Marina Lacerda revela abusos de Jeffrey Epstein durante uma entrevista com a American TV ABC News/Reproduction “Sua casa era uma porta giratória de meninas. O tempo todo chegou e alguém saiu”. Marina Lacerda, a brasileira que disse na quarta -feira (3), foi uma das vítimas abusadas pelo empresário Jeffrey Epstein nos Estados Unidos, deu detalhes sobre os anos em que fazia parte de uma rede de meninas forçadas a sexo com o empresário. Em uma entrevista à American Network ABC News, Lacerda disse que Epstein abusou de “até dez mulheres por dia”. Na época, ela disse ao brasileiro, tinha apenas 14 anos. “Sua casa era uma porta giratória. Sempre havia meninas. Se ele estivesse em Nova York, ele passou uma semana inteira com o maior número possível de meninas. Eu diria que ele tinha reuniões com cerca de cinco a oito mulheres, talvez até mais, talvez até dez mulheres por dia”, disse o brasileiro. Clique aqui para seguir o G1 International News Channel no WhatsApp até a ABC, ela disse que foi chamada para massagem, mas acabou envolvida em uma pequena rede de abuso. “Eu não esperava o que aconteceria naquele dia (…), porque com Jeffrey Epstein, tivemos que fazer sexo, seja ou não.” Marina Lacerda foi uma peça -chave para o julgamento de Epstein, que foi condenado em 2019. Segundo a ABC News, as evidências fornecidas por Lacerca no momento das investigações deram ao caso os promotores “evidências essenciais” que levaram à acusação e subsequente condenação do empresário. Na entrevista à Rede dos EUA, a brasileira disse que se juntou a uma rede de meninas recrutadas em Nova York e forçada a encontros sexuais com o empresário. A certa altura, Marina disse que acreditava que poderia receber uma proposta de emprego em Epstein que poderia mudar a vida e a família para melhor. “Eu pensei que, se eu tivesse jogado o jogo, não seria mais esse imigrante do Brasil e teria algo a esperar do futuro”, disse ele. O brasileiro Marina Lacerda durante uma conferência de imprensa em 3 de setembro de 2025 Reuters/Jonathan Ernst, segundo ela, o abuso durou três anos. Marina relatou que aos 17 anos, o bilionário começou a perder o interesse por ser “muito velho”. Na quarta -feira, em um discurso em um ato em frente ao Congresso, Marina Lacerda disse que o abuso aconteceu quando ela tinha apenas 14 anos. Marina, agora com 37 anos, foi uma das vítimas do empresário que participou de uma entrevista coletiva na quarta -feira (3) para pedir ao Congresso dos EUA que tome uma lei que obriga a divulgação de todos os documentos investigativos sobre o caso. (Veja detalhes sobre os crimes abaixo). A brasileira disse que conheceu Epstein em 2002 e que na época ela acabara de se mudar para os EUA com sua mãe e irmã. Os três compartilharam um quarto no bairro de Queens, em Nova York. Marina também disse que trabalhou em três empregos para tentar sustentar sua família. Foi nesse momento que a oportunidade parecia conhecer Epstein, apresentada como uma proposta de trabalho. “Um amigo meu no bairro me disse que eu poderia ganhar US $ 300 para fazer uma massagem a um cara mais velho”, disse ele. “Isso passou de um emprego dos sonhos para o pior pesadelo”. O brasileiro também disse que foi procurado pelo FBI em 2008, mas não foi ouvido pelo tribunal porque Epstein assinou um contrato judicial. Ela só poderia testemunhar sobre o caso 11 anos depois, quando a investigação foi reaberta. “Como imigrante do Brasil, sinto -me fortalecido ao saber que a garotinha que lutou para sobreviver aos 14 e 15 anos finalmente tem uma voz”, disse ele na quarta -feira. A conferência de imprensa em que Marina participou foi organizada pelos deputados Thomas Massie, Republicano, e Ro Khanna, democrata. Embora sejam de partidos opostos, ambos tentam orientar no Congresso a votação de um projeto em arquivos de investigação. A proposta em questão é destinada à disseminação de todos os documentos confidenciais, incluindo aqueles sob a posse do FBI e os escritórios dos promotores dos EUA. Crise no governo de Trump Jeffrey Epstein: Quem foi, o que os crimes cometeram e que associação com Trump Jeffrey Epstein teve conexões com milionários influentes, artistas e políticos. Entre 2002 e 2005, ele foi acusado de atrair dezenas de meninas menores de idade por encontros sexuais em suas mansões. Em 2008, Epstein chegou a assinar um acordo com o tribunal para se declarar culpado. Em 2019, o caso retornou à luz, quando as autoridades federais consideraram o acordo inválido e determinaram a prisão do bilionário pelo tráfico sexual. O bilionário morreu na prisão alguns dias depois de ser preso. Segundo as autoridades, ele tirou a própria vida. Durante a campanha eleitoral de 2024, o candidado Trump prometeu divulgar uma lista dos nomes das pessoas supostamente envolvidas no esquema de exploração sexual liderado por Epstein. Em fevereiro deste ano, alguns documentos foram publicados pelo governo. Em um desses arquivos, o nome de Trump aparece ao lado de outros nos registros de vôo vinculados ao bilionário. É do conhecimento público que os dois estavam próximos nos anos 90. Trump, no entanto, não é investigado neste caso. Ainda em fevereiro, a procuradora -geral Pam Bondi chegou a implicar que havia uma lista de clientes da Epstein em sua mesa para serem revisados. Este documento, no entanto, nunca foi divulgado. Mais recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que não há lista de clientes em documentos relacionados à pesquisa. O próprio presidente Trump veio dizer que esse documento é uma farsa. A mudança de versão irritou a base dos apoiadores republicanos. Muitos desses eleitores compartilham teorias da conspiração sobre o caso Epstein e exigem a disseminação completa de informações sobre a rede de exploração sexual. Vídeos: mais assistida do G1
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