A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025, de acordo com dados divulgados na sexta -feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa o nível mais baixo já registrado para o mês desde o início da série histórica da pesquisa nacional de amostras domésticas contínuas (PNAD contínuo), que começou em 2012.
A queda significativa em comparação com os 6,8% registrados no trimestre anterior e os 7,1% do mesmo período de 2024 indica um cenário consistente de recuperação do mercado de trabalho. Além disso, o resultado ficou abaixo da mediana das previsões de analistas consultadas pela Reuters Agency, que esperavam uma taxa de 6,4%.
O mercado formal puxa o crescimento da ocupação

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Um dos fatores centrais para melhorar a taxa de desemprego foi o avanço do número de trabalhadores com um portfólio assinado no setor privado. O contingente atingiu a marca de 39,8 milhões de pessoas, a maior da série histórica.
Queda de informalidade e desânimo
Outros dados favoráveis foram a diminuição da informalidade, que caiu de 38,6% para 37,8% entre os trabalhadores empregados, representando cerca de 39,3 milhões de pessoas em situação informal, em comparação com 39,1 milhões no trimestre anterior. Além disso, o número de desencorajados – aqueles que pararam de procurar emprego por falta de expectativa – também caíram, registrando uma redução de 10,6% no trimestre anterior e 13,1% na comparação anual.
A população desocupada diminui em um milhão
Apesar da melhoria dos dados, aproximadamente seis milhões e oitocentos mil pessoas ainda estavam sem emprego no país no trimestre terminou em maio. Mesmo assim, o número representa uma queda significativa em comparação com os 7,5 milhões registrados no trimestre anterior e 7,8 milhões de um ano atrás.
De acordo com IbgeO crescimento de 1,2 milhão de pessoas no número total de empregados contribuiu diretamente para essa retração na vaga.
REDIMENTO E SALARÁRIO ASSERGE
A renda média permanece estável
A renda mensal média dos trabalhadores brasileiros foi de R $ 3.457 no trimestre encerrado em maio, permanecendo praticamente estável em comparação com o trimestre anterior. No entanto, em comparação com o mesmo período de 2024, o valor representa um crescimento real de 3,1%.
Comparação histórica e perspectivas

Desde o quarto trimestre de 2024, quando a taxa de desemprego também foi de 6,2%, o Brasil não registrou um número tão baixo de desempregados. A nova queda reforça o movimento de recuperação observado nos últimos meses, com a tendência de manter um mercado de trabalho aquecido.
Para os economistas, o resultado não é apenas um bom desempenho conjuntural, mas também uma reflexão de fatores estruturais, como expansão de investimentos, retomada do setor de serviços e crescimento da indústria em algumas regiões do país.
Ainda assim, os especialistas alertam que a sustentabilidade dessa melhoria dependerá da manutenção do crescimento econômico, estabilidade tributária e políticas que favorecem a criação de empregos de qualidade.
Perguntas frequentes – perguntas frequentes
Quantos brasileiros eram funcionários com um contrato formal?
O número atingiu 39,8 milhões de trabalhadores com um portfólio assinado no setor privado, o maior da série histórica.
A informalidade também caiu?
Sim. A taxa de informalidade recuou para 37,8% da população ocupada, que corresponde a 39,3 milhões de trabalhadores informais.
Considerações finais
A queda na taxa de desemprego para 6,2% no trimestre terminou em maio consolida uma tendência a fortalecer o mercado de trabalho no Brasil. Com um aumento no número de empregos formais, informalidade reduzida e avanço no salário, o país dá sinais de recuperação consistente.
No entanto, ainda existem desafios importantes, como a necessidade de absorver o trabalho subutilizado e garantir que os ganhos observados atinjam todas as camadas da população. A manutenção da trajetória de crescimento dependerá, acima de tudo, de políticas públicas eficazes e da continuidade do ambiente econômico favorável.