14.9 C
São Paulo
sexta-feira, agosto 15, 2025

Cientistas descobrem fóssil de baleia de 25 milhões de anos com rosto de Pokémon e mordida de predador

NotíciasMeio AmbienteCientistas descobrem fóssil de baleia de 25 milhões de anos com rosto de Pokémon e mordida de predador




Nesta ilustração fornecida por Ruiiridh Duncan, um Janjucetus Dumbardi é retratado perseguindo um peixe. Ruairidh Duncan via AP Um fóssil encontrado por acaso em uma praia no estado de Victoria, na Austrália, levou os paleontologistas a identificar uma nova espécie de ancestral de baleia, que viveu cerca de 25 milhões de anos atrás. O animal, chamado Janjucetus Dullardi, tinha olhos enormes do tamanho de bolas de tênis, dentes afiados e um focinho semelhante ao de um tubarão. Apesar do tamanho pequeno – caberia a uma cama de solteiro – era um predador feroz dos mares. A descoberta foi publicada nesta semana no Journal of the Linnean Society Zoological e ajuda a desvendar um capítulo pouco conhecido da evolução dos cetáceos. “Uma mistura de baleias, focas e Pokémon”, de acordo com Erich Fitzgerald, curador sênior de paleontologia de vertebrados no Instituto de Pesquisa de Victoria Museums e um dos autores do estudo, o animal “poderia parecer uma estranha mistura de baleia, foca e Pokémon, mas era uma espécie única”. O fóssil parcial – com partes do crânio, dentes e ossos da orelha – foi encontrado em 2019 em Jan Juc Beach, uma região já conhecida por abrigar fósseis raros de baleias primitivas. Até hoje, apenas quatro espécies do grupo “Mammalodontides” foram identificadas. Esses pequenos cetáceos viviam exclusivamente no período de oligoceno (entre 34 e 23 milhões de anos atrás) e representam um ramo inicial da linhagem que daria origem às grandes baleias filtradas atuais, como Jubarts e Blue. Estudos indicam que Janjucetus Dullardi até mediu cerca de 3 metros de comprimento e poderia ter pequenas pernas atrofiadas, agora perdidas na maioria dos registros fósseis. Ruairidh Duncan, à esquerda, e Erich Fitzgerald examinam um crânio fóssil parcial no Laboratório de Paleontologia do Museu de Melbourne em Melbourne. Tom Breakwell/Museus Victoria via AP Fossils AP Hunter tornou -se “Rock Star” A pessoa responsável pela descoberta foi Ross Dullard, diretor de uma escola da região e caçador de fósseis amadores. Ele encontrou o crânio durante uma caminhada de rotina na maré baixa e logo percebeu que não era um osso comum. “É literalmente o melhor dia da minha vida”, disse Dullard quando é confirmado como um descobridor da nova espécie, que recebeu seu sobrenome em homenagem. Ao retornar à escola, ele foi recebido com aplausos e saudações. “Meus amigos e familiares deveriam ficar aliviados. Conversei sobre isso sem parar nos últimos seis anos”, brincou ele. Para comemorar, ele organizou uma festa temática com jogos inspirados em baleias e sobremesas em forma de cetáceo. As janelas para o passado e o futuro encontrar fósseis tão bem preservados são raros. Segundo Fitzgerald, apenas uma pequena fração das baleias que já viveram fossilizadas. Portanto, cada nova cópia é valiosa para entender como esses animais se alimentavam, se moviam e evoluíram. Além de expandir o conhecimento sobre a história das baleias, a descoberta também ajuda a estudar como as espécies antigas se adaptaram às mudanças no clima e nos oceanos – um paralelo importante para entender os desafios enfrentados pela vida marinha atual diante do aquecimento global. “Esses fósseis nos dizem muito sobre o passado, mas também podem nos guiar sobre o futuro”, disse Fitzgerald. COP30 – OX com chip: Como saber se a carne está livre de desmatamento?



g1

Check out our other content

Confira outras tags:

Artigos mais populares

Introducing an innovative ai powered blog solution designed to effortlessly grow your online presence and income.