Toda sexta -feiraao vivo, De 21h (para o tempo de Brasília), O programa Space Look vai ao arno Visual digital no YouTube. O episódio de última sexta -feira (29) (que você verifica aqui) repercussões os debates sobre o Composição do cometa 3i/atlas.
Na semana passada, um telescópio muito grande (VLT), uma instalação do Observatório da Europa do Sul (ESO) no Chile, detectou a presença de níquel atômico (o elemento em seu estado neutro, sem conexões), Sem sinais de ferroem 3i/atlas. Isso intrigou pesquisadores, pois esses dois metais geralmente aparecem juntos em cometas.
Essa lacuna serviu de base para suposições de uma possível origem alienígena do cometa. “Então veio a hipótese de que, porque eles têm muito níquel e não detectaram ferro, que esse objeto seria uma tecnologia extraterrestre, uma esfera de níquel para proteção de calor”, comentou ele Thiago Maiaastrofísico e embaixador da declaração climática mundial no Brasil no programa.
O astrofísico explicou que a presença de níquel atômico no comaA nuvem de moléculas ao redor do cometa é um fenômeno raro, mas não um sinal de tecnologia. Segundo ele, outros cometas do sistema solar e 2i/Borisov, o segundo objeto interestelar observado na história, já apresentou esse recurso.
Os pesquisadores que detectaram o elemento acreditam que as características químicas de 3i/atlas são o resultado de sua jornada pelo cosmos. A análise desses compostos pode revelar as propriedades de seu sistema de origem planetária e pelo qual os processos foram para o sistema solar.
As moléculas de níquel tetracarbonil podem ser a resposta
“A composição nos diz que o cometa pode ter vindo de um região mais friarico em monóxido de carbono, que prendeu níquel ”, disse o físico. Essa“ prisão ”de níquel pode ter ocorrido no formato das moléculas de níquel tetracarbonilque têm um átomo de níquel no centro, cercado por ligações de monóxido de carbono.
Essas moléculas são altamente instáveis quando expostas à luz ultravioleta, quebrando e liberando facilmente o níquel atômico e o monóxido de carbono, o que explicaria a presença dos dois compostos no cometa sem a necessidade de ferro.
Para Marcelo Zuritaastrônomo e apresentador do Olhar espacialA especulação da ausência de ferro pode ser descartada após análises futuras. “Não é que não haja ferro, pode não ter evaporado ainda para ser detectado”, disse o astrônomo.

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Além da presença de níquel atômico, as análises 3i/atlas revelaram uma proporção maior de dióxido de carbono Em relação à água, uma configuração rara nos cometas. De acordo com a equipe que fez a detecção, isso também pode ser um dado sobre a origem desse objeto intergalático. Nesse caso, os dados foram coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST).
Maia explicou que essa abundância tem influência onde estava o cometa quando JWST a examinou: para 3,3 unidades astronômicas (distância da terra ao sol) do sol. Quando ele se aproxima, os astrônomos esperam outros resultados. “Não há necessidade de entrar em pânico, mais água ainda aparecerá”, disse o físico.
Segundo o especialista, isso reforça a origem em um sistema planetário frio, onde o CO2 pode ser congelado na forma de gelo seco. Isso não seria um sinal de tecnologia alienígena ou uma única configuração, já tendo sido observado nos cometas C/2016 R2 e W/2024 E1.

Se 3i/atlas fossem uma esfera de níquel, o especialista explicou que não seria possível detectar o elemento em seu estado neutro, como o VLT fez. Além disso, esse “navio” não resistiria às altas temperaturas readadas na atmosfera da Terra.
“Você não precisa se esconder debaixo da cama por causa desse cometa. Se fosse realmente uma civilização inteligente que o fez, nunca usaria níquel para revestimento”, concluiu Maia.