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sexta-feira, agosto 1, 2025

Tarifaço: dá para mandar os alimentos que iriam para os EUA para outros mercados?

EconomiaTarifaço: dá para mandar os alimentos que iriam para os EUA para outros mercados?




Tilapia, café e mango G1, Mike Kenneally/Unsplash e gado do Brasil e Vereda se comunicam. É fácil redistribuir os produtos que o Brasil vende para os EUA para outros mercados, agora que essas exportações serão tributadas em 50%? Não, de acordo com os especialistas ouvidos pelo G1. Cada setor tem seus próprios desafios e complexidades, e a mudança de destino não é simples. Asse o aplicativo G1 para ver notícias reais e gratuitas nesse cenário, surgem perguntas: O que os setores estão fazendo para se preparar? É possível redirecionar a produção para outros mercados? Como funciona o processo de exportação? Especialistas e economistas ouvidos por G1 apontam para as seguintes respostas: O setor de café segue a medida de espera, aguardando a inclusão do grão na lista de exceções à tarifa. A possibilidade de armazenamento reduz a pressa: o café pode ser armazenado por meses, e a colheita colhida no primeiro semestre de 2025 deve ser exportada apenas até 2026. É possível redirecionar o produto para outros mercados, mas o processo é complexo, pois cada destino tem seus próprios requisitos. Os exportadores de tilápia aceleraram as exportações, por navio ou avião, para concluir o frete antes de 6 de agosto. A produção que não é enviada para esta data deve ser redirecionada para o mercado doméstico, porque não há destinos alternativos capazes de absorver o volume exportado. A manga, a fruta mais exportada no Brasil, é negociada no pé. A variedade Tommy Atkins, preferida pelos americanos, começará a ser colhida em agosto. O setor exportador alerta sobre o risco de um possível colapso na comercialização. As tarifas podem custar ou baratear o preço dos alimentos no Brasil? Veja mais detalhes sobre os desafios da exportação desses produtos abaixo. A indústria de carnes diz que paralisou a produção específica para os EUA. O país não é o seu maior cliente, um post ocupado pela China. Mesmo assim, nenhum outro mercado seria capaz de substituir os EUA imediatamente, por exemplo, na lucratividade. As informações são da Associação Brasileira de Indústrias de Exportação de Carne (ABIEC) e foram divulgadas para a GloboneWs. O G1 tentou entrar em contato com representantes do setor para saber mais sobre as exportações, mas não recebeu resposta. As tarifas podem custar ou baratear o preço dos alimentos no Brasil? O suco de laranja escapa de 50%de tarifa; Os EUA dependem da bebida brasileira Coffee Como o setor está se preparando para a tarifa? O segmento de café está na medida de espera e aguarda a inclusão do grão na lista de exceções à tarifa. A possibilidade de armazenamento ajuda a reduzir a pressa: o café pode ser armazenado por meses, e a colheita colhida no primeiro semestre de 2025 será exportada apenas até 2026. De acordo com o Conselho de Exportadores de Café Brasileiros (CECAFE), o produto mantém suas características por pelo menos oito meses após a colheita. Mesmo que a taxa seja mantida, ainda não há clareza na duração da medida, o que aumenta a incerteza no mercado. Os EUA dependem do café brasileiro, e a substituição de outros países não seria simples Como funciona a exportação de café brasileira? A colheita acontece uma vez por ano, no primeiro tempo. Após a remoção de grãos, é necessário um período de preparação que pode levar semanas. No caso do Arabica Café, o mais vendido para o mercado dos EUA, essa preparação pode levar até dois meses, de acordo com o analista Fernando Maximiliano, da consultoria Stonex. Uma vez colhido, o grão passa por etapas como remoção da concha e depois vendido para empresas exportadoras. O próximo passo é classificar o café, por densidade e separação de defeitos, para atender ao perfil de qualidade exigido por cada cliente ou país. Somente então o café é ensacado e enviado para o Porto em recipientes. Você pode redirecionar o que iria para os EUA para outros mercados? É possível, mas não é simples. Cada país tem seus próprios requisitos de qualidade, tipo e padrões fitossanitários. Por exemplo, grande parte do café árabe brasileiro é usado em misturas, misturadas com grãos mais suaves de países como a Colômbia e outros na América Latina. O café nacional, conhecido pelo corpo e doçura, equilibra o sabor final do produto consumido nos EUA. O redirecionamento de remessas também requer ajustes comerciais e disponibilidade de oferta. Mesmo assim, mercados como China, Índia, Indonésia e Austrália – que já são os grãos brasileiros – são apontados por Cecafe como alternativas para explorar. tilapia Como o setor está se preparando para a tarifa? Os EUA são um destino de 70% dos peixes exportados no Brasil. Para a tilápia, as principais espécies enviadas para o exterior, essa porcentagem é ainda maior, mais de 90% do produto vai para os americanos. De todo esse volume, 92% vão na forma de filete de avião fresco, em um curso que dura cerca de 10 horas. O resto é feito congelado em navios em viagens que duram cerca de 20 dias. Inicialmente, quando a taxa de 50% deveria começar em 1º de agosto, as remessas marítimas de Tilápia brasileiras que chegavam após essa data foram suspensas. Na quarta -feira (30), depois que a tarifa foi “adiada” até 6 de agosto, e a determinação de que tudo o que embarcou até essa data não seria atingido pela tarifa, o cenário mudou. “Todo mundo está correndo para tentar fazer recipientes, navios, até o dia 6”, diz Eduardo Lobo, presidente da Associação Brasileira de Indústrias de Peixes (Abipesca). O envio de ar de filetes frescos, que tem o maior volume de tilápia, nunca foi suspenso e continuará até 6 de agosto, de acordo com Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira de Fazenda de Peixes, Peixebr. A indústria também abasteceu a tilápia, seja vívida, vivificina ou congelada, em geladeiras, onde podem durar até dois anos, segundo Wolf. A Tilapia se tornará mais barata no Brasil por causa da tarifa? Você pode redirecionar o que iria para os EUA para outros mercados? A tilápia que estava programada para ser enviada para os EUA após 6 de agosto deve ser redirecionada para o mercado doméstico, de acordo com Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira de Fazenda de Peixes, Peixebr. Isso ocorre porque os estoques de produtos estão no Brasil e não há mercados secundários, além da União Europeia e dos produtores concorrentes, como a China, grandes o suficiente para absorver o volume que seria enviado aos EUA. No caso da União Europeia, o envio de tilápia brasileiro foi suspenso desde 2017 porque não atende aos requisitos desse mercado. No entanto, o presidente da Abipesca garante que a indústria brasileira esteja pronta para enviar e o setor espera que isso aconteça o mais rápido possível. Mas, a médio e longo prazo, a incorporação deste volume de tilápia no mercado doméstico deve danificar a indústria, destaca Wolf. “O mercado brasileiro já está alimentado por uma grande quantidade do produto e o redirecionamento para o mercado doméstico tornaria o preço inexequível, quebrando a cadeia de produção”, diz ele. Os frutos de manga estão entre os alimentos afetados pela tarifa, especialmente a manga, uvas e processados, como Açaí, informaram a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Frutas e Derivadas (Abrafrutas). A manga é a fruta mais exportada no Brasil e 14% deste volume vai para os EUA. Manter a manga no Brasil geraria um colapso no mercado, diz o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho. Tommy Atkins, uma variedade de manga que vai para os Estados Unidos, no entanto, deve começar a ser colhida apenas em agosto. Segundo a associação, as negociações acontecem com ela ainda no pé. Em relação a todas as frutas brasileiras, os americanos compram 7% do que é exportado pelo Brasil, segundo Abrafrutas. Não é brasileiro, usa protetor solar e não hipercalórico: curiosidades sobre mangueira O risco de mangas brasileiras ‘girar lama’ com o impacto das tarifas dos EUA Quando os frutos forem exportados? Embora a manga favorita dos americanos seja colhida a partir de agosto, outras variedades podem ser colhidas ao longo do ano. Açaí, por sua vez, é colhida anualmente e, no norte e nordeste, esse processo começou. As frutas geralmente não precisam passar por nenhum tipo de processamento antes da exportação. Mas a manga passa por tratamento hidrotérmico. Nele, a fruta está imersa em água quente de até 46,1 ° C por 75 minutos (em frutas pesando menos de 425g) ou 90 minutos (no peso superior a 425g), de acordo com a empresa de pesquisa agrícola brasileira (Embrapa). Segundo a organização, foi esse tratamento que permitiu a abertura do mercado de mangas brasileiras para diferentes países. Você pode redirecionar o que iria para os EUA para outros mercados? Na parte técnica, nada impede que um navio seja redirecionado para outro destino, desde que ainda não tenha deixado o Brasil, aponte para Abrafrutas. Por outro lado, é difícil encontrar novos mercados que tenham a cultura de comer manga. Se os alimentos não encontrarem compradores, a vida útil da fruta, como manga e abacaxi, é curta. Segundo Abrafrutas, o tempo em que eles podem ser armazenados depende de questões como pós -colheita, o ponto de amadurecimento em que foi colhido e a variedade. Açaí, no entanto, pode ser armazenada por 12 meses até que a data de validade seja vencida. Açaí brasileira pode se tornar um alimento de luxo nos EUA com a tarifa de raio X da ExportA Arte G1



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