O Banco Mundial foi lançado, em junho de 2025, o relatório “Dois por um: políticas para alcançar a sustentabilidade fiscal e ambiental”em que apresenta um conjunto robusto de recomendações para o Brasil atingir o equilíbrio de contas públicas, enquanto fortalece sua agenda ambiental. Entre os principais pontos, destacamos a proposta de separar os benefícios da Seguridade Social e dos cuidados ao salário mínimo, bem como reformas no sistema tributário, gestão ambiental e uso da terra.
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Cenário fiscal preocupante

Rigidez orçamentária e aumento das despesas
De acordo com Banco MundialO Brasil enfrenta um cenário de grandes despesas obrigatórias combinadas com regras de ligação ao orçamento rígidas. A entidade alerta que o Transição demográficaCom o envelhecimento da população, está pressionando programas destinados aos idosos, exigindo uma reformulação nas regras de concessão e ajuste os benefícios.
“O uso do salário mínimo como piso para todos os benefícios do Seguro Social precisa ser revisado para garantir a sustentabilidade do sistema”, alerta o relatório. A instituição propõe Desconectar o valor das aposentadorias de cuidados com salários mínimosAlém de Adote um cálculo proporcional para os benefícios contribuintescom base no tempo de contribuição do trabalhador.
Propostas para o sistema de seguridade social
Igualdade entre regimes e novas regras para militar
Entre as recomendações, o Banco Mundial argumenta:
- Equalização de idades de aposentadoria entre homens e mulheres;
- Unificação das taxas de contribuição da seguridade social;
- Revisão de benefícios militarescom maior contribuição e alinhamento às regras de outros regimes.
Essas medidas, de acordo com a agência, são essenciais para conter o crescimento de despesas e o espaço tributário gratuito para investimentos prioritários, como saúde, educação e infraestrutura.
Reforma tributária e justiça fiscal
Expansão da base e impostos verdes
Outro eixo central do relatório é o reforma tributária. O Banco Mundial considera que a atual estrutura tributária brasileira é complexo, ineficiente e regressivo. Para isso, propõe:
- Criação de um IVA (imposto de valor agregado) grande e neutro;
- Impostos seletivos sobre produtos de saúde e ambientaiscomo combustíveis fósseis;
- Expansão base de imposto de rendaeliminar isenções e deduções, incluindo investimentos financeiros;
- Tributação progressiva sobre grandes fortunas e rendas altas.
A adoção de Tributação verde Ele visa não apenas melhorar a coleção, mas também incentivar práticas sustentáveis em produção e consumo.
Sustentabilidade ambiental como prioridade
Riscos climáticos e desafios de emissão
Brasil é atualmente o Sétimo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Em 2023, as emissões líquidas atingiram 1,65 bilhão de toneladas de co₂ equivalente. De acordo com o Banco Mundial, Reduzir essas emissões é crucial para a estabilidade econômica e ambiental do país.
Entre as medidas ambientais propostas, destacamos:
Sistema de Comércio de Emissões
- Criação de a Sistema de Comércio de Emissões Brasileiras (SBCE) com limites setoriais bem definidos;
- Integração no mercado internacional de carbono;
- Estimulando a geração de Créditos de carbono na agricultura.
Transição energética
- Eliminação de subsídios a combustíveis fósseis;
- Suporte para energias renováveiscomo vento, solar, biocombustíveis e hidrogênio verde;
- Promoção Uso de veículos elétricos e transporte limpo;
- Leilões prioritários para projetos de baixo carbono.
Agricultura e uso do solo sob nova lógica

Crédito rural e tributação da terra
A agricultura também é o foco da proposta de reforma. O Banco Mundial sugere Redirecionar subsídios agrícolas Para práticas de baixo carbono e eliminar incentivos para o desmatamento. Além disso, propõe:
- Condicionar o crédito rural ao cumprimento dos padrões ambientais;
- Introduzir Preços de carbono na agricultura;
- Reduzir Gastos tributários em contribuições agrícolas Isso contradiz os objetivos climáticos.
Com relação à terra, a recomendação é Aumente a eficácia do ITR (imposto sobre a propriedade territorial rural)Ajustando -o aos valores de mercado e penalizar as pastagens subutilizadas.
Reforma do federalismo fiscal
Incentivos ambientais para estados e municípios
O relatório defende um Reforma no Fundo de Participação dos Estados (FPE)com critérios mais equitativos e baseados em resultados. O objetivo é estimular políticas públicas para proteção florestal nos níveis estaduais e municipaisatravés de transferências condicionadas a objetivos ambientais.
A disseminação das recomendações do Banco Mundial já está começando a gerar debate entre especialistas, economistas e representantes do setor público. Alguns vêem nas medições um caminho necessário para garantir o equilíbrio das contas públicas a longo prazo, especialmente diante das pressões demográficas e ambientais.
No entanto, tópicos como Descongoamento do salário mínimo e Revisão dos benefícios do Seguro Social tendem a enfrentar Resistência no Congresso Nacional e junto com a opinião pública.
Conclusão
O relatório do Banco Mundial chega a um momento em que o Brasil procura consolidar sua recuperação econômica e modernizar suas políticas públicas. Ao propor uma ampla agenda de reformas – impostos, impostos e ambientais – a agência internacional pressiona o país a adotar Estrutura de decisões Essa justiça social conciliar, responsabilidade fiscal e sustentabilidade ambiental.
A realização dessas propostas, no entanto, dependerá de vontade política, articulação federativa e diálogo com a sociedade. A conta é complexa, mas os caminhos foram colocados na mesa.
Imagem: Jair Ferreira belafacce / shutterstock.com