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terça-feira, setembro 16, 2025

Petrobras pode voltar à distribuição de gás de cozinha: botijão vai ficar mais barato? Veja perguntas e respostas

EconomiaPetrobras pode voltar à distribuição de gás de cozinha: botijão vai ficar mais barato? Veja perguntas e respostas




Descubra a maneira correta de armazenar e instalar gás de cozinha em agosto, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o retorno do estado ao mercado de distribuição de gás petrolífero liquefeito (GLP), mais conhecido como gás ou cilindro. Como parte de seu plano estratégico, a empresa de propriedade do Estado planeja integrar essa operação com outras empresas no Brasil e no exterior, além de oferecer soluções de baixo carbono para os clientes. Asse o aplicativo G1 para ver as notícias reais e gratuitas hoje, a Petrobras produz LPG, mas a revenda é feita por distribuidores privados. A empresa deixou esse mercado durante o governo Jair Bolsonaro (PL), quando vendeu a operação Liquigás. Ainda não está definido se a Petrobras retornar com venda direta ao consumidor – incluindo cilindros – ou atuará apenas como distribuidor, competindo com empresas privadas que hoje compram o gás do estado para revender. O G1 preparou seis perguntas e respostas para entender os planos da empresa e os possíveis impactos no preço do gás de cozinha. 1. Por que a Petrobras quer retornar ao mercado de distribuição de gás? De acordo com uma declaração oficial, a Petrobras procura “trabalhar em empresas lucrativas e em parcerias em atividades de distribuição, respeitando as disposições contratuais de acordo”. A Companhia apontou que a inclusão dessa medida em seu plano estratégico ainda está na fase inicial, tratada como algo “embrionário” e em estudo. Coincidência ou não, a decisão surge em um momento em que o governo federal – o acionista que controla o estado – mostrou insatisfação com o valor do cilindro no país. Em maio, durante a inauguração de uma obra de transposição do rio São Francisco, em paraíba, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) criticou os preços do gás. “A Petrobras envia gás de cozinha a US $ 37. Quando chegar aqui, é de US $ 110, US $ 120, em alguns estados de até US $ 140. E posso dizer que está errado. Você não pode pagar US $ 140 por algo que custa US $ 37 em Petrobras. Ele é verdade que existe o custo do transporte, mas não precisa ser tanto”, disse ele. Para o estrategista Max Bohm, da Nomos Investimentos, a decisão causa preocupação no mercado porque é interpretada como “um passo político, mais do que econômico”. “A primeira reação é negativa, porque a Petrobras deve se concentrar em negócios mais lucrativos, como o pré-sal. Essa retomada gera medo de que as decisões estratégicas da empresa tenham peso político, algo que já danificou o estado na gerência anterior”, afirmou. 2. Como já foi o desempenho da Petrobras na distribuição de gás? Até 2020, a Petrobras participou da distribuição de gás de cozinha através de liquigas e combustíveis líquidos por BR Distribuidora (hoje Vibra). O Liquigás – responsável pela irritação, distribuição e marketing de GLP em todo o país – foi privatizado por cerca de US $ 4 bilhões. O consórcio do comprador foi formado por Copagaz, Itaúsa e Gas Nacional. Na época, o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, justificou a venda de Licigás como parte da estratégia de reduzir a dívida e focar os esforços na exploração e produção de óleos profundos e ultra -evidências. Embora fosse lucrativo, a distribuição de gás gerou retornos mais baixos do que a exploração para a Petrobras. Esperava-se que o pré-sal gerasse lucros muito mais altos com o mesmo nível de investimento, explica Bruno Benassi, de Monte Bravo. “A estratégia teve como objetivo liberar dinheiro para áreas mais promissoras. Hoje, retornar a esse mercado parece contraditório, pois os fundamentos não mudaram. O que muda é a pressão política para reduzir os preços dos consumidores”, disse ele. O Liquigás estava presente em todos os estados, com 23 centros operacionais, cerca de 4.800 revendedores autorizados e 21,4% de participação de mercado – que foi um em cada cinco cilindros vendidos. Na época, o mercado considerou o negócio positivo para a Copagaz e a Petrobras, que procurou acelerar seu programa de desinvestimento e se concentrar na produção de petróleo. Além disso, a venda de Licigás fazia parte do Programa de Privatização do Governo de Bolsonaro, focada na redução da participação do Estado em empresas públicas. Playback do cilindro a gás / RBS TV 3. O cilindro pode ficar mais barato? Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais e Pesquisas (IBEPs), acredita que os preços podem diminuir. Ele até discorda da análise majoritária no mercado de que a distribuição do GLP teria margens mais estreitas. O especialista cita um estudo da empresa de pesquisa de energia (EPE) que revela que, entre 2020 e 2023, as margens líquidas dos distribuidores de gás de cozinha cresceram 188%, bem acima da inflação. “Com o retorno de Petrobras, há espaço para reduzir as margens e trazer alívio ao consumidor. Mas depende se o estado priorizará os resultados financeiros ou o bem-estar econômico”, disse ele. Por outro lado, Benassi, de Monte Bravo, pondera que é possível reduzir o preço final, mas isso afetaria diretamente a lucratividade da empresa. “Quanto menor o preço do cilindro, menor a margem da operação. A equação não é simples: reduzir os preços pode agradar os consumidores, mas compromete o retorno do investimento”, diz ele. Em um relatório divulgado logo após o anúncio da Petrobras, os analistas do Citi afirmaram que o retorno da empresa ao mercado de GLP é viável, mas deve ocorrer gradualmente e caro. O cenário mais provável seria comprar a vibração ou outro distribuidor relevante. Vale lembrar que a empresa também foi vendida pela Petrobras em 2019. Mas existem barreiras contratuais – como a licença de marca BR concedida à VIBRA e à cláusula de não -competição até 2029 – o que limitaria a velocidade com que a Petrobras poderia retomar completamente suas operações no setor de gás de cozimento. Segundo o Citi, essa iniciativa exigiria um desembolso estimado de US $ 7 bilhões (aproximadamente R $ 38 bilhões), um alto investimento mesmo para o estado. 4. Como o preço do cilindro de gás é formado? Atualmente, o preço médio de 13 kg de cilindro no Brasil é de R $ 107,49, atingindo R $ 109,97 em São Paulo, de acordo com uma pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizada entre 3 e 9 de agosto. Além do custo de produção, o preço inclui impostos e distribuição e margens de lucro de revenda. Veja abaixo. 13kg de composição de preços de cilindro de gás de Art/G1 De acordo com os dados da ANP, em 2022, quatro empresas concentraram 88,3% do mercado de distribuição de GLP no Brasil. A Copa da Energia liderou o setor com 23,81% de participação; Ultragaz ocupou a segunda posição, com 22,51%; O gás nacional foi o terceiro, com 21,55%; e Supergasbras, em quarto lugar com 21,02%. 5. O que diz o setor de distribuição de GLP? O anúncio de Petrobras surpreendeu os distribuidores e os revendedores de gás, mas, de acordo com a União Nacional dos Distribuidores de Gás Petróleo Liquefeito (Sindigás), não representa uma ameaça significativa à concorrência no setor. “Qualquer novo participante que se submete às mesmas regras de mercado é bem -vindo. O período em que o Licigás fazia parte do setor foi considerado saudável para todos”, diz o presidente da União, Sérgio Bandeira de Mello. No entanto, ele acredita que a entrada de Petrobras provavelmente terá um impacto limitado na concorrência ou nos preços. De acordo com a Bandeira, a principal maneira de reduzir custos é aumentar a eficiência logística, por exemplo: otimizar as rotas de entrega; Use georreferenciamento e telemetria para planejar suprimentos; Invista em inovação. 6. Como a entrada da Petrobras pode afetar a competitividade? Sérgio Bandeira ressalta que, apesar da concentração, o setor permanece competitivo para os novos participantes. “Qualquer novo agente altera a dinâmica do mercado. A disputa é semelhante à água mineral ou refrigerantes, com uma forte luta por pontos de venda e espaço”, diz o analista. Ilan Arbetman, de investimentos ativos, acrescenta que o efeito na concorrência dependerá do modelo de ação que a Petrobras escolhe. “Se ela voltar apenas como distribuidora, deve contestar as margens de concorrentes privados. Mas se ele avançar para dirigir a venda ao consumidor, com sua própria frota e pontos de revenda, ele poderá mudar radicalmente o mercado”, disse ele. Edifício da sede da Petrobras, no centro do rio Marcos Serra Lima/G1



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