O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) está prestes a aplicar uma mudança histórica às regras de conceder o Salário da maternidade para contribuintes autônomos. A mudança, que é válida a partir de julho, segue uma decisão da Suprema Corte (STF) e deve corrigir uma desigualdade em vigor por mais de 20 anos no sistema de seguridade social brasileira.
A principal notícia é que agora, Autônomo, Meis e trabalhadores desempregados poderão acessar o benefício após apenas uma contribuição para o INSSComo com aqueles que têm um contrato formal. Antes, pelo menos Dez contribuições mensais consecutivasque, na prática, limitam o acesso de milhares de mulheres à lei básica durante a maternidade.
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O STF decide para a equalização entre autônoma e cetistas

A mudança decorre do julgamento de Ação de inconstitucionalidade direta (ADI) 2.110que contestaram as regras da reforma da seguridade social de 1999, sancionadas no governo de Fernando Henrique Cardoso. Embora a maior parte da reforma tenha sido considerada constitucional, o STF entendeu, para seis votos para cincoque A exigência de dez contribuições para a autônoma viola o princípio da isonomia.
O ministro Flávio Dino, um relator substituto no lugar de Rosa Weber, foi um dos que votaram pela mudança. Sua posição foi seguida por Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luis Roberto Barroso, Dias Toffoli e Edson Fachin. Os ministros Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes votaram contra.
Impacto bilionário e revisão de benefícios antigos
A implementação da nova regra resultará em Impacto relevante em cofres públicos. As estimativas de bem -estar apontam para despesas adicionais de:
- R $ 2,3 bilhões a R $ 2,7 bilhões ainda em 2025
- R $ 12 bilhões em 2026
- R $ 15,2 bilhões em 2027
- R $ 15,9 bilhões em 2028
- R $ 16,7 bilhões em 2029
Além disso, os INSs devem revisar Todos os benefícios concedidos entre março de 2024 e junho de 2025 com base em padrões anteriores. As mulheres que tiveram seu pedido negaram que o número mínimo de contribuições pode solicitar uma nova análise.
Quem tem direito ao salário da maternidade?
Com a decisão, o acesso ao benefício se torna mais amplo. Veja quem pode receber:
- Trabalhadores com carteira assinada
- Colaboradores individuais e opcionais (como autônomo e estudantes)
- MEIS (microentreepreneurs individuais)
- Trabalhadores domésticos
- Trabalhadores rurais
- Desempregado que prove o título anterior com o INSS
- Cônjuges ou companheiros (Em caso de morte da mulher grávida)
- Membros do casal homossexual que adotam uma criança
O valor do benefício é pago pelo empregador, no caso de trabalhadores com registro de portfólio, ou diretamente pelo INSS em outras situações.
O que é o salário da maternidade?
Salário de maternidade, também conhecido como Maternidade Subsídioé o benefício pago ao segurado do INSS Durante o período de nascimento por nascimento, adoção, aborto espontâneo ou legal e parto.
Criado em 1943 com a consolidação das leis trabalhistas (CLT), inicialmente previu 84 dias de licença, posteriormente estendido a 120 dias. No caso de funcionários públicos ou trabalhadores ligados ao programa da Companhia Cidadã, o período pode ser estendido a até 180 dias.
Nova regra fortalece os direitos femininos no sistema de seguridade social
A decisão da Suprema Corte e sua aplicação imediata pelos INSs representam um avanço na luta pela equidade de gênero. Por mais de duas décadas, Milhares de mulheres autônomas, mesmo contribuindo para a Seguridade Social, não poderiam aproveitar a proteção garantida para os cetistas.
Além disso, a medida fortalece o papel do Estado na proteção social à maternidadeindependentemente da forma de ocupação profissional das mulheres. A unificação da regra também Reduz a burocracia e expande a certeza legal para todos os segurados.
Como solicitar o benefício com a nova regra?

O pedido de salário de maternidade pode ser feito pelos canais digitais do INSS:
- Meu inss (site ou aplicativo)
- Telefone 135 (call center)
Com a nova regra, Basta provar uma única contribuição ativa antes do evento (entrega ou adoção). O sistema já está sendo ajustado para adaptar as análises ao novo entendimento legal.
Quando a mudança começa a valer a pena?
A previsão é que a nova regra seja oficialmente aplicada De julho de 2025Mas decisões judiciais começaram a ter efeitos desde Março de 2024data de publicação do julgamento. O INSS está na fase de adaptação técnica para garantir que os sistemas internos reflitam o novo critério.