Com mais de oito décadas de história, o Banco Mercantil reafirma sua vocação para servir indivíduos – especialmente o público acima de 50 anos – com um plano ousado de expansão nacional. Em um movimento que vai contra o fechamento das agências por grandes bancos, a instituição de mineração decidiu investir pesadamente na presença física como uma maneira de trazer clientes ainda mais maduros e oferecer segurança e confiança para lidar com suas finanças.
Para isso, o banco já destinou R $ 25,5 milhões apenas em 2025 para a abertura de novas unidadesAdicionando aos R $ 38 milhões desembolsados em 2024 para o mesmo objetivo. O objetivo é claro: alcançar pelo menos 60 novas agências abertas em todo o país, consolidando sua presença em todos os estados.
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Um banco que escolheu as pessoas

Com operações ainda muito concentradas em Minas Gerais, a Mercantil mudou seu foco nos últimos cinco anos. Ele não conseguiu priorizar o crédito às empresas e começou a mirar no cliente individual. Esta decisão estratégica já produziu frutas: o banco hoje tem sobre 16% do mercado de empréstimos para folha de pagamento do INSSCom um portfólio de crédito que atingiu os impressionantes R $ 18,7 bilhões no primeiro trimestre de 2025.
De acordo com Bruno Simão, vice -presidente de clientes, crescimento e marketing do Mercantil, o plano não para por aí. “Os US $ 25 milhões são literalmente um investimento inicial. A ambição é muito maior que isso”, disse ele EXAME.
Lojas físicas: um conceito moderno e próximo
Atualmente, o Mercantil possui 315 pontos de serviço em todo o Brasil. Essas unidades são chamadas internamente de “lojas físicas”, precisamente porque não seguem o modelo clássico das agências bancárias. Estes são espaços mais magros, com o Windows preparado para ajudar os clientes que preferem ou precisam de um serviço de face aface.
“Nosso público é digitalizado, sim, mas também precisa ter a segurança de um ponto físico para fazer perguntas ou resolver problemas”, explica Simon.
O banco oferece um aplicativo para aqueles que preferem executar todas as operações on -line, mas não forçam a migração completa para o digital. Pelo contrário, valoriza o canal que os clientes já dominam, como o WhatsApp, para realizar contratação e banco sem burocracia.
“Se o cliente já sabe usar o WhatsApp, por que vou forçá -lo a usar um aplicativo que ele não quer ou não sabe? Aqui, ele pode contratar tudo através do WhatsApp”, diz o executivo.
A resposta para golpes digitais
O investimento em presença física também responde a um problema crescente: crimes financeiros virtuais. De acordo com uma pesquisa recente do Instituto Datasenado, 30% das vítimas que perdem dinheiro em golpes digitais têm mais de 50 anos.
Para esse público, geralmente a desconfiança de interações exclusivamente digitais é alta. Ter uma loja física para fazer perguntas, confirmar informações ou receber orientação ajuda a reduzir os riscos. “A presença física é fundamental para a prevenção de golpes”, diz Simon.
Serviço humanizado como um diferencial competitivo
Enquanto a maioria dos principais bancos aposta na digitalização total para reduzir os custos, o Mercantil difere, mantendo o contato humano como um pilar de sua estratégia. “O digital é crítico, mas o relacionamento pessoal ainda faz muita diferença para o público com mais de 50 anos. Essa é a essência de nossos negócios”, resume o vice -presidente.
Além disso, o banco oferece serviços adaptados às necessidades desse segmento, variando de empréstimos para folha de pagamento com condições mais acessíveis às instalações no uso de canais digitais para aqueles que preferem uma transição gradual.
Por que apostar no público 50+?

O segmento de clientes acima de 50 hoje representa um dos mercados mais promissores para instituições financeiras. Além de serem mais fiéis às marcas com as quais se sentem seguras, esse grupo concentra grande parte da renda familiar e geralmente busca orientação em vez de apenas produtos.
Com um tom mais humano no serviço e estruturas projetadas para receber esse público com conforto e respeito, a Mercantil pretende ocupar um espaço deixado por outros bancos que reduzissem o número de agências físicas.
Expansão com foco e cuidado
Até julho de 2025, o banco espera ter aberto pelo menos 45 novas lojas físicas, avançando rapidamente para alcançar o gol dos anos 60 no ano. A estratégia não se limita à quantidade: cada nova unidade está planejada para atender às demandas específicas da comunidade local, reforçando a capilaridade nacional do mercantil.
O banco já está orgulhoso de ter pelo menos uma loja física em cada estado brasileiro, mas ainda tem muito a crescer fora de Minas Gerais, seu berço histórico.