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domingo, julho 27, 2025

‘Panelas’ no Discord escondem ‘as mais perversas formas de crime’ contra crianças, diz policial infiltrada

Tecnologia'Panelas' no Discord escondem 'as mais perversas formas de crime' contra crianças, diz policial infiltrada




As conversas delegadas sobre ‘panelas’ de crianças e adolescentes discórdios em busca de aceitação e pertencimento estão sendo atraídos para os ‘panelas’ da Discord, grupos de servidores na plataforma onde são vítimas de crimes vivos e em frente a milhares de menores todos os dias. “Dentro das formas mais perversas de crime, do incentivo a auto-mutilação, cyberbullying, estupros virtuais e até tentativas de suicídio infantil”, alerta o delegado Lisandréa Salvariego, coordenador da observação da polícia civil da SP e análise digital (NOAD). “O Discord é uma plataforma que permite criar servidores e notamos que os infratores adolescentes chamam esses servidores de ‘panelas’ e se chamam de ‘paneleiros'”, diz o delegado. Os agentes Noad se infiltram nas plataformas para entender, prevenir e investigar os crimes cometidos por lá. Em uma entrevista ao G1, o delegado explica o trabalho e seu aprendizado. Assista ao vídeo acima e leia abaixo. Plataformas de jogos como Roblox e Minecraft são usadas para levar menores às “panelas” da Discord [acessadas por link de convite ou pela seção “descobrir”, quando são públicas]. As vítimas são chantageadas ou iludidas com promessas de poder dentro dos grupos – em troca do cumprimento de desafios humilhantes. Salvariego, no entanto, argumenta que é possível salvar essas crianças e adolescentes de serem vítimas: a boa e velha conversa. “Eles precisam estar cientes de que, no mundo digital, que está do outro lado, nem sempre é quem diz que é”, diz ele. O G1 procurou discórdia, que enviou uma declaração: “A violência e as atividades ilegais ocorreram em discórdia ou sociedade. Lidar desses grupos é um desafio complexo para toda a indústria e requer soluções colaborativas proativas”, diz o texto. “Tomamos medidas apropriadas quando detectamos conteúdo que viola nossas políticas, incluindo a remoção de conteúdo, o banimento de pessoas maliciosas, a demissão de violar servidores e, quando apropriado, a denúncia proativa de violações às autoridades policiais, de acordo com a lei”, diz a empresa. Leia a declaração completa no final do artigo. Leia a entrevista: G1 – Quais são as ‘panelas’ da discórdia? Lisandréa – Hoje, a maioria dos crimes ocorre em plataformas ou redes sociais cuja moderação é inexistente ou mínima, a maioria delas em discórdia. Discord é uma plataforma que permite criar servidores [espaço digital que reúne grupos de usuários]. Os infratores chamam esses servidores de “panelas” e se chamam de “Paneleiros”. Dentro das formas mais perversas de crime ocorrem, pois [incentivo a] Migs, cyberbullying, estupros virtuais e até tentativas de suicídio infantil. G1 – E quem são esses ‘paneleiros’? Lisandréa – Dentro das “panelas”, há uma hierarquia. O jovem, o adolescente ou a criança quer aceitação e pertencer, não encontra no ambiente social e busca nesses servidores. No interior, eles tinham níveis hierárquicos, desde o moderador e usuário, até o administrador e o “proprietário” da panela. G1 – Como essa hierarquia funciona? Lisandréa – Os líderes estão sempre propondo desafios para que aqueles que entraram como usuário possam aumentar. Testemunhamos pessoas vivas que mexem ou fazendo maus -tratos animais. Neste fim de semana [antes da entrevista] Tomamos uma cena aterrorizante de uma vítima, cumprindo um desafio de matar o filhote da família e apresentar sua pata no órgão genital. E eles cumprem esses desafios chantageados ou em busca de “posições”. ART/G1 G1 – É mais fácil cometer crimes virtuais em 2025? Lisandréa – muito mais. Ao mesmo tempo, é mais fácil entender onde esses crimes são cometidos, porque a Internet deixa marcas. A discórdia surgiu em 2015, com o objetivo de “jogadores” do público (jogadores). Mas, como não há moderação e é uma plataforma muito interativa que permite o compartilhamento de telas e chamadas com vários alto -falantes, ela também se tornou o palco para todos esses crimes. G1 – As pessoas não usam mais ‘Deep Web’ para isso? Lisandréa – Quando começamos a investigação, pensamos que seria mais oculto. Tudo está muito na superfície, acessível por qualquer pessoa, em qualquer rede social, até [aquelas] com maior moderação. Eu sempre digo aos pais: se você estiver interessado no que seus filhos consomem na internet, vá para a LUPA de Tiktok, Instagram … a juventude hoje não usa o Google, use essas redes. G1 – Você falou de discórdia, mas também observou o uso do Roblox para cometer crimes. roblox é um jogo online no qual os usuários podem construir seu próprio mundo. Lisandréa – Roblox e Minecraft [jogo eletrônico semelhante] Eles são usados para co -vítimas. O Roblox permite que qualquer um para definir um jogo e colocar [pessoas] dentro, permitindo interações. Às vezes, os pais dizem: “Meu filho está seguro, bate -papo em blocos, não interage por voz ou por escrito”. Mas não é. Leia mais: O Roblox adota selfies em vídeos para avaliar a idade do usuário e liberar conversas sem filtros G1 – como esses crimes funcionam? Lisandréa – Uma pessoa criminosa cria um jogo para as vítimas de co -óptios: crianças e adolescentes. E fica porque eles são muito bons para a engenharia social [uso de infuência e persuasão para manipular pessoas]. Os autores sabem exatamente o que a vítima precisa ouvir. A violência começa em uma conversa agradável, troca de elogios. Eles vão ao ponto frágil da vítima e iniciam um relacionamento virtual. A partir de então, quando ela [a menina] Envie uma foto íntima, um vídeo íntimo, acabou. Porque ela está na mão dele [do criminoso] E está chantageado. G1 – Blackwatering como? Lisandréa – [Os criminosos ou infratores] Eles entram em fontes abertas, tiram uma foto do pai, da mãe, do local de trabalho. Como a vítima não acredita que o vídeo que ela enviou vazará? A partir de então, eles se cortam como uma forma de punição. G1 – Existem duas frentes diferentes. E então eu queria entender … Lisandréa – nas panelas, temos desafios de duas maneiras. Primeiro, eles cumprem a subida hierarquicamente, e há independente do sexo. Também temos crimes contra a dignidade sexual, mais focados no público feminino. Eles cumprem os desafios porque estão sendo extorquidos, ameaçados, chantageados. Possui panelas com três, quatro mil pessoas. G1 – Existe um perfil desses criminosos? Lisandréa – adolescente ou uma pessoa recém -adquirida, entre 18 e 19 anos. A maioria são adolescentes e de todas as classes sociais. Isso é intrigante para o lado da polícia, mas também torna muito difícil para os pais entender. Então eu sempre digo: salvar vidas vidas. Temos mais de 600 vítimas identificadas em todo o Brasil. G1 – Qual é o perfil das vítimas? Lisandréa – 90% das vítimas são mulheres [alvos de] crimes contra a dignidade sexual. Há meninas que foram vítimas de um agressor, mas como algumas panelas têm mais de um líder, ela se torna vítima de outros. E muitas vezes, a pessoa que entrou como vítima também se torna agressor. G1 – Como essas vítimas são bem -vindas após “resgatadas”? Lisandréa – depois [de salvar a vítima]É muito importante que os pais vão à delegacia, registrem os fatos com os detalhes para que possamos investigar. Em relação à parte psicológica, é muito importante que ela busque, e isso está a critério da família. G1 – É um crime que não está localizado em um lugar. Lisandréa – e isso reflete o que é a Internet. Temos um alvo que é apreendido na França porque financiou a maioria dos ataques no Brasil, porque tinha uma condição financeira melhor. A última operação foi acionada em oito estados e no exterior também. Por outro lado, é bom deixar claro que na Internet não há anonimato. G1 – O crime de ‘estupro virtual’ também é comum nas panelas. Como seria isso? Lisandréa – Os tribunais receberam a tese de estupro virtual, que não precisa de contato físico, basta que a vítima coagida ou chantageada seja exposta e age sob ameaça a alguém que está satisfeito com esses atos de maneira sexual. Tem vítimas expostas em uma arena virtual, na qual falantes [dizem o que ela deve fazer]: “Sente -se nu, introduza um objeto nítido em seu órgão genital, beba água privada, consuma aerossol, corte -se”. Além da sessão de tortura, eles têm prazer em tudo o que está fazendo. G1 – Como as famílias podem impedir que crianças e adolescentes mergulhem no lado criminoso dessas plataformas? Lisandréa – É melhor conversar com as crianças. Eles precisam estar cientes de que no mundo digital, aqueles que estão do outro lado nem sempre são quem diz que são. [Os pais] Eles precisam saber por que estão controlando seu filho. Agora é hora de nos sentarmos, não apenas o poder público, mas também escolas, pais, e descrevem uma diretriz a ser seguida a partir de agora. Temos uma geração extremamente viciada em violência e conteúdo inadequado para a idade. G1 – Vimos isso na série ‘Adolescência’, certo? Lisandréa – [A série] Não é apenas ficção. O adolescente está lá, vivendo seu mundo. Quando ele é colocado no mundo físico real, ele confronta as partes envolvidas. Às vezes, há um pai e mãe perdidos, porque eles pensavam que seu filho estava seguro em ambientes fechados, na sala, que ele não interagiu com ninguém, não tinha o risco de ser exposto à violência física real, mas eles não estavam interessados no que ele consumia na internet. G1 – Como a regulamentação da plataforma pode ajudar a combater esses crimes? Lisandréa – Nós nem precisamos passar [nova] regulamento. Quando um crime está acontecendo e eu preciso acionar a plataforma, temos, por exemplo, a “emergência”: canais que eles disponibilizam à polícia. Muitos não funcionam. Não é algo que posso esperar investigar. Eu preciso salvar essa vítima naquele momento. Se os dados que eu pedi para levar para chegar, eles não me servem mais. E as plataformas têm uma emergência diferente. Isso deve ser padronizado, deve ser rápido, ou seja, deve ter uma legislação que faça tudo funcionar. Leia mais: STF aumentou a responsabilidade pelas redes por pornografia infantil e crimes graves contra crianças e adolescentes G1 – Quais são suas dicas para pais e responsáveis? Lisandréa – A dica mais importante é: preste atenção ao comportamento das crianças. Todo mundo, agressor ou vítima, tem um comportamento muito comum, como isolamento social, mudanças comportamentais e linhas como: “Não há mais o que faço neste mundo” e “nada mais me serve aqui”. Ou cumpre “rituais de purificação”, segue conteúdo violento, está interessado em termos como “Gore”, que menciona conteúdo violento. O termo “lulz” também, que são esses eventos [violentos] do amanhecer. Quando uma criança ou adolescente está em uma situação vulnerável ou foi vítima de um crime digital, ele não diz aos pais ou professores dela, ele procura um colega. Pode ser que seu filho seja a pessoa que está ouvindo isso e diz a você. G1 – E faça a vida voltar ao analógico também, certo? Lisandréa – isso, vá às ruas, para ter vida, certo? Temos que entrar em suas cabeças e mostrar que o mundo lá fora é legal, que é legal interagir, conhecer pessoas, ir a um parque. G1 – e como está sua cabeça, profissionais de segurança? Lisandréa – Temos, dentro do secretariado de segurança e na polícia civil, cuidados psicológicos para a polícia. Eu sempre digo à minha equipe que não podemos descenduos. Se algo está acontecendo e acho que é normal, está errado, fugir, obter um tratamento. Lisandréa Santiago talks to the G1 about Display Reproduction Read Discord’s statement: “Violence and illegal activities have no place on Discord or Society. Facing these groups is a complex challenge for the entire industry and requires proactive collaborative solutions. Discord has specialized teams dedicated to combating them. We strongly invest in advanced safety tools and moderation systems to protect ours more 200 million users worldwide, as we know that maintaining online security in the present O mundo requer vigilância constante As ações proativas ajudaram a prevenir crimes antes de ocorrerem e contribuíram para várias prisões em uma série de operações no último ano.



g1

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