Representando o Brasil no exterior é caro – e grande parte desse valor está ligada a residências oficiais mantidas pelo governo em vários países.
As residências não são apenas como moradia para embaixadores. Eles estão, na prática, Extensões de embaixadasfuncionando como um cenário para eventos oficiais, reuniões diplomáticas e recepções com as autoridades locais.
Os critérios para a escolha dessas propriedades levam em consideração uma combinação de fatores como localização, padrão de qualidade, logística e custos praticados no mercado imobiliário internacional. As informações estão contidas em documentos públicos obtidos através do Acesso à Lei de Informações (LAI) e revelar uma visão geral dos bastidores da diplomacia brasileira.
Como o governo define propriedades diplomáticas?

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) Explica que a escolha do setor imobiliário leva em consideração critérios específicos, como:
- Localização estratégica;
- Área útil e padrão da propriedade;
- Necessidades de logística;
- Custos imobiliários locais, de acordo com dados de consultoria Mesclar;
- Limitações orçamentárias;
- Aspectos culturais e operacionais de cada país.
As despesas vão além do aluguel
Além dos custos de aluguel, existem outras despesas significativas relacionadas à manutenção e operação de residências diplomáticas:
- R $ 77 milhões por ano com 544 funcionários Locais e terceirizados, responsáveis por serviços gerais, suporte administrativo, segurança e manutenção.
- Mais R $ 10 milhões são destinados exclusivamente para contratos de Jardinagem, limpeza e segurança privada em 153 casas.
Crescimento de representações diplomáticas
Desde 2023, o Brasil abriu pelo menos Oito novos postos diplomáticos no exteriorque gerou automaticamente a necessidade de contratar ou arrendar novas residências oficiais para os chefes dessas missões.
Essa expansão reflete uma estratégia de aumentar a presença internacional, mas também afeta diretamente o orçamento da Itamaraty, que precisa equilibrar os custos de representação com os limites de impostos.
Transparência e perguntas

A pesquisa gerou debates sobre a relação entre os gastos diplomáticos e a eficácia desses investimentos para os interesses econômicos e políticos do Brasil.
As organizações que defendem mais transparência em gastos públicos questionam se parte desses investimentos não poderia ser realocada para áreas prioritárias como saúde, educação ou segurança.
Por outro lado, os especialistas em relações internacionais apontam que a imagem de um país também é construída pela maneira como se apresenta no exterior, incluindo a qualidade de seus postos e residências diplomáticas.
Perguntas frequentes – perguntas frequentes
Por que o governo brasileiro mantém casas no exterior?
As residências diplomáticas servem como moradia de embaixadores e também como um local de eventos e recepções oficiais, atuando como extensão das embaixadas.
Quanto gasta o Brasil em residências diplomáticas?
O custo total é R $ 174,8 milhões por anoConsiderando aluguéis, manutenção, funcionários e serviços.
O Brasil tem suas próprias propriedades no exterior?
Sim, 188 postos diplomáticosAssim, 60 são propriedades de propriedade do governo brasileiro.
Como os imóveis são escolhidos?
A decisão leva em consideração a localização, os custos imobiliários, o padrão de representação, os limites do orçamento e os aspectos logísticos de cada país.
Existem críticas a essas despesas?
Sim. Embora sejam importantes para a representação internacional, há perguntas sobre a necessidade de propriedades tão caras em países com pouca relevância comercial para o Brasil.
Considerações finais
Os números que envolvem os gastos do governo brasileiro em residências oficiais no exterior aumentam discussões importantes sobre o gerenciamento de recursos públicos. Embora as representações diplomáticas desempenhem um papel essencial na projeção internacional do Brasil, os dados mostram que, em muitos casos, os custos de manutenção dessas estruturas parecem legais com a relevância econômica dos países onde estão localizados.
O fato de os países com baixa participação no comércio exterior brasileiro abrigarão algumas das residências mais caras, um aviso sobre a necessidade de uma análise mais cuidadosa desses contratos. Analisar prioridades, renegociar aluguéis e avaliar a necessidade real de determinadas propriedades pode ser uma maneira de otimizar os gastos sem comprometer o desempenho diplomático.