O empreendedor Ricardo Fariaconhecido como o “Rei do ovo”retornou ao centro do debate público, criticando severamente as políticas sociais e o ambiente de negócios no Brasil. Em uma entrevista recente com S.Paulo Folhaele atribuiu a Bolsa da família Uma parte significativa das dificuldades que, segundo ele, enfrentam empregadores ao contratar trabalhadores no país.
Proprietário do grupo Ovos globaisAtuando também nos Estados Unidos e na Europa, Faria defendeu uma ampla burocracia, criticou o peso da carga tributária e disse que o país “recompensa os pequenos e pune aqueles que querem crescer”.
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“As pessoas são viciadas em Bolsa Familia”

Comentando as dificuldades das equipes de treinamento no Brasil, Faria ficou enfática em programas sociais responsáveis, como a Bolsa Familia, pelo que ele vê como um desincentivo à formalização do trabalho.
“É um desastre [contratar] no brasil. As pessoas são viciadas em Bolsa Familia. Nem temos a chance de levar essas pessoas para treinar e poder dar uma vida melhor porque elas estão presas no programa ”, disse o empresário.
Segundo ele, o programa teria criado uma dependência que afeta especialmente as camadas mais vulneráveis da população, removendo -as do mercado formal.
Rejeição do modelo de emprego tradicional
Além das críticas à Bolsa Familia, o empresário também apontou o que ele considera Mudança no perfil dos trabalhadoresespecialmente entre os mais jovens.
“Os jovens não querem mais ter esse relacionamento formal, uma carteira assinada e precisam ir para o mesmo lugar. Aqui está o estado que protege tudo”.
Essa transformação, de acordo com Faria, coloca desafios adicionais para empresas que operam em setores que ainda dependem de mão -de -obra de face -face e rotinas estruturadas, como a indústria de alimentos.
Comparações com os Estados Unidos e Europa
Ricardo Faria tem operações fora do Brasil e, portanto, geralmente compara ambientes de negócios entre países. Ele afirmou que o empreendimento no Brasil é como “Remo no andar de cima, com cobra e jacaré a caminho”, enquanto nos EUA seria como “remar na colina”.
A metáfora resume o sentimento do empresário de que o ambiente regulatório brasileiro, adicionado à insegurança legal, dificulta a atividade comercial:
“Pode haver 513 deputados e 81 senadores votos, o presidente da República, com 60 milhões de votos, assinam a lei e depois o juiz diz que não. Nosso voto não vale nada”.
Faria também destacou a diferença salarial para funções operacionais fora do país:
“Você sabe o quanto um cara pode embalar a bandeja de ovos nos Estados Unidos? US $ 20 (US $ 110) por hora.”
Críticas à carga tributária e ao IOF
O empresário também criticou a proposta de aumentar os impostos sobre grandes fortunas do Brasil. Alegando ter transferiu sua residência tributária fora do paísFaria classificou a carga tributária brasileira como excessiva e contraproducente.
“A discussão deve ser, na minha opinião, como reduziremos o custo da máquina, porque ninguém mais está de bom humor é suportar esse ônus tributário”.
Ele também criticou o IOF (imposto sobre operações financeiras)O que, segundo ele, foi novamente cobrado em determinadas operações, tornando o crédito mais caro:
“É outro custo de financiamento absurdo. Faz dois anos que eu tenho financiado no Brasil. Ficarei mais cinco. 15 dias atrás, não tive essa cobrança por IOF”.
Descontentamento com a burocracia e o judiciário
Faria defende uma posição mais liberal e acredita que o estado brasileiro deve se afastar de práticas burocráticas que lançam o setor produtivo:
“Estamos lançando muito, burocratizando muito o processo. Isso torna esse processo mais livre do que o mercado regulará”.
Ele também criticou o que chama de “ativismo judicial”, em referência às decisões da justiça que, em sua opinião, desconsiderou as leis aprovadas democraticamente pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo Presidente da República.
Neutralidade política e crítica institucional
Embora ele seja reconhecido por fazer doações para campanhas de direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro-, Faria preferiu manter um tom neutro comentando o cenário político atual:
“O país está ficando para trás. E não é o governo A, B ou C. Esqueça Lula e Bolsonaro. Eu não quero entrar nisso.”
O discurso mostra que, para ele, as falhas são estruturais e não exclusivas de um governo específico. Suas críticas vão além da administração e apontam para o sistema como um todo.
Reações a declarações

Os discursos do empresário rapidamente reverberaram nas redes sociais e no ambiente político. Os críticos apontam que a Bolsa Familia é essencial para milhões de brasileiros vulneráveis e que o programa não evita, mas complementa a inserção produtiva da população.
Por outro lado, parte do setor de negócios compartilha a visão de Faria sobre burocracia, insegurança legal e a necessidade de reformas estruturais para garantir um ambiente de negócios mais competitivo.
Considerações finais
O discurso de Ricardo, embora controverso, traz tópicos importantes, como o papel dos programas sociais, a modernização das relações trabalhistas e a competitividade do ambiente de negócios brasileiras.
Enquanto o “rei do ovo” reforça sua defesa por menos burocracia e mais liberdade econômica, seus comentários sobre a Bolsa Familia reacendendo o debate sobre a tensão entre assistência social e estimulando a formalização no mercado.
Independentemente das opiniões, o cenário requer um diálogo equilibrado entre empreendedores, governo e sociedade civil, para que o Brasil possa avançar com justiça social e desenvolvimento sustentável.
Com informações de: InfoMoney