19.1 C
São Paulo
terça-feira, outubro 28, 2025

Bancos terão que avisar clientes antes de débito automático

A Federação Brasileira de Bancos (Febbraban)...

Operação policial mira ex-gerente do Banco do Brasil

A Polícia Civil de São Paulo...

Bancos avisarão clientes sobre débitos automáticos

A partir de agora, os clientes...

Pensão alimentícia não acaba aos 18 anos: veja regras

NotíciasPensão alimentícia não acaba aos 18 anos: veja regras


Uma questão comum entre pais separados e mães é: o pensão alimentícia Termina automaticamente quando a criança completa 18 anos? A resposta é não. A jurisprudência do Tribunal Superior de Justiça (STJ) e vários tribunais estaduais já consolidou que a idade adulta por si só não extinta a obrigação de manutenção.

A pensão pode continuar quando houver uma necessidade comprovada, especialmente durante o período de formação acadêmica. Afinal, muitos jovens não conseguem ficar sozinhos enquanto frequentam a faculdade.

Leia mais:

Banco Central ressalta que R $ 10,69 bilhões são esquecidos por 48 milhões de brasileiros

Até quando a pensão pode ser mantida

Pensão
Reprodução: Freepik

Os tribunais adotaram como referência o limite de 24 anos para manter a pensão quando a criança está matriculada e participando do curso universitário. Esse entendimento não é expresso por lei, mas resulta da construção jurisprudencial com base no princípio da solidariedade familiar.

Ou seja, se o jovem provar que precisa de apoio financeiro para concluir seus estudos, a pensão pode ser mantida até essa idade.

O princípio da solidariedade familiar

A idéia central é que a obrigação alimentar não termine automaticamente com a idade adulta, mas se ajusta à realidade da criança. O princípio da solidariedade familiar sustenta que os pais devem contribuir para a formação e manutenção de seus filhos, desde que não consigam fornecer seu próprio sustento.

Evidência exigida pelos tribunais

Para manter a pensão após os 18 anos, as crianças devem apresentar evidências concretas de que ainda dependem do apoio financeiro. Entre os documentos mais aceitos estão:

  • Prova de registro e história acadêmica atualizada;
  • Escolar ou universidade;
  • Falta de renda suficiente para sustentar o próprio;
  • Prova de estágio que mostra renda insuficiente.

Sem essa prova, o benefício pode ser reduzido ou cortado pelos juízes.

Documentação necessária detalhada

A prova de matrícula deve indicar o curso e o período em que o aluno está matriculado, enquanto a história acadêmica mostra que ele está efetivamente participando de aulas e progredindo no curso. A prova de estágio e a falta de renda ajudam a destacar a dependência econômica.

Decisões importantes do STJ

Vários julgamentos do STJ reforçam esse entendimento:

  • Resp 1.234.933/df: O Tribunal deixou claro que, a idade da idade adulta, é o dever provar a necessidade de manter a pensão.
  • ARG em RESP 1.215.911/RS: O STJ considerou a manutenção da pensão nos 24 anos de estudante universitário sem sua própria renda.

Decisões recentes também confirmam que a pensão não é automática: se o curso não for frequentado ou se a criança já tiver renda suficiente, o benefício poderá ser revisado.

Impacto direto nos pais

PensãoPensão
Imagem: adragan / shutterstock.com

Essa linha de decisões tem um grande impacto nos pais que têm pensão. Muitos questionam se a obrigação deve permanecer mesmo quando a criança já tiver idade. Com a jurisprudência atual, os pais devem continuar pagando se houver necessidade comprovada, mas ganham apoio para solicitar a revisão ou a demissão quando a criança não estuda ou já trabalha com renda compatível.

Exemplo prático

Imagine um filho de 20 anos matriculado em medicina, um curso integral que requer dedicação quase exclusiva. Nesse caso, é razoável que ele continue recebendo pensão até que o diploma seja concluído, mesmo que ele tenha maioridade.

Por outro lado, se um ano de 22 anos estiver formalmente inscrito, mas não comparece a aulas ou já tiver um trabalho fixo com um salário capaz de cobrir suas despesas, os tribunais tendem a extinguir a pensão.

Como funciona o processo de revisão

O pai ou a mãe que deseja revisar a obrigação deve registrar uma ação de revisão de alimentos ou ação de demissão. Nele, cabe ao alimentador demonstrar a mudança na situação: a maioria da criança, eventual renda própria ou falta de prova acadêmica.

Da mesma forma, cabe à criança apresentar documentos que provam a necessidade de manter a pensão. É esse confronto de evidências que orienta a decisão do juiz.

O papel do juiz

O magistrado avalia o binomial Precisa de x possibilidadeConsiderando se a criança realmente precisa da pensão e se os pais podem pagar. Se as evidências mostrarem independência financeira ou ausência de frequência acadêmica, a pensão poderá ser reduzida ou fechada.

O equilíbrio entre necessidade e possibilidade

O Código Civil, em seu artigo 1.694, define que a pensão deve ser fixada observando a necessidade binomial x Possibilidade:

  • A necessidade da criança continua enquanto estuda;
  • Possibilidade de pai ou mãe de suportar o valor.

Esta regra continua válida mesmo após a idade adulta. O que muda é o ônus da prova: quem deve demonstrar a necessidade de manter a pensão é a criança maior.

Uma obrigação que se adapta à realidade

PensãoPensão
Imagem: Andrzej Rostek / Shutterstock.com

A jurisprudência mostra que a pensão alimentícia não é uma obrigação eterna, mas um dever que se adapta às circunstâncias da vida. Quando a criança demonstra um esforço para estudar e ainda não consegue acompanhar, a pensão permanece devida.

Pensão universitária: entre lei e controvérsia

A pensão para crianças mais velhas que estão na faculdade continua sendo um tema controverso, pois divide as opiniões entre os pais que consideram obrigação excessiva e crianças que ainda não podem viver de forma independente.

O entendimento dominante é claro: a pensão pode ser mantida até 24 anos, mas sempre depende da prova de necessidade real. Sem essa prova, os tribunais não hesitam em extinguir o benefício.

Considerações finais

Pais e filhos devem estar cientes de que a pensão alimentícia não é automática após os 18 anos. É necessário provar a necessidade financeira e a frequência acadêmica. Para os pais, o conhecimento da jurisprudência oferece segurança para solicitar a revisão quando a criança já tem independência econômica.



Fonte Seu Crédito Digital

Check out our other content

Confira outras tags:

Artigos mais populares

goldman sachs punta sull’ai : previsti licenziamenti e meno assunzioni. As 3 cores tendência para decoração em 2025 : transforme o seu quarto com estilo.