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quarta-feira, setembro 3, 2025

Justiça condena Volkswagen por trabalho escravo em fazenda no Pará

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A Volkswagen é condenada pelo tribunal trabalhista de Pará pela exploração do trabalho análogo à escravidão por crimes que ocorreriam nas décadas de 1970 e 1980 Reuters/Suzanne Plunkett Judge vê a prática de dívidas, violência e submissão a condições degradantes da empresa em Pará, nos anos 70 e 80. Membro apelará a decisão. A multinacional da Volkswagen foi condenada pelo Tribunal do Trabalho de Pará pela exploração do trabalho análoga à escravidão em Pará. O crime ocorreu entre 1974 e 1986 na fazenda Vale do Rio Cristalino, também conhecida como fazenda Volkswagen, localizada em Santana do Aragaiaia, no sudeste de Pará. A empresa alemã deve pagar US $ 165 milhões em compensação por danos morais coletivos, a maior quantidade de história do país em trabalho análoga à escravidão, de acordo com o escritório do promotor trabalhista (MPT), que entrou com o processo contra a empresa. O valor será repassado ao Fundo Estadual para a promoção do trabalho e a erradicação do trabalho em condições análogas às do escravo em Pará (funtrad/pa). A decisão foi publicada na sexta -feira passada (29/08/29) e pode recorrer. Clique aqui para seguir o canal do carro G1 no WhatsApp “A evidência do caso mostra que a Volkswagen Do Brasil não apenas investiu na Vale do Rio Cristalino Company, mas também participou ativamente de sua direção estratégica, sendo diretamente se beneficiou da exploração ilícita do trabalho”, disse o juiz Otavio Bruno da Silva (FrerivaRa,. Em comunicado enviado à imprensa brasileira, a Volkswagen disse que “defende consistentemente os princípios da dignidade humana e cumpre estritamente todas as leis e regulamentos trabalhistas aplicáveis” e que discorda da decisão do tribunal e apelará aos tribunais superiores. “A Volkswagen reafirma seu compromisso inabalável com a responsabilidade social, que está intrinsecamente ligada à sua conduta como entidade e empregador legal”, afirmou a empresa. Dívida, violência e submissão na ordem, o magistrado afirma que “relatórios oficiais, testemunhos de trabalhadores e documentos de órgãos públicos mostram que o modelo de produção adotado incluiu práticas de servidão de dívida, violência e submissão a condições degradantes, configurando o núcleo do trabalho escravo contemporâneo”. O MPT argumentou que centenas de trabalhadores agrícolas da Vale do Rio Cristalino foram submetidos a essas condições, que também incluíam vigilância armada, acomodação precária, alimentação insuficiente e ausência de assistência médica, especialmente aquelas afetadas pela malária. A decisão do Tribunal foi tomada em ação civil pública apresentada pelo MPT em dezembro de 2024, com base em queixas da Comissão Pastoral da Terra com base em um relatório apresentado pelo padre Ricardo Rezende Figueira. O MPT afirma ter obtido acesso a ações judiciais, investigações policiais e certificados e depoimentos fornecidos no escritório do notário que provariam a ocorrência dos fatos relatados. A fazenda da produção agrícola tinha 300 funcionários diretos, como pessoal administrativo, vigilantes e cowboys. Violações dos direitos humanos foram cometidos, de acordo com a denúncia, especialmente contra agricultores ou peões, responsáveis ​​por derrubar a floresta para transformá -la em pasto. Eles foram atraídos em pequenas aldeias, especialmente em Mato Grosso, Goiás e Tocantins atuais por contratados conhecidos como “gatos”. Na entrada da fazenda havia uma guarda com guardas de segurança armados para controlar a entrada e a saída dos trabalhadores. Ao chegar ao local, as pessoas do direito tiveram que comprar utensílios em uma cantina, como a tela para a cabana onde dormiam e comida. Durante a investigação, vários casos chegaram à superfície dos funcionários que contraíram dívidas ao comprar os itens e depois não conseguiram deixar a fazenda, mesmo doentes, de acordo com o MPT. Volkswagen Tera: Veja os 5 pontos positivos e negativos da nova marca alemã SUV Action cobre desculpas além da remuneração milionária, a solicitação do MPT solicitou que a Volkswagen fosse forçada a “reconhecer publicamente sua responsabilidade” e pedir desculpas aos trabalhadores afetados e a toda a empresa. “Esta é uma sentença histórica. A maior condenação pelo trabalho escravo contemporâneo na história do Brasil. Envolvendo uma das maiores empresas do mundo”, disse à Agênia Brasil, advogada Rafael Garcia, responsável pelo caso. “Esta sentença está demonstrando totalmente que a exploração do trabalho de obra escravo é uma conduta imprescritível, ou seja, mesmo que muitos anos atrás, pode ser objeto de ação legal, condenação e reparação”, disse ele. O empreendimento foi apoiado pela ditadura militar que a empresa agrícola da Volkswagen teve financiamento público da Superintendente de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) durante o período da ditadura militar (1964-1985). A fazenda Volkswagen era de 139.000 hectares, quase do tamanho da cidade de São Paulo. A empresa chegou à Amazônia para derrubar a vegetação nativa e criar gado, impulsionado pela política dos governos militares para a ocupação e exploração da floresta. Em 2020, a Volkswagen assinou um contrato de ajuste de conduta (TAC) com o MPT e os Ministérios Públicos Federais e São Paulo em outro caso, envolvendo a ditadura militar. A empresa prometeu alocar R $ 36,3 milhões a ex -trabalhadores presos, perseguidos ou torturados em São Bernardo do Campo (SP).



g1

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