O início da semana foi marcado por um ambiente negativo no mercado de soja brasileira. A queda no dólar comercial contra o Real e a disseminação do relatório trimestral do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) influenciaram diretamente o comportamento dos preços nos principais quadrados produtores do país.
O impacto do documento dos EUA foi imediatamente sentido em bolsas de estudo e citações domésticas, refletindo incertezas sobre o equilíbrio entre oferta e demanda no cenário global.
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De acordo com uma pesquisa de consultoria Colheitas e mercadoLiderado por Rafael Silveira, o preconceito do baixista predominou nas negociações de grãos. O consultor apontou que, apesar da apreciação dos prêmios de exportação, a combinação de um dólar mais fraco e os números divulgados pelo USDA acabaram por prevalecer.
Nos principais quadrados de marketing, os preços recuaram:
- Passo Fundo (RS): De R $ 130,50 a R $ 130,00
- Santa Rosa (RS): De R $ 131,50 a R $ 131,00
- Rio Grande (RS): De R $ 136,50 a R $ 135,00
- Cascavel (PR): De R $ 130,50 a R $ 130,00
- Paranaguá (PR): De R $ 134,50 a R $ 134,00
- Rondonópolis (MT): De R $ 117,00 a R $ 115,00
- Dourados (MS): De R $ 119,00 a R $ 118,00
- Rio Verde (GO): De R $ 119,00 a R $ 118,00
Essa retração de preço aponta não apenas para um movimento pontual, mas para uma tendência de mercado mais cautelosa diante das informações dos Estados Unidos.
Chicago oscila com relatório e fecha em campo misto
Na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT), os futuros contratos de soja mostraram comportamentos instáveis ao longo do dia. Posições de curto prazo, como o contrato de julho, recuaram, enquanto os salários mais distantes, como novembro, registraram o Light High.
A volatilidade deveu -se principalmente à expectativa positiva inicial em relação aos possíveis avanços comerciais nos Estados Unidos. No entanto, os dados do relatório trimestral de inventário e da área plantada revelaram números mais altos do que o mercado previsto, causando uma mudança nos preços.
Inventário e área plantada frustram as expectativas

O relatório do USDA apontou para as ações de soja em grãos nos EUA em 1,008 bilhão de bushels4% superior ao mesmo período do ano passado e acima da expectativa média do mercado, que foi de 971 milhões de bushels.
Outros dados relevantes foram a estimativa de Área plantada em 2025previsto para in 83,4 milhões de acresrepresentando uma queda de 4% em relação ao ano anterior. Ainda assim, o número estava abaixo das projeções anteriores de março (83,495 milhões de acres) e a média esperada pelo mercado (83,65 milhões). De acordo com o USDA, 25 dos 29 estados produtores reduzidos ou estáveis na área destinada ao cultivo de petróleo.
Detalhes de contratos futuros
Grão de soja
- Julho: queda de 3,50 centavos de dólares (0,34%), terminando o dia em $ 10,24¼ por alqueire
- Novembro: alta de 2,25 centavos (0,21%), citado US $ 10,27 por bushel
Por -produtos
- Soybean Bran (julho): alta de US $ 0,20 (0,07%), citado US $ 271,30 por tonelada
- Óleo de soja (julho): Apreciação de 0,06 centavo (0,11%), fechando o 52,51 dólar de centavos por libra
Esses movimentos por produtores indicam uma reação um pouco mais contida ao grão fresco, o que pode apontar para uma tentativa de mercado de ajustar as margens em meio à instabilidade.
Troca de impacto e o peso do dólar
A queda no dólar comercial também foi um dos principais fatores de pressão sobre os preços internos da soja. Com a moeda dos EUA operando baixa em frente ao real, o poder de compra de negociação diminui, tornando o produto brasileiro menos atraente no mercado internacional.
Os analistas indicam que, com o dólar abaixo da faixa de US $ 5,40, muitos compradores se retiram em negociações e aguardam um cenário mais favorável. Isso contribui para a retração do ritmo dos negócios, criando um ambiente mais conservador por produtores e exportadores.
Expectativas para os próximos dias
Com os números do USDA agora digeridos pelo mercado, a atenção se volta para o comportamento climático nas regiões produtoras dos Estados Unidos, que entram em fase crítica do desenvolvimento de culturas. Além disso, o progresso da colheita na América do Sul, especialmente no Brasil e na Argentina, continuará sendo monitorado de perto.
Especialistas do crescimento e mercado mostram que novos movimentos baixos podem ocorrer se a caixa de engrenagens permanecer enfraquecida e os Estados Unidos mantiverem suas projeções de suprimentos. Por outro lado, qualquer surpresa climática adversa pode girar o jogo e apoiar os preços, especialmente em contratos futuros.
Imagem: Freepik