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terça-feira, julho 29, 2025

Ações do Nubank se recuperam e abrem em alta após queda ligada a imposto

NotíciasAções do Nubank se recuperam e abrem em alta após queda ligada a imposto


As ações da Nubank (ROXO34) abriram 0,81% na sexta -feira (13), citadas em R $ 11,25, após uma queda de mais de 5% na sessão de negociação anterior. O movimento ocorre em meio à repercussão do anúncio do governo federal de aumentar a taxa de contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) para instituições financeiras – uma medida que causou reações divergentes no setor e afetou diretamente o desempenho dos fintechs no mercado de ações.

O retiro nos documentos no dia anterior foi atribuído ao impacto negativo da medida provisória (MP) 1.303/2025, que propõe a reformulação das taxas de CSLL. A proposta do Ministério das Finanças é vista como uma maneira de “equalizar” a carga tributária entre os “bancos” e fintechs, de acordo com o ministro Fernando Haddad. No entanto, representantes de empresas de tecnologia financeira, como Nubank, argumentam que a realidade é diferente daquela narrada pelo governo.

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O que a nova medida provisória diz

O lucro de Nubank excede as expectativas e ações
Imagem: Divulgação Nubank

Entenda as mudanças no CSLL

A MP 1.303/2025 visa compensar a revogação de um decreto do Presidente Luiz Inacio Lula da Silva que aumentaria o imposto sobre operações financeiras (IOF). Como forma de equilibrar as contas públicas, o governo optou por aumentar as taxas de CSLL para algumas categorias de sistemas financeiros.

Na prática, a proposta apaga a taxa mais baixa de 9%e fixa novos níveis:

  • 15% para seguradoras, instituições de pagamento, casas de intercâmbio e empresas de crédito imobiliário;
  • 20% Para bancos de qualquer tipo e crédito, financiamento e empresas de investimento.

A medida ainda precisa ser avaliada por um comitê misto do Congresso Nacional, que ainda não foi formado. Deve então votar no plenário da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Reação Nubank e setor de fintech

A empresa disputa a narrativa do governo e mostra números

Em uma nota divulgada na quinta -feira (12), o Nubank questionou a justificativa apresentada pelo governo pelo reajuste das taxas. A Fintech argumenta que, ao contrário do que foi dito, paga mais impostos efetivamente do que muitas instituições tradicionais.

“De acordo com as declarações consolidadas das instituições financeiras, a taxa efetiva de Nubank em 2024 foi 29,4%enquanto o de algumas das maiores instituições tradicionais estava entre 4,7% e 17,3%“, Disse a empresa.

A Fintech também ressalta que o sistema tributário brasileiro é complexo e que a comparação de taxas nominais pode não refletir a carga tributária real das instituições.

“É necessário analisar a realidade integral do cenário fiscal brasileiro, incluindo o IRPJ e as estruturas de isenções e compensações adotadas pelos bancos tradicionais”, reforça a declaração.

Impacto no mercado e avaliação de analistas

De acordo com o relatório da ITAU BBA, a nova proposta pode afetar significativamente os lucros de fintechs e instituições financeiras menores. A análise estima que, se o texto for aprovado como for, os impactos serão os seguintes:

  • B3: Caindo até 7% no lucro
  • Nubank: recuar até 6%
  • PAGSEGURO: 4% de impacto
  • Pedra: Redução de 3%

Os analistas consideraram, no entanto, que o projeto ainda está sujeito a mudanças no Congresso e que o impacto final dependerá da versão aprovada.

A descarga de ações nesta sexta -feira: reflexão da oportunidade

Ações nubank
Imagem: Freepik/ Edição: Seu crédito digital

A apreciação das ações de Nubank na sexta -feira reflete uma reação natural do mercado após a forte desvalorização do dia anterior. Segundo os especialistas, os investidores aproveitaram o “desconto” chamado em documentos para comprar ações bancárias digitais, acreditando em uma possível reversão da tendência negativa ou uma moderação do texto da medida provisória.

Além disso, a transparência de Nubank divulgando sua carga tributária eficaz pode ter contribuído para acalmar os espíritos e reforçar a imagem da empresa como uma organização financeiramente sólida e transparente com o mercado.

Próximos passos: o processamento político será decisivo

O Congresso definirá o futuro da medida

A medida provisória 1.303/2025 será agora analisada por uma Comissão Conjunta no Congresso Nacional. O cenário político é incerto, e a resistência dos setores econômicos e parlamentares ligados ao setor financeiro pode influenciar as mudanças no texto original.

Os procedimentos podem ser monitorados de perto por investidores e empresas, pois qualquer alteração pode afetar diretamente os resultados financeiros de várias empresas listadas na bolsa de valores.

O governo, por sua vez, argumenta que a medida é necessária para corrigir distorções e aumentar a coleta sem aumentar formalmente a carga tributária. No entanto, os críticos indicam que a proposta, visando diretamente em fintechs e instituições de pagamento, pode minar a competitividade e a inovação no setor financeiro.

Imagem: Divulgação/ Nubank



Fonte Seu Crédito Digital

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