O prazo de 15 dias para a defesa do tenente-coronel Mauro Cid para enviar suas alegações finais à Suprema Corte (STF) termina na terça-feira (29). O documento resume o processo ao qual os militares são responsáveis pela tentativa de golpe de golpe em 2022 e traz a posição de defesa no caso. De acordo com o Gabinete do Procurador Geral (PGR), o CID, o ex -presidente Jair Bolsonaro e outros seis réus fazem parte do “núcleo crucial” da organização criminal, ele agiu para promover a ruptura democrática. Após esse prazo, a contagem de mais 15 dias começa para o outro acusado – incluindo Bolsonaro – também para apresentar suas alegações finais. No final de junho, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a abertura desta fase. A fase final das alegações é a última antes do julgamento que decidirá se os réus devem ser condenados ou absolvidos. A PGR já solicitou a condenação de todos os membros do grupo. Sobre Bolsonaro, ele disse que é o líder da organização criminosa, o principal articulador e maior beneficiário de atos antidemocráticos. O STF começa a ouvir 10 réus da ação criminal da parcela do golpe. A ação criminal investiga a conduta de oito acusados. Eles compõem o núcleo: Jair Bolsonaro, ex -presidente da República; Alexandre Ramagem, ex -diretor da Abin; Almir Garnier, ex -comandante da Marinha; Anderson Torres, ex -ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex -ministro da GSI; Mauro Cid, ex -ordens presidenciais; Paulo Sérgio Nogueira, ex -ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex -ministro da Câmara Civil. Eles respondem por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do estado de direito democrático; Tentativa de golpe d’état; Participação na organização criminosa armada; Dano qualificado; Deterioração de ativos listados. O que a PGR disse sobre Mauro Cid Mauro Cid Jornal Nacional/ Reprodução em suas alegações finais, o PGR solicitou a condenação de Mauro CID, com uma redução de 1/3 da sentença. Embora ele tenha colaborado com as investigações, PGR afirma que omitiu informações relevantes e resistiu à total conformidade com o contrato. “Dado o comportamento contraditório, marcado por omissões e resistência ao cumprimento total das obrigações acordadas, entende -se que a redução da penalidade deve ser fixada a um nível mínimo”, diz o documento. Alegações finais As alegações finais são a última oportunidade perante o julgamento de acusação e defesa para apresentar argumentos, evidências e análises do que foi produzido durante o processo. As partes entregam seus memoriais por escrito à Suprema Corte, resumindo o progresso do processo e reforçando seus argumentos para a absolvição ou condenação dos réus. Os documentos são analisados pelos ministros da primeira classe, mas não são vinculativos – os ministros são livres para decidir com base em toda a instrução processual. O prazo é de 15 dias e segue uma ordem sucessiva: começou com o PGR, foi para a defesa do CID e continuará com o outro acusado. Como existe um réu preso – General Braga Netto – os prazos executados durante o recesso do judiciário, que termina em 31 de julho. Passos do processo de fevereiro de 2025: PGR apresentou a denúncia contra o núcleo. Março: A Suprema Corte deu as boas -vindas à denúncia e abriu a ação criminal. Abril a junho: O processo passou pela fase instrucional, com coleta de evidências, depoimentos e foco. As próximas etapas fecharam o prazo das alegações, o processo estará pronto para ser julgado pela primeira classe da Suprema Corte. A data ainda será agendada, mas deve ocorrer no segundo tempo. A decisão pode levar a: absolvição, se o conselho entender que não há crime ou autoria; Condenação, se os ministros concluem que havia um crime. Nesse caso, a Suprema Corte corrigirá as penalidades individualmente. Em qualquer cenário, as partes podem recorrer ao próprio supremo.
g1