Nesta quarta -feira (2), a AGU apresentou à Suprema Corte uma proposta de devolver quantidades dedutivamente descontadas de aposentados e pensionistas do INSS. O plano, preparado em parceria com órgãos como o INSS, Ministério da Seguridade Social, DPU, MPF e OAB, procura reparar as vítimas de acusações não autorizadas feitas entre 2020 e 2025.
Contrato propõe retorno total e correção monetária

O modelo estabelecido pelo governo federal garante o reembolso do valor total indevido com desconto, além de uma atualização monetária com base no amplo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). O retorno será feito diretamente na conta, onde o beneficiário receber seu pagamento do INSS, após a adesão ao pacto.
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O plano também possui um documento complementar contendo as regras gerais de procedimento e será aprovado pelo STF. Espera -se que a aprovação ocorra até 15 de julho, com os primeiros pagamentos a partir de 24 de julho.
Ministro Dias Toffoli requer retorno total dos valores
Em uma audiência de STF no dia 24, o ministro Dias Toffoli deixou claro que ele apenas aprovará o acordo se o retorno total dos valores com desconto, após a jurisprudência da Seguridade Social. Ele também enfatizou que a aprovação não livrará os responsáveis pela fraude de responder criminosos e civil, mantendo as investigações em andamento. Toffoli também concordou em suspender os prazos para que os beneficiários possam apelar ao tribunal, garantindo a certeza legal para ingressar no contrato.
As fraudes foram reveladas pela operação sem desconto
A ação, intitulada Operação sem desconto, foi conduzida pela polícia federal em conjunto com o Controlador Geral da União (CGU) e revelou um esquema de fraude no qual associações, sindicatos e outras entidades fizeram descontos nos benefícios da Previdência Social sem a autorização expressa dos segurados. Os valores com desconto foram passados diretamente através de acordos com o INSS.
Os casos ocorreram principalmente entre 2019 e 2024, afetando milhares de beneficiários em todo o país, especialmente os mais vulneráveis e residentes nas regiões rurais.
Detalhes do plano de reembolso
Como aderir ao contrato de retorno?
A adesão será possível após a aprovação da Suprema Corte. A previsão é que o processo ocorre por vários canais:
- Aplicativo Meus inss
- Centro de Serviço Telefone 135
- Face -To -face Service em Correspondência
- Ações de pesquisa ativa realizado pelo INSs em áreas remotas ou difícil de acessar
É possível contestar descontos?
Sim. Desde 14 de maio, um canal de contestação é aberto pelos mesmos meios de serviço. A defesa é necessária para garantir o direito de reembolsar se o segurado não reconhecer os descontos como válidos.
E se houver uma contestação na documentação apresentada?
Se o beneficiário contestar a validade dos documentos apresentados pela associação, será necessário reivindicar uma das seguintes hipóteses:
- A assinatura não é sua
- Houve indução de erro ou fraude na obtenção da assinatura
Se a controvérsia persistir, o caso será referido ao Judiciárioe o reembolso direto do INSS não será possível até que haja uma decisão judicial.
Efeitos nos processos existentes
Sim. Enquanto não houver julgamento com pagamento, o segurado pode desistir da maneira judicial e escolher o retorno administrativo. Ao fazer isso, a ação será extinta quanto à quantidade cobrada ao INSSgarantir maior agilidade no processo de restituição.
Medidas de prevenção e inspeção

Novos requisitos para evitar novas fraudes
Como parte do acordo, o INSS se compromete a reformular seus processos internos focados na segurança e controle. Entre as principais medidas planejadas estão:
- Autorização eletrônica biométrica ou qualificada Para descontos
- Sistema automatizado Para monitorar as reclamações
- Suspensão automática de descontos contestados
- Auditoria nos acordos atuais
- Implementação de Programas de educação financeira para beneficiários
Transparência pública
UM Painel de transparência Com dados atualizados sobre o progresso do reembolso:
- Número de solicitações por estado
- Lista de entidades envolvidas
- Valores já retornados
- Situação de solicitações (pingentes, arquivados, regularizados)
O painel não exporá informações pessoais, garantindo a confidencialidade aos dados segurados.
Perguntas frequentes – perguntas frequentes
Como posso aderir ao plano de retorno?
A adesão será feita pelo meu INSS, telefone 135, agências de correios ou ações -personagens do INS, após a aprovação do Supremo Tribunal.
Preciso ir ao tribunal para receber o valor de volta?
Não. Se você aderir ao contrato, o pagamento será feito administrativamente.
Os valores serão corrigidos?
Sim. O retorno será feito com a correção pelo IPCA, desde o mês do desconto até a data de pagamento.
E se a associação afirmar que autorizava descontos?
Você pode contestar os documentos e, se não houver acordo, o caso será encaminhado ao tribunal.
Considerações finais
O desafio agora é garantir que a implementação ocorra com transparência, velocidade e ampla disseminação, especialmente para alcançar os segurados mais vulneráveis, como residentes de áreas rurais e pessoas com dificuldade em acesso aos canais digitais. A ação integrada entre governo, justiça e sociedade civil será fundamental para garantir que todas as pessoas feridas recebam seus direitos – em íntegro, justo e eficiente.