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sexta-feira, agosto 1, 2025

Tarifaço de Trump: setor cafeeiro do Brasil pode ser forçado a redirecionar produção a outros mercados; veja desafios

EconomiaTarifaço de Trump: setor cafeeiro do Brasil pode ser forçado a redirecionar produção a outros mercados; veja desafios




Aqueles que se saíram bem e aqueles que ficaram doentes entre as exceções da tarifa de 50% de Trump, o setor de café brasileiro, é tomado pela incerteza diante do anúncio tarifário de 50% feito pelos Estados Unidos, o principal destino das exportações de grãos em remessas de café. A medida, que entraria em vigor na sexta -feira (1º), foi adiada para 6 de agosto. Análise mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), indica que o Brasil pode ser forçado a redirecionar a parte da produção nacional para outros mercados. “O que requer agilidade logística e estratégia comercial para mitigar danos à cadeia de produção nacional”, diz ele. Café, carne bovina e frutas frescas ainda estão entre os itens mais expostos de Trump. Participe do canal G1 Piracicaba WhatsApp “Dada a representatividade do Brasil nas importações de café dos EUA, a CEPEA estima que a eventual entrada em força da tarifa tende a impactar não apenas a competitividade do café nacional, mas também os preços dos consumidores dos EUA e a formulação das misturas tradicionais, que usam grãos brasileiros como sensorial e equilíbrio. Quarta quarta -feira (30), o presidente Donald Trump assinou um decreto que levantou 40 pontos percentuais a taxa de produtos brasileiros. O documento também apresenta uma lista de 700 exceções que beneficiam segmentos estratégicos, como aeronáutica, energia e parte do agronegócio. Robusta Globo Rural/TV Globo Alguns setores brasileiros conseguiram escapar da taxa de 50% imposta pelos Estados Unidos, enquanto outros foram diretamente atingidos pela medida, como carne bovina, café e frutas. Os pesquisadores da CEPEA também apontam que os preços domésticos do café estão acompanhando os movimentos das bolsas de Nova York e Londres, com flutuações associadas ao desempenho especulativo de fundos. “Isso vem expandindo suas posições compradas diante da possibilidade de crescer cotações, se a tarifa entrar em vigor”, diz o centro de estudo ESALQ-USP. “Até agora, não é uma evidência clara de que os valores internos estão se retirando exclusivamente de acordo com a medida tarifária”, diz Cepea. EPTV -Reprodução EPTV Os conselhos de classificação de café brasileiros Em 2024, o Brasil representou aproximadamente 23% do total adquirido pelos EUA, em valores monetários, de acordo com as estatísticas da Comissão Internacional de Comércio dos Estados Unidos (USITC). A Colômbia representou cerca de 17% do total de importações dos EUA, enquanto o Vietnã contribuiu com aproximadamente 4%. Os pesquisadores robustos e robustos também lembram que no segmento do café arábica, no qual o Brasil também lidera as remessas para os EUA, Colômbia, o principal concorrente, permanece isento da nova tarifa. Quanto ao robusto, o Vietnã negocia a aplicação de uma taxa reduzida de 20%, em comparação com os 46% planejados inicialmente. O mercado de café analisa o possível impacto da ‘tarifa’ de Trump para a produção no sul de Minas Gerais Reproduction EPTV CaFé: o impacto no setor de café é estrutural, alerta Cepea. “Como os EUA não produzem café, o aumento do custo de importação compromete diretamente a viabilidade econômica da cadeia interna, que envolve assar, cafeteria, indústrias de bebidas e redes de varejo”, diz ele. “A exclusão do café do pacote tarifário não é apenas desejável, mas estratégico, tanto para a sustentabilidade do café brasileiro quanto a estabilidade da cadeia de suprimentos dos EUA”, diz Renato Ribeiro, pesquisador de café da Cepea. No curto prazo, embora a Crop 2024/25 tenha garantido uma boa capitalização aos produtores, a comercialização da colheita de 2025/26 lentamente, apontam pesquisadores de Cepea. Com a queda nas cotações e a instabilidade externa, os produtores venderam volumes mínimos para manter o fluxo de caixa, adiando negociações mais altas aguardando definições do cenário tarifário. Os pesquisadores da CEPEA de segurança alimentar apontam que “uma articulação diplomática coordenada” para revisar ou excluir taxas de produtos agro -alimentares brasileiros é urgente diante dos impactos esperados. “Essa medida é estratégica não apenas para o Brasil, mas também para os próprios Estados Unidos, cuja segurança alimentar e competitividade da agro -indústria depende substancialmente do suprimento brasileiro”, diz ele. Veja abaixo, alguns dos setores analisados pelo Centro de Estudos da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) da Universidade de São Paulo: Frutas frescas: impacto nas exportações: o impacto imediato cai no mangá, cuja janela de exportação crítica para a US EXPLEIRA em agosto. Segundo Cepea, já existem relatos de adiamento de remessas diante da incerteza tarifária. Até o anúncio da medida, a expectativa era o crescimento das exportações de frutas frescas em 2025, apoiadas pela apreciação da moeda e pela recomposição produtiva de várias culturas. “No entanto, o cenário se tornou incerto”, alerta Cepea. Felipe Dalla Valle/Secom RS Uta Crop Uma uva brasileira, cuja colheita tem um calendário relevante para os EUA a partir do segundo semestre de setembro, também se junta ao Alert Crop Group. “A projeção otimista foi substituída por dúvidas. Além da retração esperada nas vendas para os EUA, existe um risco de desequilíbrio entre oferta e demanda nos principais destinos, pressionando as citações para o produtor”, diz Lucas de Mora Bezerra, da equipe HF Brasil/Cepea. Fluxos comerciais A medida também tende a desorganizar os fluxos comerciais internacionais. “Com a retração das exportações para os EUA, os frutos que seriam destinados ao mercado dos EUA podem ser redirecionados para a União Europeia ou absorvidos pelo mercado brasileiro, gerando um cenário de acumulação de frutas nos canais de marketing tradicionais e preços de produtores de prensagem”, diz Cepea. As incertezas também persistem nas importações brasileiras de frutas frescas, tanto em volume quanto em origem, diante da nova conjuntura global. A carne bovina é um dos produtos que o Brasil vende para os EUA e a China Getty Images via BBC carne Bovine: Os Estados Unidos são o segundo maior comprador de carne bovina brasileira, representando 12% das exportações, atrás da China, que concentra 49% do total de embarques pelo Brasil. “Os dados da SECEX mostram que, em junho, o volume adquirido pelos americanos foi o menor desde dezembro do ano passado, mas as exportações totais de carne bovina brasileira tiveram o segundo melhor resultado do ano, que fazia 270.000 toneladas”, observam os pesquisadores. leia Mais agronegócio, metal e logística: entenda como a tarifa pode afetar os setores no infográfico SP – lista de isenções sobre a tarifa de Trump Art/G1 Veja mais notícias sobre a região no G1 Piracicaba



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