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quinta-feira, agosto 7, 2025

Consumidor prioriza luz e água, mas inadimplência sobe para 76,6 mi, aponta Serasa

EconomiaConsumidor prioriza luz e água, mas inadimplência sobe para 76,6 mi, aponta Serasa


O número de brasileiros em inadimplência atingiu o 76,6 milhões de pessoas em abril de 2025o nível mais alto já registrado desde o início da série histórica de Seasa Experianem 2016. De acordo com os dados mais recentes divulgados pela entidade, 47,1% da população adulta do país está em conta tardia, reflexão direta de um cenário econômico pressionado por Inflação persistente e alta no custo de vida.

Dado esse cenário, os consumidores adotaram uma estratégia de sobrevivência financeira: Priorize as contas essenciaiscomo luz e água, e deixa dívidas em segundo plano com bancos, provedores de varejo e serviços. Ainda assim, o crescimento da inadimplência revela que essa tática tem limites diante do orçamento cada vez mais apertado das famílias brasileiras.

Contas básicas continuam prioridade

Deferência comercial
Imagem: zazorozhnyi viktor / shutterstock.com

Cair na inadimplência de serviços essenciais

Os dados de Seasa aponte que, embora as contas de luz e água sigam uma prioridade no orçamento da família, Houve uma ligeira queda na participação dessas despesas no padrão geral. Em janeiro, as contas básicas representadas 21% das dívidas totais totais. Já em abril, essa porcentagem caiu para 20,1%.

Esse movimento indica que, mesmo no meio das dificuldades, os brasileiros têm se esforçado para manter serviços fundamentais. Afinal, pare de pagar a conta de eletricidade ou água tem consequências imediatas e afeta diretamente a qualidade de vida.

No setor de varejoUma ligeira retração também foi observada em padrão: 9,9% em janeiro para 9,6% em abril. Os dados refletem a diminuição do consumo de bens não essenciais, como roupas e eletrônicos, pela população mais endividada.

Bancos e serviços são descarregados em dívida

Dívidas com instituições financeiras crescem

O cenário muda quando o comportamento do pagamento relacionado a instituições financeiras. Dívidas com bancos e financeiros cresceram de 18,1% para 19,3% de inadimplência total no período analisado. O aumento mostra que os cartões de crédito pessoal, financiamento e crédito foram deixados e mais tarde, mesmo com altas taxas de juros que penalizam o atraso.

Além do setor financeiro, Serviços não essenciaisComo transporte privado, limpeza e administração, eles também sentiram a pressão do momento econômico. Essas categorias vieram representar 11,6% do total de inadimplência, contra 10,9% no início do ano.

De acordo com Monica Seabra, especialista em educação financeira em seasa, A inflação tem sido o fator determinante para esse comportamento. “O poder de compra diminuiu muito com a inflação no nível atual, e as pessoas estão tendo que escolher o que pagar e como pagar”, diz ele.

O padrão do condomínio atinge o recorde

dívida
Imagem: Make / Shutterstock.com

As contas do condomínio são afetadas por reajustes

Uma das áreas mais impactadas pelo aumento da inadimplência é a de condomínios residenciais. De acordo com uma pesquisa da empresa Ucondo, que gerencia 6.000 condomínios e atende cerca de 560.000 usuários, o padrão no setor atingiu 17% no primeiro trimestre de 2025O índice mais alto desde o início da série histórica da empresa em 2022.

Para fins de comparação, a taxa foi 12% no mesmo período de 2024e apenas 9% em 2023. A elevação foi amplamente atribuída ao reajuste nas taxas de condomínioque passou de uma média de R $ 493,81 em 2024 para R $ 507,51 em 2025De acordo com a própria Ucondo.

Leo Mack, diretor de operações da empresa, ressalta que a tendência é piorar. “Pensando no cenário macroeconômico atual do Brasil, a tendência é que o padrão de condomínio continue aumentando, porque o endividamento doméstico é muito alto.”

Endividamento estrutural e orçamento da imprensa da inflação

O alto nível de endividamento das famílias brasileiras não é novo. Dados recentes do banco central mostram que mais do que 70% da renda familiar está comprometida com a dívidaque limita drasticamente a margem para pagamentos ou reajustes imprevistos.

A inflação nos últimos meses, apesar de ter dado sinais de desaceleração, permanece acima do ideal e corroiu o poder de compra da população, especialmente nas classes mais baixas. Aumentos recorrentes em itens como Comida, combustíveis e serviços essenciais tenho forçado os consumidores a Escolhas difíceis sobre o que as contas pagam.

Especialistas alertam sobre o ciclo vicioso

Especialistas em finanças pessoais alertam que o cenário atual pode desencadear um ciclo vicioso. À medida que as dívidas se acumulam, os consumidores recorrem a crédito para cobrir as despesas diárias, agravando ainda mais a inadimplência futura. A situação é complicada com Altas taxas de juroso que torna mais caro renegociar ou instalar dívidas em atraso.

Seasa expandiu campanhas de Educação Financeira e renegociação da dívida, como o Nome justo limpoPara tentar conter a subida do padrão. No entanto, os números indicam que a recuperação ainda será lenta e dependerá de melhorias estruturais na economiacomo controle da inflação e geração de empregos formais.

Imagem: Mikhail Nilov/Pexels



Fonte Seu Crédito Digital

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