O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) estima que 101.000 famílias deixem a Bolsa Familia em 2025. Isso ocorrerá devido às novas regras que limitam a permanência no programa após aumentar a renda familiar.
De acordo com os dados obtidos pelo jornal O globo Via acesso às informações, as alterações devem gerar economia de R $ 59 milhões no orçamento do programa.
Essas mudanças fazem parte da estratégia do governo de se concentrar nos benefícios nas famílias que mais precisam. O corte de R $ 7,7 bilhões no orçamento da Bolsa Familia em 2024 reforça a necessidade desse ajuste.
Os recursos salvos serão usados para expandir o apoio às famílias em uma situação mais vulnerável.
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Regras de proteção mais rígidas

A “regra de proteção” da Bolsa Familia garante uma transição segura para as famílias que excedem o limite de renda. Até maio de 2024, eles receberam metade do benefício por até dois anos.
Agora esse período foi reduzido para um ano. Além disso, o teto de renda da família per capita para essa proteção caiu de US $ 759 para US $ 706, menos da metade do salário mínimo.
Famílias com renda estável, como aposentados, aposentados e beneficiários do BPC, terão apenas dois meses de proteção antes do desligamento definitivo.
Economia mensal e demissão
O governo relata que a maior parte da economia prevista virá da redução do limite de proteção.
Em junho, cerca de 15.400 famílias devem deixar o programa, gerando economia de R $ 10,3 milhões.
Até dezembro, espera -se que cerca de 7.700 famílias sejam desconectadas mensalmente, acumulando R $ 41,3 milhões em recursos salvos.
Objetivo: atender àqueles que mais precisam
O MDS afirma que o foco das mudanças é servir as famílias mais vulneráveis, adaptando o programa ao cenário fiscal restrito.
O período de 12 meses para a regra de proteção foi baseado no tempo médio para acessar o seguro de desemprego.
Assim, evita que as famílias não sejam assistidas depois de perder o emprego formal.
Os dados do ministério mostram que 90% das famílias na regra de proteção aumentaram a renda do trabalho formal. O tempo médio do programa é de oito meses.
Isso indica que a regra está cumprindo seu papel de ajudar na transição para a autonomia financeira.
Consulta de registro e demissão
Desde 2023, o MDS intensificou a inspeção para remover as famílias que não atendem mais aos critérios.
Até 2024, 1,3 milhão de famílias deixaram o programa para exceder o limite de renda per capita de metade do salário mínimo. Em 2023, houve 590 mil demissões.
Esse aumento é explicado avaliando o salário mínimo e melhorando as condições econômicas.
Expansão do programa
Apesar das demissões, o governo expandiu a rede de proteção social.
Entre março e dezembro de 2023, 2,86 milhões de famílias foram incluídas na Bolsa Familia.
Em 2024, outros 2 milhões foram incorporados ao programa.
Em janeiro deste ano, 110.000 novas famílias começaram a receber o benefício.
Qualificação profissional e mercado de trabalho
O MDS também incentiva estados e municípios a investir na qualificação profissional de beneficiários.
O objetivo é promover a inserção no mercado de trabalho formal e garantir a continuidade da autonomia financeira alcançada.
Critérios para continuar na Bolsa Familia

O critério básico para inclusão permanece renda familiar per capita de até R $ 218.
Durante a transição, se a renda ficar abaixo desse valor, o benefício total poderá ser retomado automaticamente.
As famílias podem ser excluídas se:
- Exceder o limite de renda per capita;
- Não atualize o Registro único;
- Não cumprir os compromissos de saúde e educação, como vacinação infantil e participação mínima na escola;
- Apresentar informações falsas ou omissões no registro.
Considerações finais
As mudanças na Bolsa Familia refletem a busca do governo pelo equilíbrio entre proteção social e ajuste fiscal.
O objetivo é direcionar o programa para as famílias em maior vulnerabilidade, facilitando sua transição para o mercado formal.
Com a qualificação e supervisão profissional, o governo espera garantir maior eficiência e justiça social.