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terça-feira, agosto 5, 2025

Presidente da Nestlé alerta: mercado de café já sinaliza queda de preços

EconomiaPresidente da Nestlé alerta: mercado de café já sinaliza queda de preços


O mercado global de café, após meses de alto conduzido por fatores climáticos e especulações financeiras, começa a fornecer sinais de estabilização e possível queda de preço.

A avaliação é do presidente da Nestlé no Brasil, Marcelo Melchior, que vê um cenário mais favorável para a matéria -prima nos próximos meses, impulsionada por uma oferta mais robusta e pressão dos fundos menos espetaculatórios.

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Expectativa de estabilização no setor de café

café
Imagem: Freedomnaruk/ Shutterstock

Durante uma entrevista à Reuters, Melchior afirmou que há uma clara tendência de reduzir os preços no mercado internacional de café. Essa mudança ocorre em meio ao início da colheita no Brasil, o maior produtor do mundo e uma safra promissora no Vietnã, o segundo maior fornecedor global de mercadorias.

“A tendência do mercado é reduzir o preço das matérias -primas, mas precisamos ver se não será congelado”, disse Melchior, referindo -se a eventos climáticos que podem danificar a colheita.

Embora o clima tenha causado danos importantes nos últimos anos – como geadas graves de 2021 e secas prolongadas – por enquanto não há alertas de novos riscos que comprometam significativamente a produção em 2025.

Fim da especulação: os fundos deixam o mercado

Outro ponto que contribui para a expectativa de uma queda no preço é a saída de fundos especulativos que operavam no mercado de café. Segundo o presidente da Nestlé, muitos investidores que trabalharam apenas em operações financeiras estão se retirando, o que reduz a pressão artificial nos preços das commodities.

“Muitas pessoas entraram no mercado para comprar o futuro. Esses fundos já se aposentaram ou estão se retirando do mercado, e agora estão interessados ​​apenas na matéria -prima”, explicou.

Essa produção móvel dos especuladores é indicativa de retornar à normalidade, com os preços mais alinhados com a realidade da oferta e demanda física.

Citações internacionais já retiram

Os sacos de commodities refletem essa nova realidade. A citação do café Arábica na ICE (Bolsa de Nova York), a principal referência internacional, caiu cerca de 25% desde o pico de fevereiro, quando excedeu US $ 4,25 por libra. No caso do Robust Café, negociado na Bolsa de Valores de Londres, os preços estão próximos de um mínimo de dez meses, com perdas acima de 30% no recorde anterior, abordando US $ 4.000 por tonelada.

Essas quedas já afetam diretamente os preços pagos aos produtores brasileiros. No entanto, esse movimento ainda não foi transmitido totalmente ao consumidor final.


O consumidor brasileiro ainda paga caro nas gondolas

Apesar da tendência de cair no mercado internacional, os consumidores brasileiros continuam sentindo os efeitos da inflação acumulada no setor de café no bolso. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge) apontar que o café moído registrou um aumento em 82,24% nos últimos 12 mesesMesmo com o cenário externo já em desaceleração.

Em maio, o produto voltou às prateleiras dos supermercados, ao contrário do movimento global e reforçando a incompatibilidade entre os preços das matérias -primas e os valores de varejo.

Indústria e varejo ainda não passaram as quedas

De acordo com especialistas da cadeia de café, esse atraso na transferência de custos para o consumidor se deve à cadeia de produção e logística, que ainda opera com ações compradas a preços mais altos. Além disso, o setor ainda lida com incertezas sobre o clima e a capacidade de resposta das indústrias à queda nos custos.

Impacto no consumo doméstico

Dois cafés sendo preparados na cafeteria
Imagem: Freepik/Reprodução

Essa inflação contínua teve um efeito direto no comportamento do consumidor brasileiro. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a bebida doméstica caiu mais de 5% no primeiro trimestre de 2025.

Brasil é o segundo maior consumidor de caféatrás apenas dos Estados Unidos. Uma retração no mercado doméstico preocupa tanto o setor industrial quanto os agricultores, pois a demanda doméstica é um dos principais pilares da sustentabilidade econômica da cadeia.


Nestlé fornece investimentos robustos no país

Apesar das incertezas no curto prazo, a Nestlé mantém planos ambiciosos para o mercado brasileiro. A empresa anunciou um ciclo de investimentos de R $ 7 bilhões em 2028Com foco na produção, modernização das fábricas e desenvolvimento de novos produtos.

Segundo Melchior, o Brasil ainda é um mercado estratégico para a Multinacional da Suíça, tanto para consumo doméstico quanto para a exportação de produtos baseados em café. A empresa também aposta em inovação e sustentabilidade como diferenciais para crescer em um cenário competitivo.


O que esperar nos próximos meses

Colheitas promissoras

Com o início da colheita no Brasil e a perspectiva de uma boa colheita no Vietnã, a expectativa é que os preços do café continuem na trajetória de outono ou estabilização.

Consumidor

A questão principal agora cai no tempo necessário para os consumidores verem alívio nos preços de gôndola. O ritmo desta transferência dependerá da recomposição dos estoques industriais e da dinâmica da logística e dos custos operacionais.

O clima segue como um fator -chave

Mesmo com previsões positivas, o clima ainda representa um risco. Geada inesperada ou seca pode afetar rapidamente o cenário, o que requer cautela da indústria e dos produtores.

Imagem: 8photo / Freepik



Fonte Seu Crédito Digital

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