A entrega de alimentos, uma vez restrita a grandes centros urbanos, está prestes a alcançar aqueles que vivem em lugares mais distantes. Uma startup norueguesa, Aviant, está na vanguarda desta revolução, usando drones para trazer refeições frescas para ilhas e regiões que anteriormente não tinham acesso a esse serviço.
O BBC News no relatório de Marylou CostaEle destaca como a Escandinávia, com centenas de milhares de ilhas, se tornou o ponto de partida para essa inovação.
Entrega de drones: a solução para áreas isoladas
Para aqueles que vivem em arquipélagos e áreas mais remotas, a entrega de alimentos quentes é um sonho distante. O Aviant norueguês quer mudar isso, começando com a ilha de Värmdö, na Suécia.
- Faixa: A Aviant pretende comunidades como Värmdö e Nesodden, na Noruega, que, embora próximas às grandes cidades, são difíceis de servir de carro ou motocicleta.
- Economia: O custo da entrega de drones é semelhante ao dos carros, pois elimina o custo do motorista, tornando o serviço mais viável.
- Tecnologia: Os drones podem voar por até 10 minutos, cobrindo um raio de 10 km, com recipientes isolados que garantem a temperatura dos alimentos.
- Repercussão: A notícia causou alvoroço, com pessoas descrevendo a chegada de drones como um “Evni entregando a comida”.
Um mercado inexplorado para entrega
Lars Erik Fagrenæs, CEO da Aviant, aponta para mapas que mostram grandes áreas na Escandinávia sem cobertura dos serviços de entrega tradicionais. “Existem 87.000 pessoas sem acesso a um serviço de entrega”, ele explica sobre as ilhas perto de Estocolmo. Na Península Nesodden, na Noruega, existem cerca de 100 mil.
Desde fevereiro, os moradores de Värmdö, na Suécia, já podem pedir hambúrgueres de hambúrgueres bastardos via drone. Embora ainda na fase de teste (entregando 10 itens por semana), a empresa planeja expandir o serviço. Fagrenæs vê um grande potencial na Escandinávia, com 40 bases de expansão identificadas nos próximos dois anos e mercados promissores no Canadá e nordeste dos Estados Unidos.

Desafios e o futuro da entrega de ar
Apesar do entusiasmo, o caminho para a entrega dos drones não está totalmente livre de obstáculos. Fagrenæs admite que ventos fortes ocasionalmente soltam os drones, mas o serviço deve trabalhar 90% do tempo.
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Empresas como British Skyports e alemão também exploraram a entrega de drones em áreas remotas. Skyports, por exemplo, até entregou o almoço escolar para as ilhas Orkney, na Escócia. No entanto, a viabilidade comercial sem apoio do governo ou grandes parceiros ainda é um desafio. Distâncias e baixa densidade populacional tornam os custos proibitivos.

No entanto, a Skyports encontrou uma solução ao fazer parceria com o Mail British nas Ilhas Orkney. A idéia é tirar proveito dos drones que já entregam correspondência para também transportar alimentos. Alex Brown, diretor da Skyports, acredita que, com o uso otimizado de drones, será possível reduzir custos e expandir o serviço a todos os residentes.
Segurança é outra preocupação. No Reino Unido, por exemplo, os operadores de drones precisam de autorização especial para o espaço aéreo, evitando colisões. Brown diz que o governo britânico está cada vez mais aberto e incentiva o setor, o que pode facilitar a expansão da entrega dos drones em um futuro próximo.