A semana começou com os mercados globais alertas para a intensificação de conflitos no Oriente Médio. O ataque dos Estados Unidos a usinas nucleares no Irã, adicionado às ameaças de fechamento do Estreito de Ormuz, causou flutuações significativas nos ativos financeiros na segunda -feira (23).
O dólar comercial, o principal índice da bolsa brasileira (Ibovespa) e o barril de petróleo registrado quedas, refletindo o clima de instabilidade geopolítica.
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American Currency Retreats após sequência de alta

Após três sessões de negociação consecutivas, o dólar reverteu o movimento e apresentou uma queda 0,21%sendo negociado para R $ 5,514 por volta das 13h45. Apesar do retiro pontual, a moeda ainda se acumula em junho, após o tenso ritmo do cenário internacional.
Na semana anterior, o dólar já havia registrado uma queda acumulada 0,32%mesmo depois de um avanço de 0,48% Nos últimos três dias. O movimento indica um comportamento cauteloso dos investidores, que seguem de perto os desenvolvimentos no Golfo Pérsico.
Ibovespa expande as perdas com incertezas externas
O principal índice da bolsa de valores brasileiros também reagiu ao cenário externo. Às 13:13, o Ibovespa recuou 0,62%alcançando 136.262 pontoscom um volume financeiro maior que R $ 5,5 bilhões. A queda reflete o aumento das tensões geopolíticas e seus possíveis impactos na economia global, especialmente no setor de energia e commodities.
O conflito de fios EUA sacode o mercado global
No sábado passado, os Estados Unidos intensificaram seu envolvimento no conflito iniciado por Israel contra o Irã, atacando três usinas nucleares iranianas. A ofensiva marca uma escalada significativa na crise do Oriente Médio e gerou reações imediatas do parlamento iraniano, que aprovou a proposta de bloquear o Estreito de Ormuz.
Esta rota é estratégica para o transporte global de petróleo: sobre 20 milhões de barris por dia Passe pelo estreito, representando mais de 20% do comércio mundial de petróleo.
O bloqueio no Estreito de Ormuz ainda depende da aprovação
Apesar da ameaça, o fechamento do estreito ainda não está garantido. A medida precisa do endosso de Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã e a aprovação de Líder Supremo, Ayatola Ali Khamenei. Os especialistas avaliam que, se realmente ocorre, a retaliação americana pode se intensificar.
“Se o fechamento realmente acontecer, é mais uma razão para os EUA não parar os ataques”, diz ele Alison CorreiaAnalista da DOM Investimentos.
O petróleo cai apesar da ameaça de bloqueio
Curiosamente, o O preço do barril de petróleo recuou mais de 3% nesta segunda -feira, com Brent sendo negociado abaixo $ 75mesmo diante da possibilidade de fechar o estreito. O movimento contradiz a lógica esperada de apreciação nos contextos de ameaça à oferta, e os analistas acreditam que o mercado está precificando um cenário de apaziguamento.
“O mercado não precipita esse cenário [de fechamento do Estreito de Ormuz]”, Análises Paula ZogbiO principal estrategista do Nomad.
China e Irã: obstáculos econômicos ao bloqueio
Outro fator que suaviza a tensão é a relação comercial entre o Irã e a China. Segundo Omar MitreChefe de multimarkets de asa, o A China compra cerca de 90% do petróleo exportado pelo Irão que tornaria o bloqueio contraproducente para a própria economia iraniana.
“A chance deste evento ocorre é baixa, dada a alta dependência da economia do Irã das exportações de petróleo”, explica o analista.
Impacto potencial nas cadeias globais

Se confirmado, a fechadura do estreito de Ormuz poderia aumentar o preço do barril para até US $ 130impactando significativamente as cadeias produtivas em todo o mundo. Além do petróleo, a rota é vital para o transporte de produtos como Fertilizantes, eletrônicos, veículos e máquinas.
A ameaça coloca a estabilidade de várias economias e pressões governos e bancos centrais para repensar suas estratégias monetárias.
Perspectivas: tensão ou trégua?
Apesar do fusível do conflito, a ligeira queda nos mercados sugere que os investidores ainda acredite em uma possível estabilização.
O medo, no entanto, é que os desenvolvimentos nos próximos dias alteram completamente a percepção de risco e levam os bancos centrais a reagir emergência para conter os efeitos na inflação e atividade econômica.
Com informações de: Uol