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quarta-feira, agosto 20, 2025

Brasileira de 38 anos morre por câncer raro associado a implante de silicone; médico alerta para acompanhamento

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Menos de 20 casos semelhantes foram documentados no mundo desde 1992. Adobestock Uma mulher de 38 anos morreu de um tipo raro de câncer ligado ao uso de próteses de silicone. O caso, tratado no Hospital de Amor, Barretos (SP), foi descrito em um artigo publicado na revista Anals of Surgical Oncology e representa o primeiro registro brasileiro de carcinoma espinocelular associado a implantes mamários (BIA-SCC). De acordo com o mastólogo Idam de Oliveira Junior, que acompanhou o paciente e é um dos autores do estudo, apenas 17 casos semelhantes foram documentados no mundo desde 1992. “Não é motivo de pânico. O implante mamário ainda é seguro, mas é importante reforçar a necessidade de seguimento médico contínuo, mesmo depois de muitos anos de cirurgia”, mas é importante a necessidade da necessidade médica. No caso, o paciente colocou as próteses aos 20 anos e, quase duas décadas depois, notou alterações na mama esquerda, como inchaço e acúmulo de líquidos. Os testes de imagem indicaram a necessidade de remover o implante, mas a biópsia revelou a presença de células malignas na membrana em torno da prótese. Quando ele chegou ao hospital, ele já teve uma lesão avançada, infiltrando músculos e ossos do peito. Apesar da cirurgia e do início da quimioterapia, o tumor retornou logo depois e se espalhou para o fígado e outros órgãos. Ela morreu em oito meses. “Este não é um câncer de mama tradicional, mas um tumor que nasce na cápsula que se forma em torno da prótese. É raro, agressivo e responde pouco à quimioterapia e radioterapia”, explica Oliveira Junior. Qual é a cápsula da prótese A cápsula é um tecido fibroso naturalmente criado pelo corpo sempre que um implante de silicone é inserido. Funciona como um filme de proteção que envolve a prótese. Na prática, é como se o corpo formasse um “pacote” ao redor do silicone, isolando -o do resto do corpo. Na grande maioria das mulheres, essa estrutura não gera problemas. Condição excepcionalmente rara O pesquisador ressalta que o BIA-SCC continua sendo uma condição muito rara, não relacionada a um tipo específico de silicone, cobertura ou técnica cirúrgica. A principal hipótese é que um processo inflamatório crônico na cápsula pode levar a alterações celulares capazes de originar o tumor. “O objetivo não é alarmar mulheres com próteses, mas alertar médicos e pacientes para obter sinais de alerta e a importância do diagnóstico precoce”, diz o médico. Como o acompanhamento deve ser as diretrizes de acompanhamento (FGA) recomenda o acompanhamento via ultrassom do quinto ano após a cirurgia para implementar próteses de silicone, seguidas de exames a cada dois anos. Nos casos de suspeita de ruptura ou contratura capsular, a ressonância magnética pode ser indicada. Os sinais que merecem investigação incluem: aumento anormal da mama. Vermelhidão persistente. Formação do nódulo. Presença de líquido em torno da prótese nos exames de imagem. Proposta para novo tratamento, além de registrar o caso brasileiro, o estudo propôs um novo protocolo cirúrgico e estadiamento para BIA-SCC. A análise de 17 casos descritos na literatura mostrou que a doença tem uma alta taxa de recorrência local, geralmente associada a cirurgias incompletas ou contaminação celular durante o procedimento. A recomendação do especialista é que a primeira cirurgia já seja realizada mais amplamente, com a remoção do bloco da prótese e da cápsula, garantindo a margem livre de tumores – ou seja, sem células cancerígenas no tecido circundante. Se isso não for alcançado inicialmente, o médico explica, uma nova cirurgia deve ser feita o mais rápido possível. O estudo também sugere que o estadiamento da doença leva em consideração os fatores até agora pouco considerados, como extravasação de fluidos da cápsula durante a cirurgia, o tipo de ressecção (parcial ou completa) e a ruptura da cápsula. Com esses critérios, os autores propõem um modelo adaptado ao comportamento específico do tumor, capaz de orientar tratamentos mais eficazes. “A padronização cirúrgica é fundamental para aumentar as chances de controle de doenças, pois a resposta às terapias convencionais é limitada”, reforça Oliveira Junior. Mulher sai correndo e cega após aplicação de silicone em seus seios



g1

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