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terça-feira, julho 29, 2025

Entidade alvo da Polícia Federal tenta modificar MP de combate à fraude do INSS com 96 emendas

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O desempenho de uma das principais entidades investigadas pela polícia federal por fraude no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) chegou ao Congresso Nacional. A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), que é suspeita de desviar de US $ 2 bilhões por meio de descontos associativos inadequados, atuou para modificar uma medida provisória (MP) que teve como objetivo endurecer a luta contra a fraude da Previdência Social. A entidade, com uma forte conexão política, preparou 96 das 578 emendas apresentadas para mudar a MP 871/2019, usadas para enfraquecer os mecanismos de inspeção.

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Contag e MP 871/2019: A tentativa de alterar regras contra fraude

Aposentados federais
Imagem: Reprodução /Polícia Federal

Medida provisória 871/2019, emitida pelo governo de Bolsonaro, teve como objetivo melhorar a luta contra a fraude no INSS. Entre as regras mais relevantes estava a obrigação da reavalidação anual de descontos associativos cobrados diretamente pelos benefícios da Previdência Social dos aposentados e aposentados. Esse mecanismo pretendia garantir que as cobranças fossem autorizadas e periódicas, evitando abusos e descontos inadequados.

No entanto, deputados e senadores, amplamente ligados à esquerda política e com as emendas escritas no escritório de Contag, tentaram derrubar essa regra. A análise dos metadados dos documentos oficiais revelou que a entidade era o autor direto das 96 propostas de modificar o MP, com o objetivo de expandir os prazos de reavalidação ou até eliminá -lo.


A capilaridade do lobby de contag

A influência da Confederação no Legislativo é significativa. Quinze parlamentares, nove do PT, assinaram as emendas apresentadas pela entidade, formalmente em nome de seus bancos. A Contag trabalha no Congresso há mais de seis décadas, de acordo com a própria entidade, mas a investigação mostra que a organização usa esse histórico para defender interesses que podem minar os beneficiários da seguridade social.

Um dos avanços feitos pelos parlamentares combinados com a Contag foi o adiamento da revalidação anual a cada três anos. No entanto, mesmo essa mudança não foi colocada em prática, uma vez que outro deputado, publicado em 2022, revogou totalmente qualquer tipo de requisito de reavalidação.


Emendas e justificativas idênticas para expandir os prazos

Um padrão curioso entre as emendas escritas por Contag foi a repetição do mesmo texto para justificar o aumento do período de revalidação de um a cinco anos, em vários documentos semelhantes. Essas justificativas afirmam que a reavalidação anual de descontos seria “praticamente inviável” para entidades associativas.

De acordo com o texto das emendas, a revalidação anual causaria “inviabilidade operacional”, pois milhares de autorizações são processadas diariamente por sindicatos e associações rurais que têm acordos de cooperação com os INSs. Assim, a Confederação argumenta que o controle do estado sobre essas acusações seria excessivo e prejudicial à organização dessas entidades.


A lei aprovou e não confirmou a regra

Embora o Congresso tenha aprovado o adiamento da reavalidação a cada três anos, esse requisito nunca entrou em vigor. A revogação definitiva da revalidação por um MP de 2022 eliminou completamente a obrigação de sindicatos e associações de confirmar periodicamente as autorizações para descontos em benefícios.

Esse cenário favorece a perpetuação de descontos associativos que podem estar sendo feitos sem o consentimento efetivo dos beneficiários, um dos principais surtos da investigação policial federal.


O desempenho da polícia federal e as suspeitas contra o contag

Entre 2019 e 2024, a Contag recebeu aproximadamente R $ 2 bilhões em descontos feitos diretamente na aposentadoria e nas pensões, o que levanta suspeitas sobre a origem e a regularidade dessas cobranças. A polícia federal descobriu que o presidente da entidade assinou acordos técnicos com o INSS e até pediu o desbloqueio de quase 35.000 benefícios para incluir descontos associativos, fato que a auditoria interna do município classificou como irregular.


Tigns de lavagem de dinheiro e operação sem desconto

A investigação, nomeada após uma operação de desconto, também identificou “lavagem de dinheiro substanciada” envolvendo diretores e promotores de contag. O processo policial apontou para as ações coordenadas que teriam permitir a perpetuação da fraude através do sistema de desconto automático.

Essas suspeitas colhem a legitimidade da ação da entidade e aumentam a pressão para ter maior controle e transparência na relação entre sindicatos, associações e seguridade social.


Contag responde e os parlamentares afirmam atuar em nome do PT

INSS
Imagem: Freepik e Canva

Procurada, a Confederação alegou repudiar “qualquer tentativa de generalização que coloca organizações sérias no mesmo nível que as estruturas criadas para fraudar o sistema de seguridade social”. A entidade enfatizou sua história de 60 anos de colaboração no poder legislativo e negou irregularidades nas emendas apresentadas.

Por sua vez, deputados e senadores que assinaram as propostas atribuíram seu desempenho ao mandato do banco PT, observando que as emendas são legítimas dentro do processo legislativo.


Entenda a importância da reavalidação anual para os beneficiários

A reavalidação periódica de descontos associativos é um mecanismo de segurança para impedir que aposentados e aposentados tenham descontos não autorizados em seus benefícios. Sem esse cheque, há um risco de cobranças inadequadas, que geralmente passam despercebidas até causar danos significativos ao bolso dos beneficiários.


Como os descontos associativos no INSs funcionam

Os sindicatos e associações rurais se inscrevem no INSS para descontar diretamente dos valores dos benefícios relacionados às taxas mensais associativas. Para que isso aconteça, o beneficiário precisa autorizar anteriormente o desconto. No entanto, a falta de requisitos de supervisão e reavalidação abre espaço para fraudes e acusações irregulares.


Conclusão

A tentativa da Contag de modificar uma medida provisória essencial para combater o INSS revela o complexo jogo de interesses entre sindicatos, política e administração da seguridade social. A investigação da Polícia Federal, que aponta para desvios bilionários e suspeitas de lavagem de dinheiro, destaca a urgência de mecanismos mais rígidos de inspeção e transparência para proteger os direitos dos aposentados e pensionistas brasileiros.

Imagem: Freepik e Canva



Fonte Seu Crédito Digital

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