O Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), validou na terça-feira (17) o argumento de não conformidade com um preceito fundamental (ADPF) apresentado pelo governo federal que exige a unificação da resposta do Judiciário à fraude bilionária que envolve descontos não autorizados em aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Segurança Social (Segurança Social).
A operação “sem desconto” revela fraudes bilionárias

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O que motivou a ação na Suprema Corte?
A medida tomada pelo governo é baseada nas descobertas da operação “sem desconto”, a polícia federal (Pf).
Como o esquema funcionou?
- Milhões de aposentados e aposentados ficaram surpresos com os descontos em relação a supostas associações, muitas das quais nunca autorizaram ou sabiam.
- Os valores foram descontados diretamente dos benefícios do INSS.
- Em muitos casos, as vítimas apenas perceberam as dívidas meses depois.
O impacto nas vítimas e no Seguro Social:
- Milhões de beneficiários feridos.
- Crescimento exponencial de ações judiciais contra o INSS.
- Risco para a sustentabilidade financeira da seguridade social.
Por que o INS se tornou um réu nas ações?
Embora as associações estejam no centro da fraude, o INSS foi incluído como réu em milhares de casos, com o argumento de que deveria ter supervisionado os descontos em benefícios.
O problema gerou decisões judiciais contraditórias em todo o país, criando incerteza legal e ameaçando o equilíbrio financeiro do sistema de seguridade social.
Acionar
Nesse caso, o governo chamou o STF para:
- Unificar o entendimento judicial de descontos inadequados.
- Evite multiplicação de ações em diferentes casos.
- Garanta a certeza legal para os beneficiários e para o próprio INSS.
Pontos destacados por Toffoli na decisão:
- A dignidade da pessoa humana.
- O direito à certeza legal.
- O devido processo legal.
- Responsabilidade do Estado na inspeção de descontos.
Prazos suspensos: O que isso significa na prática?
A suspensão dos prazos protege os aposentados
Com a decisão, qualquer aposentado ou aposentado prejudicado por descontos inadequados não terá que se preocupar com a prescrição de prazos para buscar o retorno dos valores.
Enquanto a análise está em andamento:
- Ninguém perde o direito de compensação.
- Os prazos processuais relacionados ao tema são suspensos.
- As decisões de diferentes julgamentos são sobrecarregadas até que a Suprema Corte esteja se manifestando definitivamente.
Os fraudadores serão responsabilizados

A decisão não entrega culpada de sanções
O ministro deixou claro que a decisão do STF não remove a responsabilidade criminal, civil e administrativa de qualquer pessoa – física ou legal – envolvida na fraude.
Perguntas frequentes
O que significa a suspensão dos prazos decididos pelo STF?
Isso significa que aposentados e pensionistas não precisam se preocupar neste momento, com os prazos para ir ao tribunal pedindo o retorno de descontos impróprios. Eles serão preservados até que o STF decida sobre o assunto.
Os fraudadores serão punidos?
Sim. A decisão da Suprema Corte não impede que os responsáveis - sejam empresas, associações ou agentes públicos – de serem criminais, civis e administrativamente responsáveis.
O INSS é culpado de fraude?
A Suprema Corte ainda analisará o grau de responsabilidade do INSS, que está sendo questionado por não ter impedido os descontos. Por enquanto, o INSS responde como parte dos processos.
Considerações finais
A decisão do Supremo Tribunal Federal representa um marco importante na proteção dos direitos dos aposentados e aposentados do INSS que foram vítimas de descontos inadequados. Ao suspender os prazos para a coleta judicial, a Suprema Corte não apenas garante que os beneficiários não sejam prejudicados, mas também abre caminho para uma solução ampla, capaz de trazer certeza e estabilidade legais ao sistema de previdência social.