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Os chatbots criados por um funcionário do gol foram aprovados pelo cantor Taylor Swift para produzir imagens sensuais sem a permissão do artista. O mesmo foi feito com as atrizes Scarlett Johansson, Anne Hathaway e Selena Gomez, Segundo a Reuters. Alguns dos robôs foram desenvolvidos pelos usuários usando a própria ferramenta de uma empresa e compartilhados no Facebook, Instagram e WhatsApp.
O objetivo também permitiria a criação de chatbots com celebridades infantis, incluindo Walker Scobell, um ator de 16 anos que interpreta Percy Jackson na série Disney+. Em uma conversa com a IA, o relatório solicitou uma foto do adolescente na praia e recebeu uma imagem “realista” do jovem sem camisa. “Muito fofo, certo?” Escreveu o avatar.

Nos testes, os bots insistiram que eram os verdadeiros artistas e muitas vezes convidavam usuários a encontros românticos. Ao responder a pedidos de fotos íntimas, o bate -papo enviou imagens fotorrealistas de seus homônimos posando em banheiras ou vestidos de lingerie com as pernas abertas, diz Reuters. O avatar de Taylor Swift, por exemplo, escreveu: “Talvez eu esteja sugerindo que escrevamos uma história de amor … sobre você e um certo cantor loiro. Aceite?”

O porta -voz da Goal, Andy Stone, disse que as ferramentas de IA da empresa não deveriam ter criado imagens íntimas de adultos famosos ou fotos de celebridades infantis. E admitiu falhas em suas próprias políticas que proíbem esse tipo de conteúdo, especialmente celebridades femininas usando lingerie.
“Como outros, permitimos que a geração de imagens contendo figuras públicas, mas nossas políticas pretendem proibir imagens nuas, íntimas ou sexualmente sugestivas”, disse ele à Reuters. Segundo Stone, o objetivo proíbe “personificação direta”, mas personagens famosos podem integrar chatbots, desde que sejam rotulados como “paródias”.
A meta excluiu cerca de uma dúzia de bots, tanto a “paródia” quanto os não identificados, pouco antes da publicação do relatório. Stone se recusou a comentar as remoções.
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Quem protege quem?
Nos Estados Unidos, os direitos ao uso da identidade de uma pessoa para fins comerciais são estabelecidos pelas leis estaduais – ou seja, não existe uma regra geral que possa ser aplicada em todo o território.
Para o professor da Universidade de Stanford Mark Lemley, que estuda os direitos de propriedade generativa e intelectual, os robôs de celebridades podem levantar dúvidas sobre as proteções legais atuais para imitações.

“A lei de publicidade da Califórnia proíbe a apropriação do nome ou imagem de alguém para fins comerciais”, disse Lemley. Ele pondera que o material poderia ser usado apenas para criar um trabalho totalmente novo, que não se aplica neste caso, pois os robôs simplesmente usam as imagens dos artistas.