Projeto de Anistia: a oposição toca todas as fichas, Motta diz que não há definição diante do avanço das juntas no Congresso Nacional para aprovar um projeto de anistia que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o PT e outras entidades de esquerda decidiram iniciar uma mobilização contra o projeto. A campanha contará com publicações sobre o assunto nas redes sociais e exige que a militância vá às ruas em 7 de setembro para protestar contra a medida. Um dos alvos será o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (republicanos), que está comprometido com os movimentos para convencer o prefeito, o deputado federal Hugo Motta (republicanos-PB), a orientar a anistia. O PT quer colar em Tarcisio, o Pecha de não ser apreciado pela democracia e pensa como o de Jair Bolsonaro. Outro político que deve ser alvo é o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente dos progressistas, um partido que decidiu conseguir o governo Lula nesta semana. O governo não deve lidar com o assunto em materiais oficiais ou com as celebrações. A avaliação no platô é que esta é uma tarefa de militância e parlamentares de esquerda. O desfile oficial de 7 de setembro continuará se concentrando na defesa da soberania. Lula registra uma votação para eleger um novo presidente do Partido dos Trabalhadores. Reprodução/ Pt Planalto avalia que essa agenda deve ser enfrentada em discursos e agir com o Congresso, porque é a defesa da democracia. O presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) disse na quinta -feira (4), durante um discurso em uma favela em Belo Horizonte, que se o Congresso votar pela anistia, existe um risco de aprovação. “O Congresso, você sabe, não é um congresso eleito pela periferia. O Congresso ajudou o governo, o governo aprovou quase tudo o que queria, mas a extrema direita tem muita força. É uma batalha que deve ser feita pelo povo”, disse Lula. Até então, Lula evitava lidar com o assunto. A declaração em Minas Gerais foi vista no PT como o primeiro efeito da decisão do partido de mobilizar a militância para o assunto. Os ministros próximos a Lula dizem que, se o Congresso aproveitar uma anistia irrestrita, o presidente vetará o texto. Um assistente próximo ao presidente afirma que isso seria um “presente histórico”, porque Lula daria o argumento de ser um defensor da democracia em oposição a Tarcisio e outros apoiadores de Bolsonaro. As redes contestam a avaliação no PT e nas organizações de campo Petista é que a defesa da anistia foi o principal assunto nas redes sociais nos últimos dias, mesmo ofuscando o julgamento de Bolsonaro na Suprema Corte (STF). Ao contrário da expectativa dos governadores de que os bolsos seriam defensivos com o julgamento, o diagnóstico é que os bolsos foram vitoriosos na batalha das redes, ao contrário do que aconteceu com outros temas, como a tarifa ou a tributação da alta renda. Em 7 de setembro, a esquerda tradicionalmente organiza o “grito dos excluídos”, com manifestações nas principais capitais. Este ano, os temas escolhidos foram a defesa da soberania nacional – devido à tarifa de Donald Trump – apoio ao projeto de lei que aumenta a isenção do imposto de renda e o fim da escala de 6×1. Como a defesa da anistia pelos bolsos ganhou força, a esquerda decidiu incluir o assunto nos atos, com slogans como “Brasil contra a anistia”, “sem amisstodia” e “em defesa da democracia”. A avaliação é que esse tema é mais capaz de mobilizar a população do que a defesa da soberania.
g1