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domingo, agosto 3, 2025

ANS anuncia teto de reajuste em planos de saúde, descubra o impacto

EconomiaANS anuncia teto de reajuste em planos de saúde, descubra o impacto


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou, na segunda -feira (23), o índice de reajuste máximo que pode ser aplicado a planos de saúde individual e familiar no ciclo de maio de 2025 a abril de 2026. O teto foi consertado em 6,06%Abaixo das expectativas de parte do setor e do menor índice desde 2008, excluindo o período pandemia, quando os ajustes foram negativos.

A decisão afeta diretamente sobre 8,5 milhões de brasileiroso equivalente a 16,4% de mais de 52 milhões de usuários de seguro de saúde no país. Para especialistas, a medida traz alívio a uma parte importante da população, mas ainda deixa lacunas significativas nos contratos coletivos, que seguem sem limites regulatórios.

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Como o reajuste funciona e quem será afetado

Ans planos de saúde
Imagem: Freepik

Quem está incluído no teto

O reajustamento anunciado por Ans aplica -se exclusivamente a Planos de saúde individuais e familiares regulamentadosOu seja, contratos assinados de 1999 ou adaptados à Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98). Os contratos de aniversário entre maio de 2025 e abril de 2026 podem aumentar até 6,06%, sempre aplicados No mês do aniversário do contrato ou no máximo de dois meses subsequentes.

Os planos coletivos estão fora do limite

Por outro lado, o Planos coletivos para adesão, negócios e microentreepresores individuais (MEIS) Eles não estão sujeitos ao teto imposto pela ANS. Isso representa sobre 83% do mercadoOnde os reajustes ainda são negociados livremente entre operadores e contratados – com índices geralmente mais altos do que os aplicados a planos individuais.

De acordo com a advogada Marina Paullelli, do Instituto de Proteção ao Consumidor (IDEC), essa distinção enfraquece uma parte significativa dos usuários. “É uma falha séria de regulamentação. Planos coletivos, incluindo muitos contratos da MEIS, foram reajustados com índices historicamente mais altos do que os aplicados a planos individuais, sem transparência ou controle eficaz”, diz ele.

Impacto da decisão e cenário para o consumidor

Tentativas de conter abuso em planos coletivos

Embora a ANS não possa, por lei, estabelecer um teto para planos coletivos, o Índice de reajuste anual de planos individuais acabam servindo como parâmetro para avaliar qualquer abuso. De acordo com o advogado Caio Henrique Fernandes, sócio da Vilhena Silva Advogados, a taxa de 6,06% pode ser usada como referência legal para contestar ajustes excessivos em contratos coletivos.

“Observamos aumentos acima de 30% ou até 39%, o que é completamente incompatível com a realidade econômica. Em muitos casos, esses aumentos podem ser levados a tribunal para substituição pelo índice da ANS”, diz Fernandes.

O índice acompanha a inflação médica e o uso do plano

O cálculo do reajuste autorizado pela ANS considera variação nas despesas de assistência dos operadores Entre 2023 e 2024. Este cálculo leva em consideração vários fatores, como:

  • Frequência de uso de planos por beneficiários;
  • Aumento dos custos médicos, hospitalares e laboratoriais;
  • Inflação geral e inflação médica;
  • Preços de medicamentos, insumos e equipamentos.

De acordo com o diretor interino-presidente da ANS, Carla Soares, o índice reflete o equilíbrio entre garantir a sustentabilidade dos operadores e a proteção do consumidor. “A metodologia é técnica, transparente e baseada em dados reais no setor. Nosso objetivo é preservar o acesso à saúde suplementar com aulas compatíveis com a realidade econômica do país”, explicou em comunicado.

Debate sobre regulamentação de planos coletivos

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Foto: Getty Images

Especialistas defendem a mudança legal

O debate sobre a criação de um teto para planos coletivos não é novo. No entanto, a legislação atual impede que a ANS aplique limites de reajuste nesses contratos, pois são formalmente tratados como contratos de negócios, mesmo quando contratados por uma única pessoa.

“O crescimento dos planos de adesão coletiva e o CNPJ criou uma violação regulatória que precisa ser revisada. O consumidor é vulnerável a aumentos abusivos e muitas vezes nem sequer tem alternativas de negociação”, critica Marina Paullelli.

A judicização pode aumentar

Diante da escalada de reajustes em planos coletivos, os especialistas acreditam que o Judicização de aumentos Ele deve crescer até 2025.

O que o consumidor pode fazer

Dicas para proteger seu orçamento

Para os consumidores que enfrentam ajustes acima da média, algumas medidas podem ajudar proteger o orçamento E procure alternativas viáveis:

  1. Solicitar justificativas detalhadas do reajuste ao lado do operador;
  2. Compare planos e operadoresavaliar o custo-benefício;
  3. Negocie com a empresa contratante ou corretor em caso de plano coletivo;
  4. Procure apoio legalespecialmente em casos de ajustes superiores a 20%;
  5. Registrar reclamações na ANS e em órgãos de proteção ao consumidor.

Conclusão

O teto de reajuste de 6,06% para planos de saúde individual e familiar anunciados pela ANS representa um Avanço importante na proteção do consumidor em um momento de pressão inflacionária no setor de saúde. No entanto, a ausência de controle nos reajustes dos planos coletivos continua sendo um desafio regulatório e uma fonte de preocupação para milhões de brasileiros.

Embora o debate sobre regulamento mais amplo não promova o Congresso, os consumidores precisam estar cientes, exigir transparência dos operadores e recorrer a meios legais ao enfrentar aumentos injustificados. A saúde financeira dos usuários e o acesso contínuo aos serviços médicos estão em jogo.

Imagem: Fabio Balbi / Shutterstock.com



Fonte Seu Crédito Digital

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