O dólar abriu a semana em ascensão e atingiu US $ 5,45 na segunda-feira (7) depois que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, anuncia novas ameaças comerciais contra países que, segundo ele, “alinham-se às políticas anti-americanas do BRICS”.
O mercado reage com cautela

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Dollar tem alta empresa nesta segunda -feira
Por volta das 10 horas da manhã, o dólar operou 0,41%, cotado em R $ 5.4462, depois de atingir o máximo de R $ 5.4558. A apreciação da moeda dos EUA reflete a percepção de risco diante das tensões entre os Estados Unidos e o bloco econômico formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Desempenho em dólares:
- Semana: -1,08%
- Mês: -0,17%
- Ano: -12,23%
Apesar da quitação de hoje, o dólar acumula uma queda no ano, mas os analistas alertam que o cenário pode mudar rapidamente se o conflito comercial se aprofundar.
Trump ameaça os países alinhados com o BRICS
No domingo (6), Trunfo Ele usou sua conta de rede social para anunciar que os Estados Unidos aplicarão uma taxa adicional de dez por cento a todos os países que “apoiam políticas anti -americanas promovidas pelo BRICS”. A declaração veio após a publicação da “Declaração do Rio de Janeiro”, na qual o bloco defende multilateralismo, o respeito pelo direito internacional e critica ações unilaterais – não mencionando diretamente os EUA.
Reações internacionais
A declaração de Donald Trump gerou respostas imediatas dos países membros do BRICS. A China criticou severamente o uso de tarifas como uma ferramenta para a coerção política, enquanto a Rússia enfatizou que o bloco nunca teve o objetivo de se posicionar contra outras nações. A África do Sul, por outro lado, apontou que o objetivo do BRICS é promover reformas na ordem internacional atual, sem adotar posturas hostis ou de confronto.
Especialistas apontam que a posição de Trump tende a agravar o isolamento diplomático dos EUA e pode abrir espaço para alianças alternativas, especialmente entre as economias emergentes.
Tarifa: Fim da trégua e pressão sobre os mercados
Prazos e negociações
Trump também afirmou que os EUA enviarão cartas formais aos países nesta semana com a lista de tarifas que entrarão em vigor a partir de 1º de agosto. A medida termina a trégua de 90 dias estabelecida em abril para a renegociação de acordos bilaterais.
Países correm contra o tempo
Até agora, poucos acordos foram fechados. O Reino Unido e o Vietnã atingiram pactos limitados. Japão, Índia, Coréia do Sul e Indonésia também procuram evitar tarifas por meio de concessões comerciais e investimentos estratégicos.
Impactos econômicos: inflação, interesse e crescimento
Efeito dominó nos preços e inflação
A possível retomada de tarifas tem o potencial de eliminar produtos importados, pressionar os custos de produção e afetar o consumidor final. Os economistas alertam que esse efeito inflacionário pode forçar o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, a manter as taxas de juros por mais tempo.
Risco de recessão global
A continuidade da tarifa pode gerar um ciclo de desaceleração econômica, não apenas nos EUA, mas também nos países exportadores. Isso aumentaria o risco de recessão global em um momento em que as economias ainda se recuperam dos impactos dos conflitos geopolíticos e recentes.
Bolsas globais na bússola de espera

Mercados asiáticos
As taxas de ações da Ásia registraram uma queda moderada na segunda -feira:
- CSI300 (China): -0,43%
- SSEC (Xangai): +0,02%
- Hang Seng (Hong Kong): -0,12%
Embora a China esteja temporariamente protegida por acordos comerciais, a instabilidade global afeta a confiança dos investidores.
A Europa segue cautelosamente
Na Europa, o índice Stoxx 600 operava estável, refletindo a cautela dos mercados. As sacolas regionais mostraram oscilações entre a luz alta e a baixa.
Perguntas frequentes – perguntas frequentes
Como isso afeta o Brasil?
O Brasil, como membro do BRICS, pode estar entre os alvos de Trump. Isso pode afetar as exportações, pressionar a troca e aumentar a instabilidade econômica local.
O que esperar do mercado nos próximos dias?
A tendência é de alta volatilidade, com investidores atentos a qualquer sinal de agravamento ou trégua em tensões comerciais. A ata do Fed e os desenvolvimentos da política americana serão determinantes.
Considerações finais
A escalada de tensões comerciais entre os Estados Unidos e os países do BRICS, impulsionada pelas declarações de Donald Trump, trouxe volatilidade imediata aos mercados. O dólar de ascensão, a instabilidade nas sacolas e a possibilidade de novos aumentos inflacionários reforçam o clima de incerteza no cenário global.
Com os prazos em execução e negociados, os próximos dias serão decisivos para definir se o mundo enfrentará uma nova onda de guerras comerciais – e como os investidores devem se posicionar diante desse cenário desafiador.