A nova competição pública nacional unificada (CPNU 2) mostrou sua força nas primeiras horas da abertura: em menos de 24 horas, mais de 100.000 pessoas formalizaram seu registro para os eventos que ocorrem em outubro.
O alto volume confirma a popularidade do modelo centralizado criado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que nesta segunda edição reforça seu compromisso com a inclusão e a equidade no acesso ao serviço público.
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Um sucesso de adesão desde o início

Em uma entrevista ao Rádio CBN, o ministro Esther Dweck comemorou o ritmo rápido de registro, inaugurado em 2 de julho. “Em 23 horas, tivemos mais de 100.000 assinantes, distribuídos em todos os blocos temáticos. É um resultado que nos deixa muito felizes”, disse ele.
O prazo para registro é dado até 20 de julho e o pagamento da taxa pode ser feito até 21 de julho. O número final deve exceder a primeira edição da CPNU, consolidando o modelo como uma ferramenta de recrutamento eficiente para posições federais em todo o país.
Igualdade de gênero como prioridade
Uma das principais inovações da CPNU 2 é a política de garantir a equalização entre homens e mulheres no apelo à segunda etapa do concurso – o teste discursivo. A medida foi inspirada na experiência anterior da Itamaraty e procura corrigir a desigualdade observada na primeira edição da CPNU, quando as mulheres representavam a maioria dos registrados (56%), mas apenas 37% dos aprovados.
Pela nova regra, desde que atendam à nota mínima necessária, o número de mulheres pediu o estágio discursivo será igual ou maior que o dos homens. Essa medida não altera a classificação final e não configura a reserva de vagas, mas garante paridade de gênero na fase intermediária do processo.
Para o ministro, a desigualdade no estágio objetivo está ligada às barreiras que as mulheres enfrentam para preparar, como a sobrecarga da jornada doméstica e profissional. “O que percebemos é que, precisamente, isso acabou impedindo as mulheres que já precisam trabalhar, cuidar de seus filhos e ainda têm tempo para estudar focadas nesse concurso”, disse ele.
Cotas mais amplas para maior diversidade
A CPNU 2 também incorporou notícias previstas na nova lei de cotas, sancionadas em 2023. Agora, além de negros e pessoas com deficiência, existem cotas para pessoas indígenas (3%) e quilombolas (2%). A porcentagem destinada aos negros também aumentou de 20% para 25%, totalizando 35% das vagas reservadas para grupos historicamente sub-exibidos.
Para garantir a aplicação de cotas mesmo em blocos com poucas posições disponíveis, foi criado um sistema de desenho público, que expande a inclusão sem desrespeitar a legislação atual.
Diversidade com o rosto do Brasil
A política de cotas da CPNU 2 visa refletir melhor a pluralidade étnica, regional e cultural do Brasil dentro da Administração Pública Federal. Segundo o ministro, não é possível falar de meritocracia total sem levar em consideração as desigualdades sociais e históricas.
O concurso também observa um fenômeno demográfico interessante: a forte participação de candidatos entre 35 e 45 anos, especialmente as mulheres que reconciliam a maternidade, o trabalho e o estudo.
Distribuição de vagas e alcance nacional

A CPNU oferece vagas para corpos baseados em todo o Brasil, embora Brasília e Rio de Janeiro concentrem grande parte das posições. Existem blocos com vagas de cobertura nacional cuja alocação definitiva será feita após a seleção.
O Bloco 5, por exemplo, reúne 1.172 vagas flexíveis de distribuição regional, reforçando o caráter inclusivo e descentralizado do evento.
CPNU 2 Cronograma: Fique dentro
Confira as datas principais já lançadas para a segunda edição da CPNU:
- Registros: 2 a 20/05/2025
- Pedido de isenção da taxa: 2 a 8/7/2025
- Pagamento da taxa: Até 21/7/2025
- Prova objetiva: 10/10/2025
- Resultado do teste objetivo e exigir discursivos: 12/11/2025
- Títulos de envio: 13 a 19/11/2025
- Prova discursiva: 9/12/2025
- Confirmação de cotas: 11/12 a 8/12/2025
- Primeira lista de classificação: 30/10/2026
Inclusão com mérito
Combinando medidas para incluir e manter critérios técnicos para seleção, a CPNU 2 sinaliza um esforço para expandir a diversidade sem desistir da qualificação. A aposta é que um serviço público mais diversificado não é apenas mais justo, mas também mais eficiente e representativo da sociedade.
Com a experiência bem -sucedida da primeira edição e os ajustes nesta segunda -feira, o governo espera consolidar um modelo que transforma o recrutamento no setor público.
Com informações de: Agência do Gov