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quarta-feira, julho 30, 2025

AGU pede ao STF ressarcimento às vítimas do INSS sem precisar ir à Justiça

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O procurador -geral da União (AGU) Uma solicitação do Supremo Tribunal Federal (STF) apresentou na quinta -feira (12) para as vítimas de fraude em descontos inadequados para os benefícios do INSS para serem automaticamente reembolsados ​​pela rota administrativa, sem a necessidade de registrar ações judiciais. O pedido foi feito através de um argumento de preceito fundamental (ADPF), apresentado no contexto da operação “sem desconto”, que investiga um esquema bilionário de fraude contra aposentados e pensionistas.

Segundo Agu, o objetivo é garantir mais velocidade, justiça e proteção aos beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSs) que foram feridos por práticas ilícitas. A solicitação também inclui a suspensão da contagem de prazos de prescrição para que os prejudicados não sejam penalizados enquanto esperam uma solução administrativa.

Leia mais:

INSS: Agu anuncia que as vítimas de fraude são reembolsadas imediatamente sem ter que ir à justiça

Qual é a operação “sem desconto”?

Agu
Imagem: Freepik e Canva

A operação “sem desconto” foi desencadeada pela polícia federal (PF) para investigar uma série de fraudes cometidas contra aposentados e pensionistas. Entre as metas estão associações e entidades que fizeram descontos inadequados nos pagamentos de beneficiários do INSS, como contribuições fictícias para sindicatos ou entidades de classe, sem o consentimento do segurado.

Fraude em larga escala

De acordo com as investigações, há suspeitas de que bilhões de reais foram desviados por essas fraudes. A polícia federal, em uma ação recente, serviu mandados no estado de Sergipe, um dos pólos de gangues. A estimativa preliminar é que as irregularidades afetaram centenas de milhares de segurados.

AGU Pedido abrange receita médica e crédito extraordinário

Além da solicitação de retorno administrativo dos valores, a AGU também solicitou que o Supremo Tribunal suspenda a contagem do estatuto de limitações – aqueles que determinam o tempo máximo para as vítimas recorreram aos tribunais. A suspensão seria válida até que os valores desviados comecem a ser devolvidos administrativamente. A idéia é evitar a judicização em massa dos pedidos de reembolso e proteger principalmente os beneficiários mais vulneráveis.

Proposta de crédito extraordinária fora do teto de gastos

Outro ponto da solicitação de Agu é a autorização para o governo federal abrir crédito extraordinário, fora do teto de gastos, para permitir o retorno dos valores. Segundo a agência, seria impossível cumprir o reembolso dos beneficiários com os limites fiscais previstos para os orçamentos de 2025 e 2026.

Precedentes citados

O AGU citou dois precedentes nos quais a Suprema Corte autorizou as despesas fora do teto constitucional em situações excepcionais:

ADI 7064

O que permitiu o pagamento do precatório fora do limite fiscal.

PET 12.862

Que permitiu ações de emergência após inundações no Rio Grande do Sul, em agosto de 2024.

Esses exemplos foram usados ​​como justificativa para criar uma maneira semelhante no caso de danos causados ​​por fraude do INSS, argumentando que a situação também é um caso excepcional com impacto social relevante.

Relator com ministro Dias Toffoli

A solicitação enviada pela AGU solicita que o ministro Dias Toffoli seja o relator do ADPF. Isso ocorre porque já atua como um relator de outra ação que trata diretamente dos descontos indevidos para os benefícios do INSS – ADPF nº 1.234. O objetivo é evitar decisões conflitantes sobre o mesmo tema e garantir a uniformidade na condução do caso.

Impactos esperados para aposentados e aposentados

Se o pedido for aceito pelo Supremo Tribunal, os beneficiários feridos por fraude terão seus valores reembolsados ​​diretamente pelo governo, sem ter que contratar advogados ou esperar anos para decisões judiciais. A medida busca corrigir rapidamente os danos sofridos por milhares de idosos que geralmente nem entendem a origem dos descontos em seus salários.

Aposentados são os mais afetados

Agu
Reprodução: Freepik

A maioria das vítimas de fraude são idosos aposentados ou pensionistas de renda limitados, que geralmente não têm meios financeiros ou conhecimentos para apelar ao tribunal. O retorno automático é visto como uma medida humanitária e eficiente para reparar essas perdas.

Associações de fantasmas e autorizações forjadas

Várias fraudes foram feitas com base em autorizações falsas de desconto, supostamente assinadas com associações que os beneficiários nem sabiam. Em muitos casos, os idosos nem sabiam a existência desses descontos, que eram pequenos, mas recorrentes, dificultando sua detecção imediata.

Contexto fiscal e político

O pedido para autorizar crédito extraordinário fora do teto de gastos pode gerar debates no Congresso e entre economistas. No entanto, o AGU argumenta que a medida não é uma flexibilidade fiscal generalizada, mas uma exceção para corrigir injustiças graves contra populações vulneráveis.

Reação do governo

Fontes da equipe econômica já demonstraram apoio à proposta, desde que ela seja tratada com cuidados legais e financeiros adequados. A intenção é criar um sistema robusto e transparente para retornar valores, com controle rigoroso para evitar mais desvios.

Expectativas para a decisão do STF

O estudo ADPF ainda não está agendado, mas a escolha do Relator Dias Toffoli pode acelerar a análise do caso, dada a sua história de agir com o tema. O ministro já falou a favor da proteção dos aposentados em decisões anteriores relacionadas ao INSS.

Maneiras possíveis

O STF pode:

  • Conceda parcialmente o pedido, autorizando apenas o retorno administrativo sem crédito extraordinário
  • Aprovar totalmente a proposta da AGU
  • Exigem que os casos sejam analisados ​​individualmente, o que pode atrasar o processo de reembolso

O que os especialistas dizem

Especialistas em Seguridade Social e Direito Constitucional elogiaram a iniciativa da AGU por buscar uma solução rápida e coletiva. Para eles, a judicização em massa seria contraproducente, esmagadora ainda mais o judiciário e deixando os aposentados sem resposta por anos.

No entanto, há aqueles que alertam sobre a necessidade de cuidados na execução do reembolso, exigindo auditorias estritas e ampla transparência.

O próximo passo

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Imagem: Alejandro zambrana / shutterstock.com

O Supremo deve definir se aceita o relatório do Relator de Toffoli nos próximos dias. A decisão sobre o mérito da ação pode ocorrer em 2025, dada a urgência do sujeito. Enquanto isso, milhares de beneficiários aguardam o retorno de valores que foram descontados indevidamente em muitos casos ao longo dos anos.

Conclusão

O pedido de Agu à Suprema Corte representa um passo importante na reparação de fraudes que atingiram milhares de beneficiários do INSS, especialmente aposentados e aposentados em situações vulneráveis. Ao propor o retorno automático de valores e o crédito extraordinário fora do teto de gastos, o governo busca não apenas justiça, mas também agilidade e dignidade no tratamento dessas vítimas. A decisão do Supremo será crucial para definir se o Brasil dará uma resposta rápida e eficaz a esse escândalo envolvendo recursos públicos e direitos sociais.



Fonte Seu Crédito Digital

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