O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) publicará em julho uma mudança significativa nas regras de concessão do Salário da maternidade.
O novo padrão, que será válido a partir do próximo mês, permitirá Trabalhadores autônomos e contribuintes individuais podem ter acesso ao benefício com apenas uma contribuição feita para o INSS.
A mudança ocorre após uma decisão da Suprema Corte (STF), tomada em 2024, que considerou inconstitucional o requisito de dez contribuições mensais mínimas para que esses trabalhadores tenham direito ao benefício.
A determinação obriga o governo a ajustar a regulamentação do salário da maternidade, eliminando o requisito de que, de acordo com o tribunal, violasse o princípio de Incount de seguros.
Embora represente um avanço em termos de igualdade de direitos, a nova regra deve causar um Impacto bilionário em contas de previdência social.
O próprio Ministério da Seguridade Social estima que os gastos com pagamento de maternidade crescerão R $ 2,3 bilhões a R $ 2,7 bilhões já entre 2025 e 2026, atingindo mais de R $ 16 bilhões até 2029.
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O STF garante o direito ao salário da maternidade com uma contribuição

A decisão foi assinada no contexto do julgamento do So -chamado “All -Life Review”E também incluiu análises específicas sobre pagamento de maternidade para trabalhadores autônomos. O voto do ministro Edson Fachin Foi decisivo para a alteração do entendimento legal.
Fachin argumentou que requer dez contribuições mínimas para um grupo de segurado específico prejudica o princípio de tratamento igual entre os trabalhadores que contribuem para o INSS.
Com isso, a Suprema Corte formou a maioria para derrubar a regra anterior, possibilitando o pedido de salário de maternidade com apenas uma contribuição válida e reconhecida.
Com a decisão final, o INSS é obrigado a publicar a instrução normativa com as novas diretrizes, que devem acontecer até o final de julho de 2025.
A medida já está sendo considerada nos cálculos do orçamento do governo federal, que tiveram que congelar US $ 31 bilhões em outras despesas não -padronizadas para acomodar novos gastos com segurança social.
Impacto fiscal: aumento dos gastos na seguridade social
O Ministério da Seguridade Social Ele alertou sobre o impacto da nova regra nas contas públicas. De acordo com os dados mais recentes do relatório de receita e despesas bimestrais, o impacto fiscal estimado será:
- R $ 2,3 bilhões a R $ 2,7 bilhões entre 2025 e 2026
- R $ 12,1 bilhões em 2026
- R $ 15,2 bilhões em 2027
- R $ 15,9 bilhões em 2028
- R $ 16,7 bilhões em 2029
Esses valores incluem não apenas os benefícios a serem concedidos com base na nova regra, mas também A reavaliação dos pedidos negados entre 2020 e 2024Como a Suprema Corte não especificou limites retroativos em sua decisão.
A tendência, portanto, é de aumento contínuo no número de solicitações e reconhecimento dos direitos tardios, que podem pressionar ainda mais o orçamento da Seguridade Social, já afetado por déficits recorrentes.
Qual é o salário da maternidade
O Salário da maternidade É um benefício pago pelos INSs à pessoa que precisa se afastar de suas atividades de trabalho devido a:
- Nascimento do filho
- Adoção ou guarda judicial para fins de adoção
- Aborto não criminal
- Natimorto
A duração do benefício varia de acordo com o motivo da remoção:
- 120 dias Nos casos de entrega, adoção, guarda judicial ou natimorto
- 14 diasem casos de aborto ou fornecido por lei, como em caso de estupro ou vida ameaçadora para a mulher grávida, com prova médica
Até então, para receber o benefício, trabalhadores autônomos e opcionais precisavam provar pelo menos Dez contribuições mensaisque representava um impedimento às mulheres em situações vulneráveis ou com histórico de contribuição irregular.
Com a nova regra, será suficiente Uma única contribuição válida Para garantir o direito ao benefício, desde que tenha sido realizado antes do evento que gerou a remoção (nascimento, adoção ou aborto).
Quem pode solicitar o benefício
O novo INSS normativo permitirá que mais categorias de seguradas tenham acesso ao pagamento da maternidade. Veja quem pode exigir o benefício:
- Empregado com caminhada assinada
- Empregadas domésticas
- Trabalhadores solteiros
- Microentreepreneurs individuais (MEI)
- Colaboradores individuais (autônomos)
- Segurado opcional
- Desempregado que ainda mantém a qualidade do segurado
Além disso, no caso de Morte do funcionário seguradoO cônjuge ou parceiro viúvo pode ter o direito de complementar o benefício, de acordo com a legislação da Seguridade Social.
Como solicitar o salário da maternidade
O pedido de salário de maternidade é feito diretamente através do site ou aplicativo Meus inssonde o segurado deveria:
- Acesse o portal com CPF e senha
- Clique na opção “Solicite salário de maternidade”
- Anexe os documentos necessários (certidão de nascimento, adoção ou relatório médico)
- Aguarde a análise de solicitação
Para funcionários segurados com um contrato formal, a solicitação pode ser feita diretamente pelo RH da Companhia, que comunica a remoção ao ESocial.
Estima -se que, com o novo padrão, o número de pedidos aumenta significativamente, o que exigirá reforço na estrutura do INSS Processar e analisar os requisitos mais ágeis.
Repercussão entre especialistas e entidades
A mudança é vista por especialistas em direito da Seguridade Social como um avanço na proteção social das mulheres, especialmente a mais vulnerável. Para o advogado e um professor de direito da seguridade social, Daniela ArrudaO novo padrão corrige uma distorção histórica:
“Exigindo dez contribuições para garantir o pagamento da maternidade impôs uma barreira discriminatória às mulheres autônomas e de baixa renda. Com a decisão do STF, o sistema se torna mais justo e mais inclusivo”.
Por outro lado, economistas e técnicos do governo alertam sobre o risco fiscal da medida.
O aumento repentino de novos requisitos pode comprometer ainda mais o equilíbrio do orçamento de pensão, se não houver compensação por meio do aumento da coleta ou contenção de outras despesas.
Reanálise dos benefícios negados
Outro ponto sensível da nova regra é que o STF não estabeleceu um limite temporal para aplicação de mudança. Isso significa isso As mulheres que tiveram o salário da maternidade negado entre 2020 e 2024 podem solicitar a revisão de seus processos administrativos.
O INSS até estuda publicando Diretrizes específicas para reanálise automática Desses casos, que podem gerar um novo ciclo de pagamentos retroativos. Estima -se que, apenas nesta revisão, o impacto possa exceder R $ 3 bilhões.
O que esperar nos próximos anos

Mudança no pagamento da maternidade representa um marco na política de seguridade social brasileiramas também inaugura uma nova fase de desafios fiscais e operacionais para o INSS e para o governo federal.
A expectativa é que mais do que 1 milhão de segurados Ser beneficiado direta ou indiretamente com o novo padrão nos próximos cinco anos. O governo deve monitorar de perto a execução da medida e avaliar possíveis mecanismos de remuneração financeira.
Além disso, novas decisões de STF sobre tópicos da Seguridade Social, como “Revisão da Vida”, podem continuar pressionando o orçamento e forçar o governo a revisar outras regras de acesso aos benefícios.
Conclusão
A mudança na regra de pagamento da maternidade, a ser oficializada pelo INSS em julho, representa um Vitória importante para a equidade de gênero e acesso universal à Seguridade Social.
Com o novo padrão, trabalhadores autônomos podem exigir o benefício com apenas uma contribuiçãoExpandindo a proteção social precisamente em um dos momentos mais delicados da vida: a chegada de uma criança.
Por outro lado, o impacto bilionário previsto desafia o equilíbrio fiscal e requer atenção do governo para garantir a sustentabilidade do Seguro Social.
Para o segurado, o importante agora é estar ciente das novas regras e prazos para solicitar o benefício e acompanhar o progresso de suas solicitações com o INSS.