A empresa cobra ação dos governos latino -americanos para garantir a presença da região no mapa global da inteligência artificial

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A inteligência artificial (IA) tornou -se um pilar estratégico do desenvolvimento econômico e tecnológico global, mas seu avanço depende de um recurso ainda concentrado: poder computacional.
Para a Nvidia, para garantir a soberania da IA - ou seja, a capacidade de desenvolver e usar a tecnologia sem depender da infraestrutura estrangeira – é essencial para os países garantirem sua autonomia digital.
Segundo pesquisas da Universidade de Oxford, apenas 32 países têm data centers de escala suficientes para apoiar projetos avançados de IA.
Atualmente, 90% desses centros estão nos Estados Unidos ou na China, o que aumenta a necessidade de investimento em infraestrutura local para equilibrar o acesso à tecnologia.

A importância de ter data centers avançados
- Marcio Aguiar, diretor da Nvidia na América Latina, compara o poder computacional a recursos estratégicos, como água ou energia.
- “Aqueles que controlam esse recurso definem onde a IA é treinada sob a qual leis, idiomas e interesses”, diz Aguiar.
- Ele ressalta que o investimento em data centers locais gera retorno direto ao ecossistema tecnológico de cada país.
O Brasil tem orçamento, mas não tem urgência
No Brasil, o Plano Nacional da AI prevê R $ 20 bilhões em investimentos até 2030, mas é necessário acelerar a execução e usar vantagens como energia renovável e amplo território para liderar a América Latina como um centro computacional.
O México e o Chile também se destacam: o primeiro atrai investimentos pela posição geográfica; o segundo, por sua matriz de energia limpa e estabilidade regulatória.

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A Nvidia defende políticas públicas e acordos comerciais que permitem a circulação global de sua tecnologia, sem barreiras que favorecem apenas grandes poderes.
Para a empresa, é essencial evitar a nova exclusão digital, onde apenas alguns países concentram o controle da IA e seus impactos econômicos, sociais e culturais.
“A IA não pode ser um monopólio de poucos. Precisa nascer em vários contextos para beneficiar o mundo inteiro. Isso não é apenas tecnologia – é sobre o futuro das nações”, conclui Aguiar.


Colaboração para a aparência digital
Leandro Criscuolo é um jornalista se formou no Cásper Líbero College. Ele trabalhou como redator, analista de marketing digital e gerente de redes sociais. Atualmente, ele escreve para a aparência digital.