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segunda-feira, julho 21, 2025

Dentro do Sick ‘Child Fight Clubs’, onde as gangues atraem adolescentes para brigas de rua selvagem por dinheiro e deixar crianças mortas ou mutiladas

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Nas ruas do Brasil, crianças de 11 anos são confrontadas entre si em brigas doentes por dinheiro e entretenimento.

A Operação Final Fight – nomeada após o clássico videogame de luta de rua dos anos 90 – revelou um submundo sombrio onde as gangues atraem crianças para brigas brutais e não regulamentadas.

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Crianças de até 11 anos foram espancadas por entretenimento e dinheiro em vários estados brasileiros
Prisões de suspeitos promovendo brigas de adolescentes transmitidas nas mídias sociais.

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As lutas foram realizadas em quadrados públicos com espectadores fazendo apostas com dinheiro real
Anúncio do Clube de Fight: dois rostos turva de lutadores, luvas de boxe e detalhes de localização.

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Os bandidos atraíram menores através das mídias sociais para as brutais lutas não regulamentadas, que mais tarde seriam transmitidas onlineCrédito: G1.globo.com

O chefe de polícia Leonardo Soares – que liderou a investigação sobre a mania selvagem que varre o Brasil – disse que as crianças foram mortas ou gravemente feridas.

Falando exclusivamente ao sol, ele disse: “Isso surgiu em vários estados brasileiros, e as vítimas foram crianças e adolescentes.

“As brigas são tão agressivas que levaram à morte de um adolescente.

“Outros adolescentes também se tornaram paraplégicos”.

Soares disse que sua investigação começou depois que as autoridades viram vídeos circulando on -line – combinados com dicas de pais preocupados e fontes anônimas.

As vítimas, principalmente de 11 a 17 anos, eram frequentemente recrutadas via mídia social ou por boca a boca em suas comunidades, revelaram Soares.

Ele disse: “A princípio, a criança foi atraída por lutar para ganhar status social nessa comunidade, querendo ser popular”.

Mas as apostas eram muito mais sinistras do que os egos machucados ou a fama do playground.

Soares confirmou que os policiais descobriram evidências de apostas que estão sendo feitas nas brigas.

E em um caso horrível, uma menina de 13 anos foi oferecida como um “prêmio”.

Mamãe de três, 31, morta e despejada em rio infestado por piranha por ex com corpo ainda desaparecido no Brasil

“Ela estava sendo exibida como um prêmio nessas brigas, sendo tratado como um objeto sexual”, disse Soares.

A menina foi descoberta durante uma operação policial na casa de um suspeito em Boa Vista, onde as autoridades confirmaram que ele estava em um relacionamento sexual com ela, Globo relatado.

O promotor José Rocha Neto disse: “Estes são crimes graves.

“Vários crimes criminais são possíveis … eles podem incluir corrupção de menores, danos corporais, tortura, estupro de uma pessoa vulnerável, entre outros”.

Os policiais também descobriram que as lutas haviam sido organizadas e promovidas nas mídias sociais – onde os clipes acumularam mais de 135.000 visualizações e uma inundação de comentários e ações.

As lutas, realizadas em quadrados públicos em Boa Vista, apresentavam adolescentes usando luvas de boxe, enquanto os espectadores fizeram apostas com dinheiro real.

Soares confirmou que as brigas organizadas foram descobertas em Roraima, São Paulo, Santa Catarina, Goias, Ceara e o Distrito Federal.

“Esse crime está sendo desenfreado de norte a sul no país”, disse ele.

“Foi um fenômeno social … influenciado pela Internet e também por filmes.

“Houve aquele clube de luta de cinema, que teve essa influência que os jovens estavam tentando copiar”.

O inspetor -chefe Marcos Lázaro disse a Globo: “Embora a investigação tenha sido relativamente curta, o uso extensivo das mídias sociais pelos criminosos nos permitiu reunir evidências concretas e cumprir mandados.

“Eles operaram de maneira estruturada, usando perfis falsos para enganar e atrair adolescentes”.

Dois suspeitos, de 20 e 31 anos, foram presos durante a operação de meses.

Policiais em Roraima, Brasil, em pé com indivíduos detidos.

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A polícia prendeu dois suspeitos, de 20 e 31 anos, em Boa Vista durante a operaçãoCrédito: Polícia Civil de Roraima/Divulgação
Imagem embaçada de um grande grupo de pessoas.

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A luta selvagem também foi vista nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Goias, Ceara e o Distrito FederalCrédito: Jornal Nacional/ Reprodução
Dois adolescentes brigando enquanto uma multidão assiste.

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Policiais dizem que o número de vítimas está em ascensão enquanto continuam sua investigação

Lázaro acrescentou: “Ainda não sabemos exatamente o quanto essas gangues estão ganhando em termos de lucro, mas poderíamos estar falando sobre milhares de reais brasileiros”.

A polícia agora está analisando telefones celulares apreendidos para descobrir toda a extensão dos lucros e tráfico.

Os vídeos obtidos pela polícia mostram adolescentes trocando socos em um campo de futebol em Fortaleza, Ceara e em espaços públicos em todo o Brasil.

Em um caso, dois meninos de luvas lutaram até que um desabou no chão.

Os sinais também apontam para o envolvimento potencial das facções criminais mais poderosas do Brasil.

Soares disse: “Estamos começando a ver sinais de que esses organizadores têm alguma afiliação com grandes facções como o PCC ou Comando Vermelho.

“Testemunhas estão recebendo ameaças, com criminosos indo para as casas dessas famílias se a criança disser alguma coisa”.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) são duas das organizações criminosas mais poderosas e notórias do Brasil.

Ambos os grupos se originaram no sistema penitenciário e cresceram em redes que dominam grandes partes do comércio de drogas do país e as atividades criminais organizadas.

‘Não é um esporte, é abuso’

Após a operação policial, Soares disse que os esforços de conscientização pública têm sido fundamentais para conter a propagação em seu próprio estado de Roraima, no norte.

Ele disse: “Nossa operação tinha repercussões nacionais. Alguns pensaram que era um esporte, mas não era um esporte – era uma luta sem técnica, causando danos físicos e psicológicos a aquela criança ou adolescente”.

Graças à repressão, Soares disse: “Essas brigas cessaram sem nenhum dano grave a adolescentes ou crianças, como aconteceu em outros estados”.

A fundição da ONG brasileira Abrinq, que defende os direitos das crianças e promove seu bem-estar, disse ao Sun que está ciente dos clubes de luta ilegal, mas não estão diretamente envolvidos na investigação.

Um porta -voz disse ao The Sun: “Esta é uma situação extremamente séria que causa profunda indignação.

“A fundição Abrinq não está diretamente envolvida no caso mencionado.

“No entanto, enfatizamos que todas as formas de violência contra crianças e adolescentes são crimes sob a lei brasileira e devem ser relatados por meio de canais oficiais, como disco 100 ou a delegacia mais próxima”.

Dezenas de vítimas de crianças foram identificadas até agora – mas esse número deve crescer.

Soares disse: “Esse número ainda pode subir. Até continuaremos essa investigação, talvez até com uma segunda fase”.

Com mais evidências ainda a serem descobertas, a escala da rede – e os danos causados – podem estar apenas chegando à luz.



The Sun

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