A proposta de reforma do imposto de renda (IR), apresentada pelo governo federal através do projeto de lei nº 1.087 de 2025, despertou preocupações entre representantes dos setores produtivos. A medida propõe a tributação de dividendos mensais em relação a R $ 50 mil e promete estender a isenção para os trabalhadores de baixa renda.
No entanto, as entidades da indústria e do comércio alertam que a nova tributação pode comprometer o reinvestimento de lucros nas empresas e danificar a economia real.
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Mudanças no IR: proposta divide as opiniões

A proposta discutida em uma comissão especial da Câmara dos Deputados traz como seu ponto principal para isenção para ir para aqueles que ganham até R $ 5.000 mensalmente, além de redução da taxa Para o intervalo entre US $ 5.000 e US $ 7.000. Para compensar a queda de receita, o projeto prevê o Tributação de dividendos em R $ 50.000 por mês, com uma taxa de 10% retida na fonte.
Essa mudança reacende o debate sobre a melhor maneira de distribuir a carga tributária e garantir a justiça fiscal sem prejudicar os motores econômicos.
Capital produtivo sob ameaça
Durante uma audiência pública na Comissão, representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional Comercial (CNC) mostraram preocupação com os efeitos práticos da proposta.
“Em um país em que 74% do investimento, no caso da indústria, está com seus próprios recursos, reduzindo a tributação da empresa, deixando mais recursos disponíveis para reinvestimento, é importante”, disse Mário Sérgio Telles, superintendente da economia da CNI.
Segundo a TELLES, a tributação de dividendos pode diminuir a capacidade das empresas de reinvestir os lucros. Ele sugeriu Outras fontes de coleçãocomo o Tributação de apostas on -line e grandes empresas de tecnologia estrangeira que operam no Brasil.
A atualização de limite é essencial, diz CNC
Consultor tributário da CNC, Gilberto AlvarengaEle ressaltou que a proposta, se aprovada sem ajustes, pode rapidamente alcançar faixas mais amplas.
“Hoje, é um valor significativo, é um valor que representa uma pequena parte da população. Mas sem um reajuste, os aluguéis logo menores serão tributados”, alertou Alvarenga.
Para ele, a atualização periódica do limite de R $ 50 mil É crucial evitar distorções no futuro e garantir que a medida permaneça focada nos contribuintes com a maior capacidade contribuinte.
Visão acadêmica: um passo para a justiça fiscal
Na mesma audiência, o professor do Unicamp Luiza Nassif apresentou um contraponto às críticas das entidades comerciais. Segundo ela, o projeto, embora imperfeito, tornará o sistema tributário brasileiro mais justo.
“O sistema tributário serve para aumentar a desigualdade. Somente quando também contamos os benefícios do governo, como saúde e educação, que observamos uma redução na desigualdade”, explicou.
Nassif defendeu o progressividade tributária Como instrumento para redistribuição de renda, afirmando que o sistema atual é regressivo e beneficia grandes rendimentos.
Clash político: lucros, isenção e programas sociais
A discussão também gerou desacordos entre os atuais parlamentares. O deputado Jorge Solla (PT-BA) Rejeitou a tese de que os dividendos de impostos desencorajam os investimentos.
“O dividendo é a parte do lucro apropriado pelo parceiro que não se tornou o reinvestimento da empresa, isso é óbvio”, afirmou.
Já Marcelo Queiroz (PP-RJ) Ele criticou a expansão da faixa de isenção de RI, sugerindo que os recursos foram direcionados à Bolsa Familia.
“Quando você dá uma isenção, nunca voltará”, argumentou.
Caminhos para o texto final

A Comissão Especial discutindo PL 1.087/2025 deve continuar suas deliberações nos próximos dias. O cronograma fornece Apresentação da opinião do Relator Arthur Lira (PP-AL) em 27 de junhocom Votação programada para 16 de julho. A comissão é presidida pelo deputado Rubens Pereira Júnior (pt-ma).
Até então, entidades, especialistas e parlamentares devem continuar discutindo os impactos e ajustes necessários para o projeto, que tem o potencial de transformar o sistema tributário brasileiro.
Impactos em jogo
A proposta do governo levanta questões cruciais:
- Como garantir que Tributação de dividendos Não desencoraja o investimento produtivo?
- A quem realmente beneficiará a expansão de Isenção de infravermelho?
- O sistema tributário brasileiro está pronto para Seja mais progressivo sem comprometer o crescimento econômico?
Essas são perguntas que exigem respostas técnicas e políticas no meio de um cenário fiscal desafiador com forte demanda por justiça social.
Com informações de: Portal da Câmara dos Deputados