A disseminação de falsas notícias sobre a suposta tributação de transações via PIX prejudicou diretamente a luta contra o crime organizado no Brasil, de acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreiirinhas. Em um evento realizado na quarta -feira (25), Barreirinhas explicou que a desinformação levou à suspensão de uma norma essencial para identificar operações financeiras suspeitas, favorecendo grupos criminosos.
O IRS, o corpo, responsável pela supervisão e controle dos movimentos financeiros no país, viu seu desempenho afetado por essa avalanche de notícias falsas, que gerou medos entre usuários e impactou o uso de meios de pagamento digital. O problema expôs a vulnerabilidade das instituições públicas diante da rápida propagação de informações falsas que enfraquecem as políticas públicas essenciais.
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Informação errada e impacto negativo no sistema financeiro

O secretário Robinson Barreirinhas foi enfático em comentar sobre os efeitos da desinformação na norma que procurou monitorar movimentos financeiros via pix. “O mundo caiu na cabeça do IRS. Havia uma avalanche de notícias falsas, falando de tributação de movimentos financeiros. Isso interferiu no uso de meios de pagamento no Brasil, o que liderou a receita para suspeitar do regulamento e que o conquistou foi o crime organizado”, disse ele.
As falsas notícias sobre o governo cobrar impostos sobre PIX causaram confusão entre os usuários e afetaram a transparência das operações financeiras, dificultando o trabalho das autoridades para rastrear e bloquear fluxos ilícitos.
Nova Era de Combate Financeiro para Crime Organizado
Em contraste com os desafios recentes, o IRS anunciou que o Brasil dará um passo importante no combate ao crime de lavagem de dinheiro e organização de 2026, integrando um sistema internacional de monitoramento financeiro.
“A partir do próximo ano, compartilharemos com os impostos de outros países as informações relacionadas a esse movimento e receberemos dos impostos de outros países com as mesmas informações”, disse o secretário durante o evento.
Esse sistema de cooperação internacional permitirá a troca de dados financeiros entre as nações, expandindo a capacidade de detectar operações suspeitas que cruzam as fronteiras, dificultando a realização de organizações criminosas.
O estudo reforça estratégias para enfrentar a lavagem de dinheiro
O lançamento do estudo “Lavagem de dinheiro e enfrentamento do crime organizado no Brasil: reflexões sobre a coaf de perspectiva comparativa” ocorreu no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) em Brasília, reunindo autoridades e especialistas.
A pesquisa, preparada pelo Sphere Group em parceria com o Fórum de Segurança Pública Brasileira, destaca a importância da estratégia “Siga o dinheiro” – ou seja, rastreando os fluxos financeiros para incomparo redes criminais e identificar crimes financeiros.
Além de oferecer uma visão geral da situação atual, o estudo propõe medidas para fortalecer as instituições brasileiras responsáveis pela inteligência financeira, aumentando a eficiência no dia enfrentando o crime.
As autoridades atuais destacam a importância do tema
O evento contou com a presença de figuras proeminentes no cenário nacional, incluindo o ministro da Suprema Corte (STF) Gilmar Mendes, o ministro do Tribunal Federal de Auditoria (TCU) Bruno Dantas e o procurador -geral Paulo Gonet.
Durante o painel de discussão, os presentes reforçaram a relevância do combate à lavagem de dinheiro para garantir a certeza legal e a estabilidade econômica do país, além de proteger a sociedade dos efeitos perversos do crime organizado.
Notícias falsas: desafio para governança e segurança pública

A crise causada por notícias falsas em torno de Pix mostra um desafio maior que vai além da desinformação: a necessidade de melhorar a comunicação institucional e a transparência das medidas adotadas pelo governo.
Especialistas em segurança e governança pública alertam que o impacto das notícias falsas não se restringe à esfera política ou social, mas afeta diretamente a eficácia das políticas públicas, como combater o crime financeiro e a lavagem de dinheiro.
Além disso, a suspensão da receita, mesmo temporária, criou uma janela de oportunidade para os grupos criminosos intensificarem suas atividades, reforçando a urgência de ações coordenadas para mitigar os efeitos da desinformação.
Próximas etapas e expectativas para 2026
A integração do Brasil no sistema internacional de troca de informações financeiras em 2026 representa um avanço significativo para o país, que agora possui mais recursos e colaboração global na identificação de operações ilícitas.
Essa medida deve dificultar a ocultação de fundos de atividades ilegais, contribuindo para desmontar organizações criminais usando o sistema financeiro para lavar dinheiro.
Para que esse novo estágio seja eficaz, será fundamental fortalecer as instituições brasileiras, o treinamento técnico e melhorar os mecanismos de legislação e controle.
Com informações de: Power360
