O Senado Federal deve votar, na quarta -feira (25), o projeto de lei complementar (PLC) nº 177, 2023, que propõe o aumento do número de deputados federais na Câmara dos Deputados. Atualmente composto por 513 cadeiras, a Câmara agora pode ter 531 parlamentares, um aumento de 18 vagas. A iniciativa visa adaptar a representação legislativa à recente atualização da população registrada pelo censo demográfico de 2022, de acordo com a decisão da Suprema Corte (STF).
A aprovação do projeto é urgente, pois o prazo estipulado pelo STF para o Congresso adaptar o número de deputados vencer em 30 de junho. Se não for aprovado até essa data, a responsabilidade de definir a nova composição deverá depender do Tribunal Eleitoral Superior (TSE). O texto original aprovado pela Câmara dos Deputados, sob a liderança do presidente Hugo Motta (republicanos-PB), preserva a representação mínima dos estados, evitando perdas de vagas para qualquer unidade federativa.
Por que o aumento dos deputados?

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Decisão de STF e atualização demográfica
O principal motivo para expandir o número de deputados está relacionado ao resultado do Censo demográfico 2022o que trouxe mudanças significativas na estrutura populacional brasileira.
Distribuição de novas vagas
Estado | Novas vagas | Total atual de deputados |
---|---|---|
Amazonas | 2 | 8 |
Ceará | 1 | 22 |
Goiás | 1 | 17 |
Mato Grosso | 2 | 8 |
Minas Gerais | 1 | 53 |
Para | 4 | 17 |
Paraná | 1 | 30 |
Rio Grande do Norte | 2 | 8 |
Santa Catarina | 4 | 16 |
Impacto financeiro da proposta
Custo anual estimado
De acordo com dados da Direção-Geral da Câmara dos Deputados, a criação de 18 novas vagas gerará um impacto financeiro anual estimado de R $ 64,6 milhões. Isso inclui despesas salariais, benefícios, fundos de gabinete, estrutura de suporte e outros custos relacionados ao custo.
Valor mensal por deputado adicional
De acordo com a estimativa, cada novo deputado custaria uma média de R $ 300 mil por mês para os cofres públicos. Esse valor inclui todas as despesas diretas e indiretas para o exercício do mandato, como salários, fundos de indenização, financiamento da equipe, aluguel de escritório e outros benefícios.
Debate político e prazos para votar
Pressão para conformidade com o prazo de STF
Os senadores têm pouco tempo para analisar e votar no PLC 177/2023, como o prazo para a adequação do número de deputados vence no final de junho. Se a proposta não for aprovada, a redistribuição será determinada diretamente pelo TSE, o que pode levar a controvérsia e insegurança legal para a reivindicação de 2026.
PRÓXIMOS PASSOS Após a aprovação
Se o Senado aprovar o texto sem alterações, o projeto irá para a sanção presidencial. Se sancionados, a nova composição da Câmara já deve ser válida para as eleições de 2026.
Considerações sobre representatividade do estado

Aumentar focado em estados maiores
Os estados contemplados com mais vagas são aqueles que tiveram o maior crescimento demográfico nos últimos anos, como Pará, Santa Catarina e Amazonas. Esse alinhamento procura respeitar a proporcionalidade prevista na Constituição.
Perguntas frequentes (FAQ)
Por que o Senado precisa votar no projeto de lei até 30 de junho?
A Suprema Corte federal estabeleceu esse período para o Congresso compor a composição da Câmara, garantindo a proporcionalidade entre os estados.
O que acontece se o projeto não for aprovado até o prazo?
O Tribunal Eleitoral Superior será responsável pela redistribuição de vagas, que podem gerar insegurança legal para as eleições.
Qual é o impacto financeiro dessa expansão?
O custo anual será de aproximadamente R $ 64,6 milhões, com uma despesa mensal média de R $ 300 mil para cada deputado adicional.
O aumento dos deputados afetará as eleições de 2026?
Sim, as mudanças já devem ser válidas para as eleições de 2026, impactando a distribuição de lugares e estratégias partidárias.
Considerações finais
A votação no projeto de lei complementar nº 177/2023 no Senado representa um momento decisivo para a composição política do Brasil. O aumento de 18 deputados federais busca ajustar a representatividade à atual realidade demográfica, em conformidade com a determinação da Suprema Corte. Apesar das controvérsias sobre o custo público, o processo mostra a importância do equilíbrio entre representatividade e responsabilidade fiscal na política brasileira.