas fiscais e o fortalecimento contínuo da liquidez externa do país. A crise econômica intensa, após o final da gestão do governo de Dilma Delas é o fato de que o país enfrenta uma história política mais turbulenta do que em meados de 2008. Fiscal, que estará no radar das agências daqui para frente. “O design da estrutura é interessante, mas se o objetivo fiscal mudar muito, perde a credibilidade. Esse é outro fator de atenção para as agências de risco “, conclui o especialista.
g1