De acordo com os investigadores, ele é um funcionário de uma empresa terceirizada do banco central e deu acesso à sua máquina ao sistema confidencial do banco a hackers que fizeram o ataque. A Polícia Civil de São Paulo prendeu na quinta -feira (3) Um homem suspeito de envolvimento no ataque de hacker que desviou milhões de reais de uma empresa que fornece serviços ao Banco Central (BC). Veja abaixo do momento da prisão. As prisões pela polícia civil em suspeita de SP envolvidas no ataque contra o banco central que o suspeito foi preso na noite de quinta -feira (3) e, de acordo com os investigadores do Departamento de Investigações Criminais (Deic), ele é um funcionário de um banco central terceirizado que deu acesso à sua máquina ao sistema confidencial do banco aos hackers que fizeram o ataque. Ele confirmou informalmente à polícia que entregou a senha a terceiros depois de ser contatada em um bar e seduzido a vender uma senha de software C&M (CMSW) – uma empresa de tecnologia que conecta bancos menores aos sistemas BC Pix – por US $ 5.000. O ataque cibernético que afetou pelo menos seis instituições financeiras causou alvoroço no mercado financeiro na quarta -feira (2). O ataque de ataque é um dos mais graves já registrados no Brasil, de acordo com o Banco Central, a C&M relatou um ataque à sua infraestrutura. Segundo a empresa, os criminosos usavam credenciais como senhas de seus clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Isso permitiu acesso inadequado a informações e contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC ainda não relatou o nome de todas as instituições afetadas. Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas as fontes da TV Globo estimam que o valor pode atingir US $ 800 milhões. A polícia civil mantém o SP suspeito de ataque de hacker ao sistema que conecta bancos ao pix abaixo, veja o que é conhecido e o que ainda está faltando sobre o ataque de hackers. O que o software C&M faz? O que aconteceu? Quem foi afetado? Como esse ataque aconteceu? Qual foi o impacto do ataque? Esse tipo de ataque é comum no Brasil? O que deve acontecer agora? O que o software C&M faz? A C&M Software é uma empresa brasileira de tecnologia da informação (TI) focada no mercado financeiro. Entre os serviços prestados pela Companhia está a conectividade com o Banco Central e a integração com o Sistema de Pagamento Brasileiro (SBP). Na prática, isso significa que a empresa atua como uma ponte para que as instituições financeiras menores possam se conectar aos sistemas BC e executar operações – como o PIX, por exemplo. A empresa possui desempenho nacional e internacional e foi aprovada pelo BC para esta função desde 2001. Atualmente, oito outras empresas também são aprovadas no país. Retornar ao índice. O que aconteceu? O software C&M relatou ao banco central um ataque às suas infraestruturas digitais. O incidente permitiu acesso inadequado a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras conectadas à empresa. Contas de reserva são contas que os bancos e as instituições financeiras mantêm no BC. Essas contas atuam como uma conta corrente e são usadas para processar os movimentos financeiros das instituições. Essas contas ainda servem como um recurso de recursos que os bancos precisam manter no BC para garantir que cumpram suas obrigações financeiras. Eles também trabalham para que as empresas possam participar de operações com o próprio BC – como empréstimos de liquidez, títulos do governo e depósitos obrigatórios (valores obrigatórios mantidos pelos bancos no BC). Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas as fontes da TV Globo estimam que o valor pode atingir US $ 800 milhões. Retornar ao índice. Quem foi afetado? O BC ainda não relatou o nome de todas as instituições afetadas. Um dos conhecidos é a BMP, uma empresa que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais e é um cliente do software C&M. O BMP foi quem emitiu uma nota sobre o incidente. “O incidente de segurança cibernética comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu que a má conduta reserve contas de seis instituições financeiras, incluindo o BMP”, diz a nota da empresa. O jornal “Valor Econônico” indicou que Credsystem e Banco Paulista também estavam entre as instituições afetadas. Retornar ao índice. Como esse ataque aconteceu? A C&M Software (CMSW) informou que os criminosos usaram as credenciais de clientes mal utilizadas para acessar seus sistemas e serviços de maneira fraudulenta. Com isso, eles tiveram acesso às contas de reserva de instituições financeiras e possivelmente a outras informações. Esse ataque é conhecido pelo mercado como um ataque da cadeia de suprimentos. Nele, os invasores acessam sistemas de terceiros usando credenciais (como senhas) privilegiadas para executar operações financeiras. “Os criminosos exploraram a confiança estabelecida entre os bancos e seus fornecedores para se infiltrar indiretamente no ecossistema financeiro”, explica Hiago Kin, presidente do Instituto Brasileiro de Resposta a Incidentes Cibernéticos (IBRINC). De acordo com Micaella Ribeiro, especialista em identidades e acessos de Iam Brasil, o ataque ocorreu em várias fases. Banco Central do Brasil (BC). Adriano Machado/ Reuters Fase 1: Compromisso de acesso De acordo com Ribeiro, o compromisso do acesso ao CMSW provavelmente aconteceu por meio de engenharia social com funcionários ou suporte técnico, no qual foi induzida a instalação de software de acesso remoto ou entrega de credenciais. Engenharia social é quando os criminosos usam influência ou persuasão para manipular as vítimas para revelar senhas ou instalar aplicativos maliciosos. Fase 2: Persistência e reconhecimento interno O especialista explica que os atacantes exploraram o ambiente comprometido, coletando usuários, senhas, estruturas do sistema e acesso ao acesso com comandos automatizados, mas ainda sem gerar alarmes. Fase 3: Exploração de sistemas de produção Com os acessos certos, os criminosos teriam obtido a entrada administrativa em sistemas financeiros sensíveis, especialmente contas de liquidação, contas de reserva ou ambientes com permissões de movimento. Fase 4: execução rápida e monetização As transações foram realizadas de maneira rápida e externa. Além disso, diz o especialista, os valores provavelmente serem convertidos em criptografia (ativos digitais criptografados) e redistribuídos. “Esse movimento foi feito por vários agentes, indicando um ecossistema criminal estruturado”, diz Micaella Ribeiro. Retornar ao índice. Qual foi o impacto do ataque? Embora as instituições indiquem que não houve danos às contas e informações de seus clientes, os especialistas alertam sobre impactos significativos no próprio sistema financeiro. Além da perda financeira estimada de R $ 800 milhões, o especialista em identidades Micaella Ribeiro também destaca três tipos de impacto: reputação, com a exposição de empresas que usam sistemas de software C&M (CMSW); Sistêmico, que acendeu um aviso por falhas no gerenciamento do acesso privilegiado e à segurança da cadeia de suprimentos; Operacional, que destacou a “necessidade urgente” de revisão dos acessos. Retornar ao índice. Esse tipo de ataque é comum no Brasil? Segundo Hiago Kin, esse tipo de crime, em larga escala, geralmente ocorre duas ou três vezes por ano. “Geralmente, os casos são abafados pelas instituições porque decidem absorver os danos e interromper as informações sob investigação”, diz ele. Segundo ele, desta vez, a repercussão foi maior porque mais de uma instituição foi afetada. “Geralmente, essas instituições têm seguro cibernético milionário que o cobre”, acrescenta. Retornar ao índice. O que deve acontecer agora? Após o incidente, na quarta -feira, o BC disse que determinou a demissão de acesso a instituições financeiras afetadas às infraestruturas operadas pela CMSW (C&M Software). Essa suspensão de precaução imposta pelo BC à empresa foi substituída por uma suspensão parcial na quinta -feira (3). “A decisão foi tomada depois que a empresa adotou medidas para mitigar a possibilidade de novos incidentes”, disse o BC. Micaella Ribeiro, do IAM Brasil, acredita que o incidente também deve atrair atenção dos reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que seguem o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. Entenda o ataque de hackers que afetou as instituições financeiras do ART G1 de volta ao índice. O que se sabe sobre o ataque de hackers à empresa que conecta bancos ao pix
g1